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Professor Márcio José Lauria discursando durante a cerimônia
O jornalista André Merli e o professor Marcos De Martini
O jornalista André Merli esteve no último dia 13 de agosto na Faculdade Euclides da Cunha (FEUC) conversando com os alunos do curso de História e de Letras sobre a importância de se entender os mecanismos políticos e sociais para depois poder cobrar aqueles que foram eleitos – seja para cargo executivo ou parlamentar.
O jornalista é rio-pardense, mas reside atualmente em São Bernardo do Campo. A palestra em clima de bate-papo ocorreu por iniciativa do Departamento de História da FEUC que aproveitou a visita de Merli à cidade para convidá-lo para atividade.
O evento serviu para entender uma das instituições mais vulneráveis ao ataque da opinião pública – o Congresso Nacional que é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Destaque para o segundo, que há dias vive um dos seus piores momentos da história.
Formando pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), André já trabalhou como repórter no jornal Estado de São Paulo, Diário do Grande ABC e atualmente está no Sindicato dos Comerciários de São Paulo.
Segundo o coordenador do Departamento, professor Marcos De Martini, o objetivo da atividade extracurricular foi contribuir para que os alunos refletissem sobre algo importante, mas que às vezes preferem evitar. O que para o jornalista é um erro, pois todo ato político vai interferir de alguma forma na vida de cada um. “A cada dois anos, somos convocados para votar e escolher nossos representantes. Porém, muitos se esquecem de acompanhar os eleitos e têm dificuldade de fiscalizar por não entender ou não conhecer como funciona o Executivo e o Legislativo. Assim, levar os cidadãos a se informarem e fiscalizarem é uma maneira de termos melhores eleitos, antes e depois da hora do voto”, disse ele.
André Merli também frisou a importância de “sermos cidadãos mais críticos e participativos”. Para isso, segundo ele, é necessário que a sociedade se organize. E finalizou dando a dica: “Toda cidade tem os conselhos municipais, eles são excelentes instrumentos de fiscalização e de pressão popular”.
Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com
Este fim de semana que se passou, comemoramos os cem anos de morte de um dos maiores escritor e jornalista brasileiro: Euclides da Cunha.
Certo, um rio-pardense mediano acostumado a ouvir, se não diariamente, ao menos anualmente sobre esse homem talvez não de à ele o reconhecimento realmente merecido (a famosa frase: santo de casa não faz milagres), e isso é lastimável, já que o restante do país se exalta e reconhece o valor desse intelectual.
Veja bem, não estou generalizando todos os rio-pardenses, já que as comemorações, a maratona da Semana Euclidiana são inquestionáveis. Apenas estou tentando ressaltar o valor e a importância que Euclides tem perante o resto do Brasil. São eventos sempre interessantes, obviamente sem a tradição da Semana de Rio Pardo, mas que merece destaque.
Esse ano, para completar o centenário, a Editora Ediouro lançou uma nova versão de “Os Sertões” com a novidade de inúmeras ilustrações de vários desenhistas. São seleções de figuras de edições anteriores, inclusive uma que foi publicada em alemão. Há, também, uma introdução inédita escrita por uma professora especialista nos assuntos euclidianos: Walnice Nogueira Galvão.
“Os Sertões” deve ser considerado como um precursor do jornalismo literário brasileiro, pois narra a história da Guerra de Canudos como um texto jornalístico com toques de romance, inovando, na época, na forma de escrita. Só para lembrar, a primeira edição foi publicada em 1902 e logo se tornou um clássico não apenas por mostrar um novo estilo de escrita, mas também por ser uma fonte inesgotável de conhecimento sobre o povo de Canudos e toda sua história.
Aproveitando o centenário, outra dica interessante para assistir é o documentário “Paraíso Perdido”, que refaz o percurso que Euclides fez na Amazônia com o objetivo de combater a idéia de que o Brasil deveria entrar em guerra para lutar pela posse do território mostrado (hoje é parte do Acre). O filme mostra os 1.000 quilômetros percorridos narrando o que mudou de lá para cá. Os seringueiros saíram e entraram os índios no cenário. Vale assistir.
Marcelo Augusto da Silva
http://marceloaugustodasilva.blogspot.com
“Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer”.
Pra não dizer que não falei das flores – Geraldo Vandré
Iniciei meu artigo da semana passada dizendo que vivia um momento de desesperança. Após alguns dias esse meu sentimento ainda permanecia, porém sua origem, como já havia dito, era por causa de nossos políticos, felizmente ele é um efeito gerado somente por esse grupo, não por todos os brasileiros. Explico: Sarney afrontou o bom senso do brasileiro com as suas recentes tramóias, fazendo com que a indignação saísse do individualismo, passasse pela internet e chegasse às ruas em forma de protesto.
É raro, mas não impossível, encontrarmos na História ações que contaram com a participação popular e que atingiram o seu objetivo. Temos clássicos exemplos como a Revolução cubana que foi um movimento onde o povo foi extremamente participativo e importante e a Independência do Haiti, que embora hoje não esteja numa situação estável, alcançou a conquista de sua liberdade através da luta dos negros contra a exploração francesa, servindo de modelo para movimentos em outros países.
No Brasil tivemos um caso recente com o Fora Collor, formado na sua maioria por jovens estudantes, que foram às ruas exigir o impeachment do então presidente. Mesmo conseguindo aquilo que ele queria, o protesto, ao menos a meu ver, não teve tanto mérito, pois ele não foi autônomo, mais sim forjado pela Globo - a mesma emissora que fez a cabeça do eleitor para votar em Collor e que naquele momento não via mais interesses no seu governo - que conclamava a juventude a manifestar publicamente seu descontentamento.
