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O vice-prefeito José Carlos Zaneti, o prefeito João Luís Cunha e presidente do Sindicato Roberto Bittencourt (Betão)
Depois de quase sete anos de intensa discussão a Prefeitura de São José do Rio Pardo decidiu que irá pagar os funcionários públicos com direito à Lei da Aplicabilidade congelada em março de 2003 pelo então prefeito João Santurbano (PSDB).
A informação foi passada à direção do Sindicato dos Servidores Públicos durante uma reunião realizada na tarde de terça-feira, 19, pelo próprio prefeito João Luís Cunha (PMDB), que ficou de apresentar até o final do mês uma proposta de forma de pagamento.
Para isso, a prefeitura deverá enviar à Câmara um novo projeto de lei corrigindo o anterior, aprovado no final do ano passado no valor de R$ 1,7 milhão, mas que, segundo o executivo, apresenta uma série de falhas e pode comprometer a atual administração. Além de Roberto Taujanskas Bittencourt (Betão), presidente do Sindicato, e sua vice Cleonice Aparecida Ludovique Calegari, estiveram presentes nas conversas o vice-prefeito José Carlos Zanetti, vereadores, secretários e diretores da atual administração e ainda o economista Ricardo Mongelli - contratado para fazer as atualizações dos cálculos da aplicabilidade que cada um dos servidores terá direito de receber ou devolver aos cofres públicos. Durante a reunião, o prefeito externou a possibilidade de começar a pagar a partir de fevereiro. O valor total da dívida da prefeitura com os servidores e os valores individuais que cada um deverá receber deverá ser apresentado na próxima sexta-feira, 29, por Mongelli. A forma como será feito o pagamento também deverá ser apresentado nesta data.
Por telefone, durante a semana, o secretário de Gestão Antônio Celso Cardoso Filho, disse que provavelmente a dívida será paga de forma parcelada, mas assegurou que deverá ser quitada em menos de um ano.
Segundo o presidente do Sindicato, a prefeitura deverá utilizar os R$ 450 mil já destinados à aplicabilidade – recurso que seriam da Câmara mas que foram devolvidos à prefeitura através de emenda de alguns vereadores – e o restante da adequação do projeto de lei que destinou recursos ao orçamento de 2010.
Para Bittencourt, ao contrário do prefeito anterior, o atual tem se mostrado aberto às negociações e com vontade de corrigir os erros do seu antecessor. Em 2008, ficou constatado pela empresa contratada pelo ex-prefeito de que os servidores tinham direito de receber a aplicabilidade. Mas, depois de criar expectativa, ele simplesmente decidiu não pagar. Com isso, no dia 31 de dezembro de 2008, muitos servidores só ficaram sabendo que haviam sido enganados no momento que foram sacar os recursos no caixa eletrônico.
O Sindicato adiantou que o reajuste salarial não foi discutido na reunião. “Estamos neste instante tentando resolver uma pendência de vários anos e que agora, tudo indica que se resolverá. Somente depois disso é que iniciaremos as conversas, mesmo porque nossa data base é no dia 1° de maio”.
Na última segunda-feira, 18, a prefeitura retomou os serviços de recapeamento na avenida Antônio Pereira Dias (final da Perimetral), adiado por alguns dias devido às fortes chuvas. As obras tiveram início na semana passada e, segundo o secretário de Planejamento, Obras e Serviços, Marco Aurélio Feltran, a conclusão das mesmas deverá ocorrer em até 40 dias.
“Os problemas nesta avenida são antigos, pois ela foi feita com asfalto de má qualidade, além da falta de bueiros, problemas de drenagem, falta de bocas de lobo, níveis de caimento incorretos, etc., todavia, apesar dos transtornos momentâneos, a solução definitiva já está sendo providenciada com o total recapeamento da Avenida”, declarou o secretário.
