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Por cinco votos a quatro a Câmara aprovou na noite de terça-feira, 10, o requerimento especial dos vereadores Márcio Zanetti (PTB), Lúcia Libânio (PTB), José Antonio Tobias (PSB) e Daniel Martins (PSC), propondo a “constituição de Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre possíveis irregularidades existentes entre a Prefeitura de São José do Rio Pardo e a empresa Franciosi Construções e Terraplenagem Ltda”.
O documento havia sido apresentado no dia três deste mês, mas teve a discussão adiada a pedido da vereadora Rosangela Berti (PMDB). Votaram contra a instalação da CEI os vereadores do PMDB Vicente Rodrigues e Rosangela Berti e os do PV Cláudio de Lima e Amilton Pizzoli. Na tarde de quinta-feira, 12, os vereadores escolheram Marco Antonio Gumieri Valério (PSDB) para presidir a CEI constituída pelo Plenário da Câmara na sessão ordinária da terça. Deixaram de comparecer à reunião os quatro vereadores contrários à investigação. À exceção da presidente Lúcia Libânio, os demais elegeram o vereador Gumieri para presidente da CEI e José Antonio Tobias como relator. Tobias terá 90 dias para apresentar a conclusão das investigações.
Terça-feira
Acompanhada por público que lotou as dependências da Câmara, diversos vereadores se alternaram na sessão ordinária de terça-feira, tendo como algumas referências ora um novo adiamento, ou votação imediata, a definição de rumos e posicionamentos partidários. Um novo adiamento foi solicitado pela vereadora Rosangela Berti, que alegou ter documentação obtida recentemente junto ao executivo a qual deveria ser analisada pelos vereadores. A votação imediata foi defendida pelo vereador Márcio Zanetti, que ainda propôs se discutisse em plenário a documentação citada pela vereadora Rosangela. A presidência da mesa declarou a impossibilidade de novo adiamento, pois o Regimento Interno prevê apenas uma incidência quanto a esse fato regimental. O vereador José Antonio Tobias viu como urgente uma definição dos rumos, tendo em vista as crescentes pressões pelas quais os vereadores vêm passando. Os vereadores tucanos Marco Gumieri e Marcos Zanetti chegaram a solicitar suspensão da sessão por alguns minutos, para deliberar partidariamente. E o vereador Amilton Pizzoli também declarou posicionamento partidário. (Com informações da assessoria de Comunicação da Câmara)
Vereador José Antônio Tobias (PSB)
Uma bomba caseira feita com garrafa pet e combustível foi jogada na madrugada de terça-feira, 10, na casa do vereador José Antonio Tobias (PSB), no final da avenida Nove de Julho. O artefato chegou a explodir e queimou algumas plantas no jardim da casa. Ninguém se feriu. O caso chegou a ser notícia nas duas edições do jornal da EPTV Central.
Segundo o delegado Benedito Antonio Noronha Júnior, a perícia técnica esteve no local e o laudo deve sair em 30 dias. A presidente da Câmara, Lúcia Líbano, afirma que também recebeu telefonemas anônimos com ameaças.
“Por volta das 3h nós ouvimos um barulho estranho. Eu vi um clarão e quando vi as chamas já estavam bem altas”, disse o vereador.
Tobias acredita que o atentado pode ter sido uma reação política, pelo trabalho que tem realizado na Câmara. “Alguns projetos nós somos favoráveis e outros nem tanto”, explicou.
Lúcia Libânio, denunciou que está recebendo ameaças por telefone.Segundo ela foram 14 ligações. “Perguntam se eu não aprendi a lição ainda e se eu estou esperando ser cassada”, disse.
Como em apenas uma semana aconteceram ameaças contra dois vereadores, a polícia não descarta a possibilidade dos casos estarem relacionados e terem motivação política. “Polícia vai verificar se há relação entre esses fatos”, disse o delegado Benedito Noronha Júnior.
Câmara
As ameaças ocorreram no momento em que a Câmara de São José do Rio Pardo vive uma disputa interna por causa da criação Comissão Especial de Inquérito (CEI). Os vereadores deverão investigar possíveis irregularidades em uma licitação, onde a prefeitura rio-pardense teria contratado a empresa Franciosi Construções e Terraplenagem Ltda. para fazer pequenos serviços na cidade. A prefeitura teria pago valor acima do mercado.
