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Este será o valor do salário para o futuro prefeito ou prefeita de São José do Rio Pardo, a partir de 2009. O vice terá subsídios de R$ 6 mil e os secretários municipais e ocupantes de outros cargos de vencimentos idênticos também passarão a receber R$ 6 mil.
Além deles, os vereadores terão subsídios aumentados para R$ 2,88 mil. Já o futuro presidente da Câmara receberá R$ 3,36 mil. Vale ressaltar ainda, que o senhor prefeito e o vice tiveram reajuste de 6,12% no final de 2007 enquanto os servidores, depois de muita discussão e até paralisação tiveram apenas 3% de reajuste.
Diante dessa realidade gostaríamos de saber de você leitor:
O prefeito de uma cidade como São José precisa ganhar R$ 12 mil de salário por mês?
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Unacon depende de acordo entre Santa Casa e Unicamp
A implantação da Unidade de Atendimento Completo em Oncológico (Unacon) em São José do Rio Pardo só depende de um acordo entre a Santa Casa e a Unicamp. A informação foi passada pelo Diretor Técnico da Regional de Saúde de São João da Boa Vista (DIR), Benedito Carlos Rocha Westin, na noite de segunda-feira, 11, durante uma reunião com o Conselho de Saúde do Município.
A reunião ocorreu no salão nobre da Câmara e, além dos conselheiros e membros de entidades, contou com a presença do prefeito João Santurbano, do Secretário de Saúde, Carlos Alberto de Souza, representantes do Hospital e do Grupo Renascer. Ao todo, cerca de 80 pessoas participaram da reunião.
De acordo Westin, a parte burocrática que cabia ao município, a Santa Casa e a Unicamp, já foi feita e a documentação já está na Secretaria de Saúde do Estado aguardando a definição do Secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata. “O que ainda está faltando e que terá que ser definido de forma consensual é a questão financeira da unidade. Ou seja, os pagamentos dos profissionais envolvidos nos trabalhos oncológicos ficarão por conta da Santa Casa ou da Unicamp? Isso tem que ficar claro”, afirmou. Nesse processo, não haverá participação da prefeitura.
O Diretor disse que no momento não há mais o que fazer. “Agora só depende da agenda do Secretário Barradas para confirmar o convênio, acredito que isso não deva demorar”, disse.
“Mas, é preciso fechar o acordo entre as partes envolvidas. Já existe um projeto, uma proposta de como irá trabalhar e o compromisso e intenções. Agora precisa fechar isso tudo”.
Explicou que falta definir os profissionais que vão trabalhar, como eles serão pagos e de onde o dinheiro deverá sair. “Tem as duas entidades, se os médicos forem só da Santa Casa, então tem uma forma de se pagar. Se os médicos envolvidos forem da Unicamp, então será outro valor a ser pago”.
O prazo para funcionamento dos tratamentos é difícil dizer, mas o Benedito Westin acredita que seja rápido.
O processo de implantação da oncologia se arrasta desde 2004. As instalações, segundo a Santa Casa, (salas, sala cirúrgica e treinamento), estão prontas desde março desde 2005.
Santurbano comentou que a prefeitura tem feito o acompanhamento dos trabalhos da tentativa de implantação de uma quimioterapia no município e não tem medido esforços para isso. “Não é por falta de vontade minha, nem dos outros órgãos envolvidos, que a quimioterapia ainda não foi implantada na cidade. Não há omissão de ninguém”, encerrou Santurbano.
Cidade sofre com a má conservação das ruas
Rua dos Expedicionários, na Vila Pereira, está em obra há quase dois meses. Moradores do local reclamam do transtorno
Além das estradas rurais, a prefeitura de São José do Rio Pardo também vem tendo dificuldades em fazer a manutenção das vias públicas da cidade. Os problemas são muitos, principalmente em bairros como o Vila Verde, Colinas São José e Vila dos Comerciários, mas já é possível verificar ocorrência de buracos em outros bairros da cidade. Na Vila Pereira, por exemplo, a rua dos Expedicionários, uma das mais importantes de acesso ao bairro, transformou-se em um verdadeiro transtorno para os moradores daquela região, principalmente para quem reside no trecho entre as ruas Tarquínio Cobra Olyntho e a Saturnino Barbosa. Ela está praticamente intransitável há quase dois meses.
Na semana passada, o prefeito João Santurbano disse que as condições de tempo não têm permitido a realização dos serviços de conservação das vias públicas.