Nos últimos meses foram executadas na Avenida obras de drenagem do solo, construções de galerias de água pluvial, além de mais cinco bueiros e cerca de 250 metros de drenagem da pavimentação. Ainda no final do ano passado, uma vala de 100 metros foi aberta para execução do dreno, garantindo assim a estabilidade do solo. A Prefeitura Municipal pede desculpas à população, principalmente pedestres e motoristas, pelos transtornos causados em decorrência da obra de pavimentação em trechos da Avenida Antônio Pereira Dias (próximo ao Hotel Ipanema) e imediações. “Desta vez a obra está sendo realizada de maneira adequada, justamente para evitar problemas futuros com o asfalto, que por não ter sido realizado corretamente em anos anteriores, teve de ser totalmente refeito agora”, destacou Marco Aurélio. Além do recapeamento na Pereira Dias, o Secretário destacou que a Prefeitura vem realizando, em ritmo acelerado, os serviços de tapa-buracos em diversos bairros da cidade. “Apesar disso, devido à falta de bueiros, muitas vezes os buracos se formam novamente, mesmo após a execução do tapa-buraco, mas felizmente estamos conseguindo realizar um bom trabalho, até mesmo neste período de chuvas, que também acaba prejudicando os serviços”, explicou.
O escritor Euclides da Cunha foi lembrado por autoridades rio-pardenses na quarta-feira, 20 , dia do 144º aniversário do autor de “Os Sertões”. O evento solene aconteceu pela manhã no mausoléu euclidiano – Herma.
Neste ano a oradora oficial do evento foi a professora Maria Aparecida Granado Rodrigues, a qual destacou a importância da figura do escritor para São José. “Há rio-pardenses que não se emocionam ao falarem de Euclides, porém, Isso ocorre, talvez, porque não leram o livro “Os Sertões”, ou porque nada sabem de sua emocionante história”, disse.
A cerimônia contou com a presença do vice-prefeito, José Carlos Zanetti; da presidente da Câmara, Lúcia Libânio; do presidente do Departamento de Esportes e Cultura, Marlon Callegari da Silva; da diretora de Cultura, Lúcia Vitto; do presidente do Conselho Euclidiano, professor Márcio Lauria; do professor Rodolpho Del Guerra, entre outros.
“Há 144 anos nascia para o nosso país um brasileiro incomum, que honrou sua Pátria e que merece cada homenagem que a ele oferecemos. São José do Rio Pardo não se cansa de erguer a bandeira do Euclidianismo, reverenciando a memória de Euclides da Cunha, o que fazemos como um legado que deixamos às futuras gerações. Neste dia, em que comemoramos o aniversário de Euclides, devemos lembrar a figura do homem que tanto amou sua família e seu País, que deixou a todos uma obra imortal e que mantém o nome de nossa cidade no mais alto degrau da Cultura nacional”, disse José Carlos Zanetti.
Neste ano a oradora oficial do evento foi a professora Maria Aparecida Granado Rodrigues, a qual destacou a importância da figura do escritor para São José. “Há rio-pardenses que não se emocionam ao falarem de Euclides, porém, Isso ocorre, talvez, porque não leram o livro “Os Sertões”, ou porque nada sabem de sua emocionante história”, disse.
Para o presidente do Departamento de Esportes e Cultura “cada evento realizado para Euclides da Cunha é uma oportunidade de homenageá-lo e agradecê-lo por toda a cultura que nos deixou”.
Lúcia Vitto destacou que “Euclides continua vivo em cada um que o cultua. Hoje demos início aos quatro marcos anuais em comemoração ao escritor. O primeiro, hoje, comemorando seu aniversário; o segundo, 18 de maio, cerimônia de reinauguração da ponte metálica, a qual será comemorada no dia 16 de maio (domingo); o terceiro, de 9 a 15 de agosto, com a Semana Euclidiana e o último, 2 de dezembro, com a comemoração da primeira publicação de ‘Os Sertões’.
No final da cerimônia, como última homenagem, foi colocado um buquê de flores em seu túmulo.
Semana Euclidiana
Conforme anunciado pela Diretora de Cultura a Semana Euclidiana deste ano irá trabalhar com o meio ambiente. O tema será “Um Euclides Tapuia – Humanismo ou utopia?”.
O professor Márcio José Lauria explicou que “misto de celta, de tapuia e grego” é um verso de Euclides da Cunha.”Tapuia” indica a raiz indígena da raça brasileira.
“Euclides foi, talvez, um dos primeiros escritores a falar de desgraças naturais, e de como o homem trata a natureza. Ao longo destes anos estudamos muitos objetos construtivos, mas faltou ecologia para ser estudada, e é isso que eu espero nesta semana de estudos”, concluiu Márcio.
Lúcia Vitto informou ainda que o homenageado da S.E. 2010 será o saudoso euclidianista e representante da família de Euclides, Joel Bicalho Tostes, que faleceu no dia 31 de dezembro do ano passado.