O prefeito João Luís Cunha informou, através da assessoria, que não existem irregularidades, que as denúncias são sem fundamento e que não havia necessidade da abertura de uma CEI. Ele também repudia terminantemente qualquer iniciativa violenta que possa ser desferida contra cidadão desta ou de qualquer outra cidade e lamenta o ocorrido na residência do vereador Tobias. Disse que esteve na residência do parlamentar, na companhia do delegado da Polícia Civil e do comandante da Polícia Militar, prestando solidariedade e, tomando providências cabíveis. O prefeito também colocou a Guarda Municipal a disposição para melhorar e garantir a segurança, buscando dar tranqüilidade aos moradores da residência atacada e a região onde ocorreu o fato.
No final, Cunha disse que aguarda a pronta e efetiva atuação das polícias Civil e Militar no esclarecimento integral dos fatos e captura dos culpados.
O deputado estadual Roberto Felício e o representante da APEOESP Ariovaldo de Camargo
Cerca de cem pessoas entre professores, alunos e diretores estiveram na última sexta-feira, 5, na Faculdade Euclides da Cunha (FEUC) acompanhando os debates sobre os reflexos da municipalização de ensino e o Projeto de Lei Complementar (PLC) 29 - já sancionado pelo governador José Serra no final de outubro e se transformou na Lei 1.097.
O evento foi promovido pela APEOESP, FEUC e Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos de São José do Rio Pardo.
Para os organizadores, pela importância dos temas para os funcionários públicos da educação, o número de participantes foi abaixo do esperado. Ainda de acordo com os organizadores, Tanto o PLC 29 quanto a municipalização do ensino são temas que estão sendo discutidos constantemente e merecem maior atenção dos professores - o PLC 29 continua sendo discutido em todo o estado e o fantasma da municipalização em Rio Pardo.
Os temas foram expostos pelo deputado estadual Roberto Felício (PT) e o representante da APEOESP Ariovaldo de Camargo. Os trabalhos da mesa foram conduzidos pelo vice-diretor da FEUC, Ary Menardi Junior. Durante sua exposição, Ariovaldo disse que a discussão sobre a municipalização não é nova. Em 1996, por exemplo, disse que o governo do estado fazia chantagem aos municípios que não aderiam à municipalização. Na época para se conseguir verbas para qualquer setor era necessário aderir à política adotada pelo PSDB de Mário Covas. O que se ouvia era que a municipalização era inevitável.
Em contrapartida a PEOESP percorria todo o estado “apagando fogo” e discutindo com cada município a necessidade ou não de uma municipalização.
Para ele é clara a política do PSDB: “eles querem abrir mão da responsabilidade passando para o município, que é o lado mais frágil dos governos, a incumbência de investir no que é de responsabilidade do Estado”.
Roberto Felício, que desmarcou outros três compromissos na capital paulista para participar das discussões em Rio Pardo, disse que o problema não está na municipalização em si, mas na capacidade de gerenciamento do município de algo que é de competência do estadual.
Destacou a fragilidade dos municípios quanto à capacidade financeira, de gerenciamento e de se construir um sistema pedagógico adequado. “A municipalização não é solução para os problemas da educação no Brasil e nos estados. Não há nenhuma pesquisa comprovando melhorias onde ela ocorreu”.
Para o deputado a questão é mais contábil-financeira do que preocupação com o ensino de qualidade.
“Educação não pode ser encarada assim, ela é um direito de todos. Por isso, nós, professores não podemos apenas ficar discutindo questões pessoais, não que isso não seja importante, mas não é justo que um município com mais recursos, por exemplo, possa ter uma educação melhor do que um município com menos recursos. E quem tem o dever de corrigir essa desigualdade é o Estado e não os municípios. Portanto, a discussão é mais ampla”.