Além das ruas pavimentadas com asfalto, também as ruas com calçamento em paralelepípedo estão com a conservação comprometida já que não é possível executar nenhum tipo de serviços nas condições de chuva. Em relação a estas ruas, desde o dia 21 de janeiro, a prefeitura está com processo licitatório para contratar empresa que vai cuidar dos serviços. A abertura dos envelopes das empresas interessadas ocorreu na tarde de terça-feira, dia 12.
Veto de Santurbano vai para as comissões da Câmara
O presidente da Câmara, Caco Gumieri, foi o autor do projeto de lei que concede o abono aos servidores da Câmara, mas que o prefeito vetou
Ao contrário do que se esperava a 1ª sessão ordinária de 2008 da Câmara de São José do Rio Pardo, realizada na terça-feira, dia 12, foi tranqüila. Durante o expediente, houve a retirada, a pedido do executivo, dos projetos de lei nos 90 e 91, de 10/12/2007, que previam a celebração de convênios com a APAE e a Escola de Educação Especial Cáritas. E a mesa da Câmara propôs a realização da Sessão Solene Comemorativa da Fundação do Município e Outorga do Mérito Comunitário no dia 1º de abril, terça–feira, às 19h30.
Deram entrada nove processos, despachados para as comissões internas. Cada comissão subseqüentemente tem o prazo máximo de 15 dias para apreciação e emissão de parecer sobre cada processo, só após o que o documento irá a Plenário para deliberação dos vereadores.
Dentre os documentos enviados às comissões estavam os dois vetos do prefeito, João Santurbando, a projetos do legislativo. O primeiro refere-se ao projeto de lei nº 24, de 20/11/2007, que dispõe sobre a regulamentação da cumulação de funções de direção de funcionários da FEUC. O segundo, o segundo veto refere-se ao projeto de lei nº 31, de 12/12/2007, que trata da concessão de abono aos servidores da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo.
Também foi encaminhado às comissões internas do legislativo municipal o projeto de lei nº 89, que ratifica o acordo firmado entre a prefeitura e ‘Rio Pardo Futebol Clube’. O objetivo, segundo a prefeitura, é continuar usando as instalações do clube para o desenvolvimento de projetos esportivos, incluindo a preparação de alunos para equipes de treinamento e inclusão social. Outro Projeto que merece atenção e que será analisado pelas comissões de Justiça e Redação; Finanças e Orçamento; Obras, Serviços Públicos, Atividades Privadas e Ecologia, é o de nº 92. Através dele o executivo pretende extinguir a Empresa Pública Intermunicipal de Gestão dos Resíduos (EPIR), instituída por lei municipal em 1993. O motivo, segundo a prefeitura seria o desinteresse dos municípios envolvidos - Divinolândia, São Sebastião da Grama, Itobi, Tapiratiba, Caconde e São José do Rio Pardo.
Judoca rio-pardense retoma treinamentos
Caio Fornari voltará ao tatame para competir no dia 2 de março em Mogi das Cruzes
Depois de quase dois meses de férias, o judoca Caio Andreoli Fornari, revelação do esporte rio-pardense em 2007, está de volta aos treinos. Nas terças e quintas ele treina em Mococa, na Associação Máster de Judo, com o conterrâneo professor Luis César Merli; já nas quartas e sextas eles ocorrem em São José.
Para o aperfeiçoamento de sua técnica, Caio também faz aulas de Jiu-jitsu com o professor Carlos Tavela. A idéia é que o jovem se diferencie dos demais lutadores no combate no solo, principalmente para aplicar golpes de imobilização. As aulas de Jiu- jitsu ocorrem todas às segundas.
O garoto mal retomou as atividades e sua agenda já está ficando cheia, só no mês de março já estão marcadas quatro competições. No dia dois, no Torneio Municipal de Mogi das Cruzes; nos dias 15 e 16, torneio no Esporte Clube Corinthians Paulista, em São Paulo; dia 23, torneio da Bosch, em Campinas, dias 29 e 30 a Copa São Paulo de Judo.
De todas as competições que participou em 2007, sem exceção, ele esteve no podium – determinação, concentração e tranqüilidade virtudes difíceis de ser encontradas em um atleta de apenas 10 anos.
Mesmo com tantos afazeres, apresentada pela própria condição do esporte que pratica, Caio não é diferente dos garotos de sua idade. Aluno da 4ª série do Ensino Fundamental, adora futebol videogame, e passar horas andando de bicicleta, a maioria das vezes, com o pai Sérgio Fornari, o Serginho
No último final de semana, por exemplo, pai e filho pedalaram até a Fazenda Fortaleza. Os passeios acontecem sempre nos finais de tarde. “A bicicleta além de ajudar a espairecer contribui no condicionamento físico sem exigir demais do menino”, explica Serginho.