S.O.S - Reunião discute alternativas de atendimento aos moradores de rua
A Diretoria do Serviço de Obras Sociais (S.O.S.), em parceria com a Secretaria de Assistência e Inclusão Social, Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Polícia Militar, Secretaria do Meio Ambiente e CAPS, estão buscando melhorias e soluções no atendimento da população que mora na rua.
Para que isso ocorra um novo endereço para a instalação do Albergue/Casa Transitória está sendo providenciado, com espaço maior e mais digno. Uma equipe qualificada, formada por um assistente social, um psicólogo e um enfermeiro, farão parte do quadro de atendimento.
A Diretoria do Serviço de Obras Sociais (S.O.S.), em parceria com a Secretaria de Assistência e Inclusão Social, Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar, Guarda Municipal, Polícia Militar, Secretaria do Meio Ambiente e CAPS, reuniram-se com objetivo de buscar mudanças e soluções para a questão da população que mora na rua.
De acordo com a Diretora Administrativa, Maria Isabel Alves Tessari, “o município convive com os problemas dessa população e, como tantos outros, inclusive capitais e grandes cidades, procuram solucionar da melhor forma essas questões”, explicou.
Neste sentido, ela complementou dizendo que são oferecidos aos freqüentadores do Albergue/Casa Transitória a higienização, vestuário, alimentação, medicação, orientações e acompanhamento psicológico.
“Um trabalho com essa clientela já vem sendo desenvolvido, mas seguindo as normas da política nacional para inclusão social da população em situação de rua, que nos orienta com relação à construção e execução de políticas públicas voltadas a este segmento da sociedade, temos buscado, por meio de parcerias, melhorar e oferecer um atendimento de qualidade aos usuários”, disse Maria Isabel.
Ela afirmou ainda que o prefeito João Luís Cunha vem dando bastante atenção a este assunto. “Com o apoio do prefeito, novo endereço está sendo providenciado, com espaço maior e mais digno. Uma equipe qualificada, formada por um assistente social, um psicólogo e um enfermeiro, farão parte do quadro de atendimento. Projetos, programas, benefícios e serviços serão implantados, visando a inclusão social dessas pessoas”, informou.
A diretora administrativa aproveitou a oportunidade para informar aos interessados que o horário de funcionamento da instituição, que por não contar com funcionários comissionados no seu quadro, é de 2ª a 6ª feira, das 8h às 17h, ininterruptamente. “O atendimento ao público é realizado todos os dias, neste horário, o que antes ocorria somente no período da tarde e fechava às 12h nas sextas-feiras. Fora desse horário, nós, da direção, nos colocamos à disposição para quaisquer eventualidades, em nossas residências, cujos telefones encontram-se na lista telefônica”, concluiu.
Política Nacional
As propostas da Política Nacional para Inclusão Social procura analisar questões essências relacionadas à população que faz das ruas seu espaço principal de sobrevivência. Até 2008 não existia no Brasil o número estimado de pessoas vivendo nesta condição. O primeiro Censo Nacional, divulgado em abril/2008, apresentou o perfil e as características dessa população.
Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com
Todos estão cansados de saber sobre os fatos marcantes vividos por uma geração dos anos 60/70. O mundo borbulhava, jorrando rompimentos de paradigmas e gerando novidades na música, na política, no comportamento, nos valores, crenças, etc.
Uma transformação nem tanto comentada aconteceu na 7ª arte, quando um grupo de cineastas, todos jovens na época, decidiram romper com a mesmice exigida pela indústria e revolucionou os estúdios de Hollywood.
Roteiristas e diretores recem-saídos da faculdade juntaram-se à bandeira “flower power” e também fizeram seus protestos, recriando a arte. Eles eram nomes desconhecidos para a época, mas que, com o passar do tempo, figuraram como os bam-bam-bans do cinema: Martin Scorcese, Coppola, Denis Hopper, Steven Spilberg, George Lucas e outros, reescreveram o script hollywoodiano com obras que se tornaram clássicas e mudaram a maneira de produzir, fazer e interpretar filmes.
O marco inicial desta fase de ouro ocorreu com Easy Rider ( Sem Destino) em 1969 e durou até o início dos anos 80 com Touro Indomável.
Tudo isso e muitas outras cuiriosidades são apresentadas na ora de Peter Biskind, “Como a geração sexo-drogas-e-rock’n’roll salvou Hollywood”, da editora Intrínseca.