Segundo o deputado com a municipalização muitos professores são prejudicados, pois quando ela ocorre e o profissional não deseja se desvincular da rede estadual, ele torna-se adido. Neste caso ele deve assumir aulas em qualquer município que se localize no âmbito da Diretoria de Ensino em que originalmente se vincula – no caso de Rio Pardo, São João da Boa Vista. Há diretorias que englobam mais de um município com grandes distâncias a serem percorridas e muitos pedágios a serem pagos, o que acaba por consumir grande parte dos vencimentos dos professores em pedágios.
Para a PEOESP, além de ser discriminatório, pois beneficia “até 20%” dos professores, excluindo 80% da categoria que não terão qualquer tipo de reajuste, a Lei 1.097 é inconstitucional, pois atenta contra a isonomia salarial. Professores com igual formação, mesma jornada de trabalho, cumprindo as mesmas funções, na mesma escola, poderão ter salários diferenciados.
Ela também fere a Lei Complementar 836/97 (Plano de Carreira) que, em seu artigo 25 garante uma comissão paritária, na qual qualquer assunto relativos à carreira do Magistério – sobretudo as referentes à evolução funcional – teriam que ser discutidas previamente.
Marcelo Augusto da Silva
http://marceloaugustodasilva.blogspot.com
Já não é mais novidade nenhuma os casos em que algum estadunidense entra alucinado em algum prédio e dispara vários tiros contra aqueles que lá se encontram, como se seu ódio e insatisfação fossem também atingidos e mortos pelas balas. Há poucos dias atrás tivemos uma dobradinha em que ocorreram dois desses fatos, que embora tendo motivos diferentes, mostram claramente o desespero de uma nação.
A vida moderna e seu modelo capitalista praticamente obrigam todos a serem iguais, de maneira que o comportamento, o pensamento, a vida e principalmente o patrimônio seja o mesmo, e nessa tresloucada busca nem todos conseguem ser aquilo que a sociedade de consume exige.
Os atentados em escolas ou universidades são os exemplos mais comuns dessa crise, reforçada ainda pela idolatria que aquele povo tem em relação às armas de fogo e a facilidade em obtê-las. O jovem acuado, pressionado e obrigado a ser algo que ele não quer ou que ele não consegue, se frustra, e a sua mente não suporta isso. Como a cultura dos videogames e do cinema é explodir tudo e acabar com todos, isso é feito na vida real.
No atentado ao quartel no Texas o atirador possivelmente foi motivado pela questão religiosa e cultural, uma vez que ele sendo um integrante do islamismo e tendo sido convocado a lutar no Afeganistão, isso representou uma carga pesada demais para ele. Supostamente deve ser um conflito um muçulmano viver nos EUA e ter de conviver com a herança da Doutrina Bush que determina a intolerância aos islâmicos e a invasão ao Oriente Médio. Já o segundo atirador não suportou ver uma empresa lhe sugar anos de sua e depois virar-lhe as costas; resolveu o seu conflito, ao menos que interno, a balas. Não aceitando nem concordando com essas atitudes, ela passa a sensação de que é como se todos vivessem numa enorme panela de pressão cheia de cobranças, e em que determinada hora ela explode. Como o modo de vida estadunidense é imposto às pessoas ou então é desejado e copiado por elas, na ilusão de que uma vida recheada de produtos, bens e mercadorias lhe garantam a felicidade plena, é perigoso esse comportamento se alastrar e tomar conta de populações que se encontram em outros países. Vemos hoje muitos buscarem desenfreadamente uma felicidade que não é nunca atingida, sendo que para alcançá-la o individuo tem que ter tudo e ser perfeito em tudo, não só profissionalmente e financeiramente, mas também fisicamente onde se ele não tiver os padrões de beleza a frustração e a depressão cairá como uma pedra de toneladas sobre sua cabeça, fazendo dele um ser extremante infeliz e desgostoso.
Hoje esse assunto é bem claro para muitas pessoas e é discutido por muitos profissionais de diversas áreas, num esforço e cuidado para que isso não atormente mais o ser humano e lhe dê condições de viver uma vida de qualidade e não de cobranças e metas a cumprir. Todos somos falíveis, temos nossas limitações e nossa própria personalidade, nos colocar num molde pré-fabricado e com a intenção de nos condicionarmos a ele é uma tarefa um tanto quanto complicada ao ser humano que ainda mal consegue conhecer e entender a si próprio.
