ARTIGO

Foi ao chão

Na fachada do prédio havia a data de 1917, provavelmente, ano de sua construção

Mais de 90 anos de história foi para no chão na manhã de quinta-feira, dia 28. Rua interditada, caminhão, máquina e muita poeira. Foi assim que as pessoas que trabalham no centro da cidade encontraram a rua Francisquinho Dias. O motivo? A demolição de uma casa de mais de 90 anos, a última remanescente do início do século passado ainda de pé no trecho entre a Farmácia D’Osmar e a Papelaria Ideal. Para muitos foi um susto, pois não sabiam o que estava acontecendo. Foi tudo muito rápido, quase à surdina. Na noite anterior a casa estava lá, ereta, de pé. Mas, no dia seguinte, em minutos, no chão, na pá dá máquina, no caminhão e já era.
Agora resta saber se o imóvel teve o aval do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico para ser demolido e em nome da especulação imobiliária que, aliás, é voraz em nossa cidade, quantos prédios mais irão ao chão.
Argumenta-se que os prédios mais bonitos com valor históricos já foram derrubados, mas é bom lembrar que ainda têm alguns poucos, que mesmo sem tanta beleza, merecem ser preservados. (Miguel Paião)

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