Biskind narra, também, como certas celebridades, após ficarem milionárias, iniciaram uma jornada pelos campos da auto-destruição e do narcisismo.
É uma obra leve, curiosa, com uma linguagem fácil e embriagante e que agrada todos os tipos de fãs da sétima arte. Leiam!
“Vocês se lembram de Charles Chaplin em ‘Luzes da Ribalta’ fazendo o número das pulgas amestradas?”. Era assim que o cronista esportivo Nelson Rodrigues via Garrincha, um dos maiores gênios da história do futebol mundial, que faleceu no dia 20 de janeiro de 1983.
Caríssimos leitores, então o nosso referendado protagonista começou a ter uma vida de destaque. Dentro e fora dos campos.
Comenta-se, até hoje, quando Mané adquiriu um rádio de pilhas, na Suécia em 1958, por 1.500 dólares, e que ao ligá-lo, logicamente, as transmissões não foram entendidas por qualquer brasileiro. Então Mané reclama para Djalma Santos. Este já sacando a ingenuidade, diz que o rádio estava com defeito, e que por isso Mané não iria conseguir ouvi-lo no Brasil. Com isso, Mané resolve vender o radinho por 100 dólares, entendendo que ele não iria “falar brasileiro” e assim acreditando ter realizado um excelente negócio ao dispô-lo. Chegando ao Brasil, devolveram o rádio a Mané, já com a Rádio Nacional radiando, na voz de César Ladeira, a hora em que “os ponteiros se encontram...”
Ainda em 1958, foi realizado um teste psicotécnico, onde Mané foi reprovado, pois não conseguiu fazer um circulo - que se referiu a uma “bolinha”, que parecia com a “cabeça do seu famoso colega de Botafogo... Quarentinha”. Imaginem, se Q.I. (Quociente de Inteligência) fosse preponderante para as convocações dos jogadores de futebol para as disputas das Copas de 1958 e 1962, nossa seleção estaria desfalcada do memorável camisa 7. Nosso primeiro Carlitos...
Eis que as luzes da ribalta começaram a instigá-lo às mudanças de comportamento. Abandona naquele bairro longínquo de Pau Grande, Dona Nair, com suas oito filhas. Atira-se aos braços da fogosa cantora Elza Soares. Colocou mais charme em sua vida aderindo ao uso do cigarro e... da malfadada bebida, que um dia iria consumi-lo, levando-o a miséria, a doença, ao esquecimento e a degradação humana. Com Elza Soares ele teve mais 2 filhos, que iriam morrer tragicamente. Além dos pontapés de seus cruéis marcadores, nosso deus Mané Garrincha (um dia teve também o apelido de Gualicho, que era o nome de um cavalo espanhol que sempre chegava em primeiro lugar nas corridas, realizadas no fulguroso Jockey Club do Rio de Janeiro) começou a receber doloridas agulhadas nos 2 joelhos, para rápidas recuperações técnicas e físicas, pois o Botafogo o explorava em amistosos rentáveis de cruzeiros e dólares pelo Brasil e pelo mundo.
Certa vez, num amistoso na Paraíba, contra o Botafogo local, Mané sumiu dos demais jogadores. Procura e procura, e nada do Mané. Até que uma pessoa chega a Zagallo e diz que o botequinho perto do estádio, estava lotado de gente vendo e ouvindo um tal de Garrincha tomar umas pingas e contar histórias hilárias.
A cidade perigosa e maravilhosa do Rio faz com que Mané se tornasse um deus. Com Elza Soares ao seu lado, então, não tinha para ninguém. E foi numa viagem ao interior do estado fluminense, com Elza e a sogra, dentro de um Simca Chambord, que Garrincha acaba virando manchete policial. Provoca um acidente automobilístico, matando a mãe da cantora.
Logo depois do acontecimento trágico, muda de ares, desembarca em São Paulo, nos seios da maior e fiel torcida do Brasil, a do Sport Club Corinthians Paulista. Mas, esta já é outra história. Até a próxima semana, e grato pela atenção dispensada.
Marcelo Augusto da Silva
http://marceloaugustodasilva.blogspot.com
Os desastres naturais parecem estar virando uma constante pelo mundo; enchentes em muitas cidades brasileiras, fortes nevascas no hemisfério norte e o terremoto que atingiu o Haiti no dia 12 de janeiro causando uma tragédia gigantesca.