Em relação à alimentação, Caio é disciplinado. Durante as férias, período em que ficou sem competir, ele aproveitou para comer doces e tomar refrigerantes. Mas em época de competição ele é rigoroso - mantém uma dieta balanceada, salada, suco e o arroz e feijão não podem faltar. O doce, só de vez em quando. “Não impomos nada, ele já se educou e sabe das suas necessidades nutricionais. No entanto, para que não ocorram exageros, o atleta vem sendo acompanhado por uma nutricionista que lhe passa uma alimentação balanceada”.
Dificuldades
Após uma temporada louvável em 2007, com inúmeras vitórias, Caio está prestes a enfrentar um desafio este ano – competir com garotos mais velhos do que ele.
O ano passado ele competia no infantil-ligeiro até 30 kg, já este ano ele estará competindo com atletas até 34 Kg. É que ele mudou para o infanto-juvenil, categoria meio-leve.
Em 2007 Caio venceu quase todas as competições que participou, destaque para Campeonato Sul Brasileiro de Judo, em Florianópolis (SC); o Campeonato Regional da 8ª Delegacia, em Americana; Campeonato Inter-regional em Itapira, onde participaram a 8ª Delegacia (Rio Claro), 12º Delegacia (Ribeirão Preto) e a 15ª Delegacia (Campinas). Todas pela primeira Divisão de Judo. Caio também conseguiu o segundo lugar da Final do Campeonato Paulista, em São José do Rio Pardo.
Monitor do Acessa São Paulo participa de feira na capital
Mixagem, um ano na internet
A Mixagem, o Canal da Música, completou um ano de programação on-line
Às 8h do dia 10 de fevereiro de 2007 entrava na rede internacional de computadores a Mixagem, a primeira web rádio da região. Ela foi criada com o propósito de ser um canal conectado com as reais necessidades dos ouvintes que navegam pela internet.É uma emissora que não tem playlist - as mais tocadas, as mais pedidas, o jabá. No entanto tem o compromisso de tocar o melhor da MPB, Rock Clássico, New Wave, Pop, dentre outros. E o melhor, está 24 horas on-line.
O idealizador do projeto, o radialista Edimir Feriam, explicou que a marca Mixagem já existe desde 1994. Ela foi criada em São José do Rio Pardo numa versão impressa para divulgar as novidades do mundo da música. Entre idas e vindas, nos dez anos de informativo, foram entrevistados músicos e bandas como Ira, RPM, Cidade Negra, Jorge Aragão, Celso Viáfora, Dudu Nobre, entre outros.Em 2004, o informativo foi desativado, mas a imagem positiva de um veículo compromissado com a música permaneceu. Foi pensando no trabalho já desenvolvido e na credibilidade já conquistada que cinco pessoas – Alexandre Chiconelo, Carla Locatelli, Elias Feriam, Marcelo Burilli e Maria Elisa -, lideradas por Feriam, decidiram três anos depois, romper fronteiras e buscar novos horizontes. Foi com esse objetivo que a marca Mixagem voltou à ativa – desta vez no mundo virtual da internet “lançamos para os mais de três mil usuários de banda larga em São José do Rio Pardo e os incontáveis internautas da região, Brasil e do mundo uma verdadeira opção em web rádio com uma programação contemporânea”, disse o locutor.
Disse, ainda, que vinha observando o crescimento das rádios via internet em todo mundo. Com isso percebeu que seria possível levar para todo o município, região e aos mais improváveis cantos do mundo uma programação musical com qualidade e comprometida com a realidade de nossos tempos.
Segundo ele, a rádio web é uma idéia pioneira para a região, tanto é que muitas pessoas ouviam e não sabiam que ela estava sendo gerada em Rio Pardo.
Programação
Os ouvintes da Mixagem são, basicamente, pessoas acima dos 25 anos, o que a torna uma rádio adulta. Mas, de acordo com Feriam, isso não quer dizer que um jovem de 15, 14, 13 anos não possa ouvi-la, “não é isso”. O que a diferencia das demais, é que ela valoriza os grandes clássicos das décadas de 60, 70 e, principalmente das de 80. Porém, não deixa de tocar as boas músicas atuais.