Bem diferente do Fora Collor, o Fora Sarney é um movimento independente e na semana passada manifestou-se em diversos locais do país. No próprio Senado houve uma tentativa de protesto por parte dos estudantes, que da mesma maneira que ocorria nos tempos de ditadura, foram reprimidos com a truculência da polícia, dessa vez a legislativa, a qual sem nenhum escrúpulo ligava para o celular do Sarney no momento da detenção dos manifestantes dizendo que iriam agir rigidamente para moralizar a situação. Será que alguém em Brasília é digno para usar a palavra moral?
Se não podemos esperar a decência dos políticos, em nem o cumprimento das normas, que no caso deveria ser a investigação das denúncias contra o senador, coube à população a tentativa de ser a aplicadora da justiça e dessa forma exigir que seja feito o necessário.
O país é do povo que nele habita, não dos que o governam; os políticos, a grosso modo, nada mais são do que funcionários do Estado, com a função de trabalhar para a coletividade, ou seja, a sua incumbência é servir o povo, não o contrário. Se é dessa forma, assim como o povo o escolheu – e se em determinados momentos como esse que vivemos a opinião popular decidir - ele tem todo o direito de destituí-lo do cargo.
Esse é um exemplo da força popular; mesmo não tendo o tamanho que deveria ter, o Fora Sarney causou repercussão e incomodou. Pode muito a população, basta ela querer e saber usar esse poder.
Mesmo ainda havendo a descrença, esse movimento trouxe de certa forma uma luz na escuridão em que nos encontramos. Se ele vai tomar proporções maiores e atingir a sua meta, somente o tempo irá mostrar. Queria vê-lo crescer, tomar conta de todo o país e mostrar aos “senhores de Brasília” que o Brasil não é deles, tal como eles imaginam.
Emílio Antônio Duva
E foi naquela Quarta-feira de Cinzas de março de 1938 que a capital de São Paulo acordou assustada com uma chacina realizada no centro da metrópole, num restaurante de chineses. Um casal e dois funcionários do estabelecimento estavam sob poças de sangue. Uma das primeiras chacinas que chocou e intrigou a polícia no seu mister de averiguação e resultados.
Apregoa a história que uma criança que estava no local dizia: “peto, peto...” o que levou a investigação da época a concluir que o criminoso seria uma pessoa de cor negra ou afroamericano, como se dizia na época.
Enquanto isso, o Brasil preparava-se para mais uma Copa do Mundo de Futebol. O jornal e o rádio freneticamente propagavam os ídolos que defenderiam nossa equipe de selecionados no Uruguai. Enquanto isso, a polícia paulista prende Arias de Oliveira, um jovem forte e negro, da cidade de Franca, que residia em São Paulo, como principal suspeito de tal barbaridade. Ele tinha trabalhado dias antes no restaurante, teria sido demitido, porém vinha pleiteando nova admissão.
Diante do caso, a frente negra da paulicéia desvairada contrata o advogado Dr. Paulo Lauro (1907-1983) um jovem da cidade de Descalvado que brilhantemente absolve Arias de Oliveira em dois julgamentos. O primeiro no dia 31 de março de 1939, baseado em provas nada convincentes. Alegou que seu cliente tinha confessando o crime, que não cometera, sob forte pressão, pauladas, estrangulamentos e tortura. A segunda vitória ocorreu no dia 3 de junho de 1940 sob o auge e a indignação do egrégio jurado.
Devido ao sucesso, Lauro acabou sendo nomeado prefeito de São Paulo por um ano (28/08/47 – 25/08/48) pelo então governador Adhemar de Barros. Foi por tanto o primeiro prefeito negro da capital paulista, viu Celso Pitta?
Mas, onde entra o futebol nesta história? Respondo caríssimos e fiéis leitores. O tenaz causídico (advogado) conseguiu êxito perante aquele emotivo corpo de júri alegando que o acusado tinha uma semelhança irmã, de cor, altura, sorriso, face, fala e principalmente o gingado no andar a lá Leônidas da Silva, o nosso Pelé da época, o nosso Diamante Negro, o inventor do gol de bicicleta.
Naturalmente ninguém gostaria de condenar o ídolo da época. Pasmem senhores.
Coisas da vida, dos tribunais e... do futebol.
Odair Corsini
odaircorsini@ig.com.br
Ingredientes:
1 kg de filé de peixe sem espinha
1 pimentão grande em rodela
1 cebola media em rodela
4 tomates em rodelas
3 dentes de alho socado
2 limões (suco)
6 colheres de azeite de oliva
1/2 maço de coentro picado
1/2 maço de cebolinha picada
Pimenta branca moída e sal agosto
3 colheres de extrato de tomate concentrado
70 ml de caldo de peixe
20 gramas de farinha de mandioca
Modo de preparar:
Lava-se o peixe com parte do suco de limão e água,
Enxuga-se e coloca-se em uma panela com tampa os filés de peixe. Deixe marinar por 30 minutos.
Leve ao fogo; quando começar a ferver acrescente o caldo do peixe e deixe cozinhar até o peixe amolecer.
Separe um pouco do caldo acrescentando a farinha de mandioca mexendo, sempre e em fogo baixo.
Sirva quente com pirão e arroz branco e molho de pimenta malagueta.