Indiscutivelmente quaisquer dessas ocorrências é uma desgraça de proporções descomunais, mas pior ainda é para o Haiti onde a rotina do país já é infortúnio em si, agravada ainda mais com esse incidente que deixou a carente população do país com 200 mil mortos e aproximadamente três milhões de desabrigados.
Situado no mar do Caribe o pais ocupa a parte ocidental de uma ilha que se privilegia por ocupar um local envolto em belezas naturais, no entanto o território não teve sorte ao se localizar bem no limite entre duas placas tectônicas que o tornaram vulnerável aos terremotos de altos graus, como o que ocorreu nesse mês que atingiu 7.3 na escala de Richter, deixando-o praticamente ao chão.
Além dessa falta de sorte na questão geográfia, a história do Haiti não foi diferente para contrabalancear a situação. Inicialmente uma colônia espanhola a parte da ilha – a qual localiza-se o Haiti – foi cedida à França pelos espanhóis que assim como em toda América Central e do Sul sofreu com a exploração européia, que utilizava o território e o seu povo para desenvolver uma atividade agrícola que enriquecesse a metrópole.
No começo do século XIX o Haiti pôde mostrar ao mundo que nem sempre um povo pode ou tem o direito de dominar o outro, principalmente por questões étnicas, já que nesse período o ex-escravo Jacques Dessalines (em 1794 o Haiti após uma revolta escrava tornou-se o primeiro país do mundo a abolir a escravidão) organizou um exército que derrubou e expulsou os franceses, tornando o país livre e liderado por um negro. Era evidente que as nações imperialistas não deixariam esse movimento que solidificar e nem que outros países também pudessem seguir esse exemplo; logo em 1804 escravistas europeus e estadunidenses decretaram um bloqueio comercial ao Haiti que terminou 60 anos mais tarde após o pagamento de 90 milhões de francos ao franceses que haviam cercado o país e exigiam a quantia como forma de indenização.
A partir desse momento o país começa a viver a sua trajetória de instabilidade política e miséria que vai levar à penúria todo povo haitiano. A gravidade é tamanha que só da segunda metade do século XIX ao começo do século XX, dos 20 governantes sucederam-se no poder 16 desses foram depostos ou assassinados. Tropas dos EUA ocuparam o Haiti entre 1915 e 1934, sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país. O resultado nem é necessário avaliar.
Caso clássico do autoritarismo e da falta de democracia no país temos com François Duvalier, conhecido como Papa Doc, que apoiado pelos Estados Unidos no contexto da Guerra Fria, instaurou uma feroz ditadura baseada no terror policial dos tontons macoutes (bichos-papões) - sua guarda pessoal - e na exploração do vodu. Presidente vitalício, a partir de 1964, Duvalier exterminou a oposição e perseguiu a Igreja Católica. Papa Doc morreu em 1971 e foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier - o Baby Doc que em 1986 decretou estado de sítio. Os protestos populares se intensificaram e ele fugiu com a família para a França, deixando em seu lugar o General Henri Namphy. Posteriormente as crises políticas viraram uma característica do páis onde ocorrem as lutas entre opositores e governo e o desrespeito à Constituição, numa das quais resultou recentemente a intervenção do Conselho de Segurança da ONU que enviou tropas de soldados brasileiros em missão de paz e estabilização política.
Entre tantas desventuras para o Haiti, cujo tamanho é igual aos estados da Paraíba e Sergipe juntos, temos ainda a natureza que castigou os haitianos, que vai penar com a sua pobreza, carência de estrutura física e política e a falta de recursos médicos e financeiros para recuperar o país.
Odair Corsini
odaircorsini@ig.com.br
Ingredientes:
1 kg filé de peixe (Tilápia, Salmão, tucunaré, etc.)
Azeite, pimenta branca, alho picado e sal a gosto
Molho:
1 copo de requeijão
200g de queijo prato (queijo amarelo) ralado ou picado
1 caixinha de creme de leite
100 gramas de queijo parmesão ralado (reserve um pouco para colocar em cima)
Modo de preparo:
Coloque em um refratário e tempere com o azeite, pimenta, alho e o sal. Leve ao forno por 30 minutos coberto com folha de alumínio. Retire o alumínio e deixe corar levemente
Para o Molho:
Derreta tudo em uma panela (queijos) e depois que o filé de peixe estiver assado. Coloque o molho derretido sobre ele, salpique queijo parmesão e volte ao forno por 5 minutos para gratinar.