Outra característica marcante da emissora são as pouquíssimas locuções e vinhetas. “Nossa prioridade é a boa música, por isso o bordão ‘O Canal da Música’”, explica.
Feriam contou que a maioria das pessoas que ouvem rádio está trabalhando, por isso não quer saber de falação e sim de muita música. Outra vantagem de escutar a Mixagem é que ela não vai comprometer a velocidade do micro conectado à internet, pois a emissora não utiliza espaço da máquina.
“A internet realmente não tem fronteiras, tem brasileiros na Holanda, por exemplo, que fica ‘ligados’ diariamente. Isso é algo que era inimaginável até pouco tempo”, diz Edimir.
Para equipe da Mixagem o futuro da emissora é promissor, ainda mais com Internet Terceira Geração (ITG) - é a internet chegando a todos os celulares, inclusive a web rádio – que começa a ser implantado já a partir deste ano.
Edimir Feriam finaliza dizendo que mesmo depois de um ano, ele e sua equipe estão aprendendo e também progredindo com esse desafio que é fazer rádio on-line. Temos tido reconhecimento e um bom número de acessos diários. “Isso é sinal que a nossa proposta tem conteúdo e qualidade e por isso tem dado resultados positivos”.
Clique AQUI para conhecer e ouvir a Rádio Mixagem.
Miguel Paião
miguelpaiao@ibest.com.br
Em grande estilo
Foi assim que a boa e velha Banda do Grelo chegou a Praça XV. Capitaneada pelos remanescentes fundadores, Zé da Venda e Diógenes Bertogna, os foliões saíram das proximidades do Campo do Vasco, subiram as ladeiras do centro, até chegar à Praça, onde centenas de pessoas os esperavam. No domingo, talvez pelas informações desencontradas de que a banda sairia, mesmo depois de muita balbúrdia, o número de participantes foi menor do que nos anos anteriores. Mas na terça, ela veio completa e, mais uma vez deu o show.
Na Praça XV
Mesmo com pouca segurança, o público soube se comportar, principalmente os integrantes da Banda do Grelo, e não houve grandes problemas.
O genérico
Não é sempre que o genérico funciona, no caso da versão paraguaia do Grelo – Del Grelo – não funcionou.
Novidade
O trio elétrico na Praça XV foi uma novidade louvável, pois ajudou a organizar a bagunça que havia no local - inúmeros carros com o som ligado, cada um tocando uma coisa, na maior das alturas – era uma loucura. Porém, ouve mais falatório do que música e ainda, acabou atrapalhando a passagem da Banda do Grelo pela Praça. Mas, isso são detalhes que podem ser facilmente corrigidos.
Faltou
Infelizmente, este ano o Tradisamba, sensação do carnaval de 2007, não pode sair. O mestre Tobias, coordenador do grupo, disse que ouve alguns problemas pessoais que impediram que os sambistas fossem às ruas, mas que em 2009 serão presença garantida.
25 anos de Thriller e Michael Jackson
Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com
Faz pouco mais de 25 anos que o disco mais vendido da história fonográfica foi lançado: Thriller, de Michael Jackson, impulsionou o cantor para o sucesso. Foi com esse trabalho, de 1982, que o astro se tornou mundialmente conhecido.
Esse álbum foi considerado o terceiro mais importante de todos os tempos pela entidade Rock and Roll Hall of Fame, a qual se dedica a preservar a memória da música pop, atrás somente de Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, e The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, e ultrapassando nomes como Led Zappelin.
Somente no Brasil o número de vendas ultrapassou os dois milhões de cópias, permanecendo um ano inteiro entre os dez mais vendidos nos Estados Unidos (proeza que somente Alanis Morissette e Celine Dion conseguiram).
Com produção do grande Quincy Jones, que já havia trabalhado com o cantor em 1979, no álbum Off The Wall, o disco continha hits que viraram clássicos, como Billie Jean, Thriller, Beat it, The Girl is Mine, Human Nature, entre outros.
Dizem por aí que Michael Jackson já estava sendo preparado desde criança para o sucesso. Na época de Jackson Five já havia um certo investimento no seu jeito de showman, abusando de seu timbre de falsete e seu talento para dança. Afirmam, ainda, que o sucesso desse álbum foi uma conseqüência natural e previsível de todos os fatos que estavam acontecendo anteriormente.
Se for ou não verdade, não se pode negar que Thriller inovou. Fugindo da linguagem Black Music dos anos 70 e começo dos 80, saiu daquele estilo solto e retomou de forma diferente, longe da disco music.