Carlos Eugênio Alves – Psicólogo e professor de Filosofia
Você é aquele que escolhe seus caminhos ou permite que escolham por você?
É aquele que pensa ou deixa que os outros pensem por você?
Escolheu sua profissão ou aceitou que a escolhessem por você?
Casou-se por amor ou pela segurança, assumindo sua incompetência emocional e financeira?
Freqüenta a Igreja por fé ou por necessidade de exibir-se socialmente?
Vai às festas para se divertir ou para se destruir?
Quem é você? Pergunta a Filosofia.
É uma pessoa ou uma sombra perdida?
Seja diferente, seja você, seja uma pessoa especial.
Emílio Antônio Duva
Corria o ano de 1943 e Heleno de Freitas mostrava-se diferente em tudo e de todos. A maioria dos jogadores esforçava-se nos gramados por resultados melhores e conseqüentes prêmios polpudos. Heleno era o craque do Botafogo. Nos treinamentos chegava de terno, bem vestido, cabelo bem penteado. Jogava xadrez, falava sobre política internacional. Quando, de folga, não indo às boates da época, trancava-se em seu apartamento e ouvia programas educativos e noticiários no velho rádio Telefunken. Os anos se passavam e o vaidoso Heleno fazia sua carreira de sucesso com gols e homéricas expulsões. Reclamão ao extremo, não titubeava em mandar torcidas, adversários e árbitros a lugares nada poéticos. Aquele jeito vistoso e rebelde não era por acaso. Um pequeno distúrbio (mental) começava sempre sem que ninguém percebesse. Confundia tudo e a todos, pois não gostava de perder, nem em treinos. Aguerrido, porém fora do normal. Os jornais e rádios da época questionavam sua dupla personalidade, mas nunca era tratado como um “louco” patológico. Porém, a maldita sífilis iria exterminá-lo tempos depois.
Em um jantar externa sua rebeldia, algo fora dos padrões da época. Algum colega, sabendo que ele não gostava de cebolas, resolveu colocar em seu prato, sem que ele visse, uma porção delas. Ao vê-las em seu prato, levantou, esbravejou e em seguida atirou o prato, com toda força, contra uma parede próxima, ferindo uma pessoa com os cacos.
Detestava cebolas, pois elas causavam forte odor, tirando o leve perfume que o incrustava naquele corpo atlético. Resultado: suspenso por dois meses, e o Botafogo fez péssima campanha naquele ano.
A torcida o clama por ídolo. Sua privacidade começa a ser invadida, e ele começa a agredir pessoas. Sempre perdoado. Mas, uma dessas pessoas jamais o perdoou – seu ex-técnico Flávio Costa. Sim Flávio Costa que não o convocou para Seleção Brasileira.
Em contrapartida, seus admiradores intitularam-no de Diamante Branco. Tentaram afagar seu intimo perturbado, no entanto não o convenceu. E tome declarações afoitas e indigestas. Numa das sempre acaloradas entrevistas, proporcionada pelo próprio Heleno de Freitas, em plena excursão do Botafogo em Montevidéu, capital do Uruguai, disse aos microfones e flashs, que seu desejo era de jogar no Vasco da Gama.
A declaração repercutiu mal entre a nação botafoguense. Após as declarações e o fim da excursão, desembarca no Rio direto para São Januário.
Novo clube, novas encrencas, velhos dissabores e uma tentativa de homicídio contra seu desafeto maior: Flávio Costa. Acabou sendo transferidos para outros clubes - em 1949 defende o clube argentino do Boca Juniors e em 1950 o Atlético Junior da Colômbia.
Heleno de Freitas, nesta época, seria o brasileiro mais frustrado do mundo, pois imensamente gostaria de disputar as Copas de 1942 e 1946, fatos não ocorridos devida às ameaças e realizações de Segunda Guerra Mundial.
E o Brasil, pela primeira vez iria realizar sua Copa do Mundo. Sem Heleno de Freitas.
Continuaremos a terceira e última parte desta história na próxima semana. Até lá, caríssimos leitores.