Outra inovação deveu-se à criatividade e investimento em videoclipes, coisa que ninguém fazia até então (lembram do famoso lobisomem que dança com zumbis? Só esse clip tem 14 minutos de duração e custou quase US$ 1,5 milhões atualizados).
Segundo críticos, o melhor trabalho de Jackson deveria ser também o ponto final para sua carreira que, desde aquela época, entrou em declínio.
Em 2001 foi lançado uma edição especial de Thriller, com faixas adicionais e entrevistas com Quincy e Rod Temperton. O trabalho conta com faixas como: Wanna be startin´something, Baby be mine, The girl is mine (com participação de Paul McCartney), Thriller (com Vincent Price), Beat it (com Eddie Van Halen), Billie Jean, Human Nature, P.Y.T. (Pretty Young Thing), The Lady in my life.
Esta é uma boa forma de ouvir novamente os sucessos do astro.
As caras da violência
Marcelo Augusto da Silva
marcelo315@bol.com.br
Quando se fala em violência a primeira imagem que vem é aquela associada à agressão física de uma pessoa à outra, independente do motivo. O problema da violência virou tema prioritário nos debates, nas reportagens da mídia em geral, nas salas de aula e nas conversas informais - somente para citar alguns exemplos. A violência pesa sobre a população.
Discutir sobre o assunto torna-se necessário, resolvê-lo torna-se urgente e indispensável. Não podemos afirmar em que situação se chegará com o aumento da violência nessas proporções.
Esse mal é ainda pior, pois infelizmente a violência não se restringe somente ao fato de um ser humano agredir a outro, independente desse ato ocasionar a morte ou não. Atualmente convivemos com ela em vários lugares, em várias situações e em variadas formas; talvez por ser tão corriqueira não nos damos conta dela.
Podemos encontrá-la em várias formas como num governo que nega ao contribuinte aquilo que por lei é de direito; num órgão público ou privado que obriga o indivíduo a esperar horas numa fila e ainda ser mal atendido por um profissional que não é qualificado para a função ou sequer se comove com o problema alheio; num programa teve de baixíssima qualidade que coloca um personagem em uma condição inferior e por esse fato o ridiculariza e transforma-o em uma piada que vai ser repetida e passada adiante, tomando conta do vocabulário de crianças e adultos na vida real; num pai ou numa mãe que nega um carinho ao próprio filho; num patrão que explora e humilha seu funcionário; num comercial que esnoba luxo e mercarias exuberantes enquanto a maioria das pessoas não sabem o que vão comer no dia seguinte; numa pessoa que espera durante um longo tempo uma outra terminar de consumir um líquido para pegar a latina e juntá-la a tantas outras para fazer um trocado.
Desde os primeiros anos de vida o ser humano vive em meio à violência; é fácil perceber prestando atenção nos desenhos que são exibidos às crianças que fazem da violência o lema principal, e passada a infância são os filmes que primam a brutalidade, o domínio de um ser pelo outro e na dualidade entre explorador e explorado que vão acompanhar a vida do indivíduo. De tanto conviver com a violência, ela tornou-se comum.
Pequenos detalhes, que muitas vezes tornam-se imperceptíveis aos nossos olhos, avolumam o problema e o deixa mais complexo; faz com que a saída torne-se distante. Se for urgente encontrar soluções para acabar com a violência, é igualmente urgente acabar com ela em todas suas as formas, só assim poderemos pensar em uma sociedade justa e que viva em paz.
A história do Brasil e a Música Popular
Marco Antônio de Oliveira
Jornalista e escritor
Os historiadores Wellington Borges Costa e Luciana Salles Worms pesquisaram as letras de 137 canções que tratam, com ironia e poesia, de momentos da vida social e política do País. O livro "Brasil Século 20 -Ao Pé da Letra da Canção Popular"(Nova Didática, 200 páginas, R$34) é o fruto desta pesquisa envolvente e esclarecedora de letras das músicas do nosso cancioneiro popular. Uma das primeiras músicas citadas é "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba gravado em disco no Brasil, em 1917, e a última é "Pela Internet", que Gilberto Gil lançou em 1997, homenageando justamente aquele samba histórico. A pesquisa vai dos primórdios da indústria fonográfica, com o gramofone, até chegar aos sofisticados CDs da era digital, passando pelo rádio e tevê. Luciana e Costa dividiram o livro em cinco capítulos, combinando a evolução do violão e da guitarra com os principais acontecimentos políticos e sociais do País.
A música "Maldito Telefone" retoma o início do século para explicar a ascensão e queda da Velha República e o início da indústria fonográfica no País, justamente com "Pelo Telefone", de Sinhô. Enquanto Getúlio Vargas liderava a Revolução de 30, Ismael Silva, pouco antes, promovia uma revolução ao organizar uma escola de samba, um tempo em que portar violão dava cadeia - o tema preferido das músicas era a malandragem, com destaques para as composições de Noel Rosa. Aqui, entre parênteses, é bom lembrar que também foi lançado recentemente o livro de Guca Domenico, O Jovem Noel Rosa (Nova Alexandria, 160 páginas, R$21,00) , que aborda a vida do poeta de Vila Isabel e traz caricaturas da época, fotos e letras cifradas de dez dos maiores sucessos de Noel, entre eles "As Pastorinhas", Feitiço da Vila, Gago Apaixonado e Três Apitos. O capítulo sobre a ditadura do Estado Novo(1947-45) e seus principais sustentáculos, como o Departamento de Imprensa e Propaganda(DIP), pregava o ufanismo e procurava riscar do mapa a figura do malandro tão bem retratado por Noel Rosa. Deposto em 45, Vargas voltaria ao poder cinco anos depois, pelo voto popular, fato comemorado por músicos como Haroldo Lobo e Marino Pinto, autores de "Retrato do Velho", uma saudação gravada por Chico Alves. "Mas a boa relação dos artistas com o poder durou até o governo de Juscelino Kubitscheck, o presidente bossa nova", como comenta uma das pesquisadoras Luciana Salles Worms. "Com o golpe militar, em 1964, a classe artística passou a contestar por meio de sua arte". A música de protesto, a jovem guarda e o tropicalismo dividiam os gostos e as atitudes dos jovens dos anos 60. Surgem os festivais da canção e nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Depois do período ditatorial, vem a transição democrática dos anos 80. Já nos anos 90, com a popularização do CD, os músicos retomam as críticas ferrenhas contra os políticos (em Presidente Mauricinho , Lobão retrata Fernando Collor).
Vale a pena conferir a leitura desta obra indiscutível que enriquece o estudo dos fatos sociais e políticos no século 20 revelados pelas letras de canções populares.
É de se notar que nesses últimos anos vem sendo editados mais e melhores livros sobre música popular do que em qualquer outro tempo. O sucesso da empreitada contagiou a indústria livreira, que produziu marcos importantíssimos, como a biografia de Noel Rosa, de João Máximo e Carlos Didier, Ernesto Nazareth(Pioneiro do Brasil) de Haroldo Costa,” Noites Tropicais”(bossa nova) e “Vale Tudo”(sobre Tim Maia), de Nelson Mota ,” Chega de Saudades”, de Ruy Castro, “Hello, Hello Brazil”, de Bryan MacCan, etc. Também as dissertações de mestrado tratando da música popular e seus personagens se multiplicaram, e cresceram em qualidade - um destaque para o estudo de Wilson Simonal pela jovem formanda em jornalismo Mônica Herculano. Chico César, de 41 anos, compositor e cantor paraibano, que tem assumido um radicalismo contra a grosseria que contamina a cultura do país, lançou um Compacto simples, que traz as canções-manifesto "Odeio Rodeio" e "Brega". Também nesta semana chega ao mercado fonográfico do país, o novo álbum do compositor, "De uns tempos pra cá", pela Biscoito Fino, em que ele diz que seu novo disco é um "grito de alerta para que se respeite a alma do Brasil". Ele decidiu gravar neste CD o repertório censurado pela ditadura militar. Então, estamos todos resgatando assim os nossos méritos musicais e a valorização de nossa cultura que dignificam a Nação Brasileira.
Leitoa no tacho
Odair Corsini
odaircorsini@ig.com.br
Ingredientes
1 leitoa picada
1 colher (café) de pimenta do reino
2 dentes de alho amassados para cada quilo de carne
½ copo de vinagre
1 copo de água
20 gramas de sal para cada quilo de carne
2 litros de óleo
Modo de preparo
Tempere a leitoa com os ingredientes acima (menos o óleo) e deixe marinar seis horas;
Coloque no tacho o óleo. Bem quente.
Junte a leitoa e deixe fritar por cerca de 25 minutos.
Retire do tacho coloque numa vasilha e junte pedras de gelo sobre a carne e deixe mais 25 minutos;
Leve de seis a oito pedaços de cada vez, ao tacho com óleo quente e deixe fritar.