Ano VI - Edição 106 - São José do Rio Pardo - SP - 14 de fevereiro de 2009


MANDE SUA SUGESTÃO, CRÍTICA, ELOGIO, ETC
Envie uma mensagem no endereço abaixo e ajude a fazer um novo jornalismo!
dasilva@ciranda.net
Deixe a sua opinião sobre as notícias diretamente no Blog clicando nos links "Comentários"
E vote nas nossas enquetes acima!!!!

Editorial: O veto e os R$ 3,7 mil dos vereadores

O resultado da votação de terça-feira, 10, que derrubou na Câmara o veto do prefeito João Luís Cunha foi no mínimo interessante. Em tese, dos seis votos contrários ao prefeito (contra os R$ 6 mil), quatro ajudaram a elegê-lo. Do outro lado, dos quatro vereadores de oposição, dois votaram a favor ao prefeito (a favor dos R$ 6 mil).
O resultado nos leva a concluir duas coisas: os parlamentares se mostraram independentes, inclusive, em alguns casos, até de orientação partidária, e votaram de acordo com a consciência de cada um - situação atípica em Rio Pardo. Ou então, votaram contra os R$ 6 mil por medo de ficarem mal diante do grande público que esteve presente à Câmara. É evidente que sempre há exceções. 
Na hora de discutir em plenário o veto do prefeito falou-se em crise, igualdade, consciência, compromisso, economia de dinheiro público, mas se esqueceram de dizer ao público presente, na maioria servidores municipais, que o salário de vereador saltou de R$ 2.2 mil para R$ 3.7 mil cada um por mês. Agora, a grande pergunta: em São José é necessário que um vereador receba esse valor? Essa é a grande questão. 
Hoje, a maioria alega que sim, dizem que se desdobram inclusive para dar conta das inúmeras reivindicações que chegam até eles. O que deve ser verdade. Mas será que durante a campanha eles, como candidatos, teriam esse mesmo posicionamento?
É bom que se deixe claro que não está discutindo aqui – pelo menos por enquanto – a responsabilidade do parlamentar e sim o grau de comprometimento com a comunidade que cada um deve ter. Pois a fonte dos recursos do salário do vereador é a mesma que paga o servidor, o secretário, o prefeito o vice, e por aí vai. Questões como essa torna-se necessária ser pontuada, pois o parlamentar é o elo entre a sociedade e a instituição, é, ao menos em tese, o representante do povo e por isso tem que se esforçar para dar o exemplo. E aí não adianta se irritar.

Deputado do PT destina R$ 300 mil para São José


Deputado federal Paulo Teixeira (PT)

Por intermédio da direção do PT rio-pardense, o deputado federal Paulo Teixeira (PT) destinou para São José do Rio Pardo, através de emenda parlamentar, R$ 300 mil. O recurso virá do Ministério dos Esportes e poderá ser utilizado para Implantação e Modernização de Infra-estrutura para Esporte Recreativo e de Lazer. 
A informação foi passada por meio de ofício à Prefeitura de São José do Rio Pardo e também à direção do PT local. O deputado é natural de Águas da Prata, e nas eleições de 2006 obteve 764 votos no município.
Segundo assessoria de Paulo Teixeira, para garantir o recurso a Prefeitura deverá credenciar e cadastrar a proposta no SICONV, pois todos os órgãos do Governo Federal já estão trabalhando com este novo convênio. No credenciamento (www.convenios.gov.br / sistema de convênios / credenciamento / incluir o proponente), deverá o órgão público credenciar a figura do responsável, do representante e os dados de sua entidade. Depois de confirmado todos os dados, o extrato do proponente que deverá ser impresso como garantia. Miguel Paião, presidente do PT local, disse que Paulo Teixeira assumiu o compromisso, ainda durante a campanha eleitoral de 2008, de trabalhar de maneira ativa para o município. Para o professor Aloísio Calsoni Bozzini, Bibo, isso demonstra que o trabalho para a cidade independe das eleições. “E nós do PT rio-pardense, juntamente com o Paulo Teixeira e com deputado estadual Simão Pedro (PT) estamos comprometidos com o desenvolvimento São José do Rio Pardo”. Na próxima semana, a direção do PT deverá procurar o prefeito João Luís Cunha, para colaborar no encaminhamento dos recursos.

Com apoio de governistas, veto do prefeito é derrubado

CÂMARA - Mesmo contra a vontade da maioria do público, Antonio Marcos Zanetti (PSDB), manteve sua posição e votou a favor da manutenção dos R$ 6 mil

Enquanto o prefeito João Luís Cunha viajava à Brasília para participar do Encontro de Prefeitos promovido pelo governo federal, em Rio Pardo os vereadores derrubavam na noite de terça-feira, 10, o veto do executivo ao projeto de Lei de n° 29. Foram seis votos contrários e apenas três favoráveis ao veto. Com a decisão da Câmara e após a promulgação da lei pela presidente do legislativo municipal Lúcia Helena Libânio da Cruz, os salários dos secretários municipais ficarão em cerca de R$ 3 mil.otaram contra: Daniel Martins de Moraes (PSC), Marco Antonio Gumieri Valério (PSDB), Rosangela Cristina Snidarcis Berti (PMDB), Márcio Callegari Zanetti (PTB), José Antonio Tobias (PSB) e Amilton Pizzoli (PV). Foram a favor: Vicente Rodrigues (PMDB), Cláudio Márcio de Lima (PV) e Antonio Marcos Zanetti (PSDB), que em pronunciamento justificou seu voto alegando coerência em seu posicionamento, mas acabou sendo vaiado. Por ser presidente da Câmara, Lúcia Libânio não votou. Dos seis votos contrários ao veto (contra os R$ 6 mil), quatro foram de vereadores que pertencem (ou pertenciam) a base de apoio ao prefeito e dois da chamada oposição - Antonio Gumieri Valério (PSDB) e Amilton Pizzoli (PV). Do outro lado, dos quatro vereadores de oposição, dois votaram a favor do prefeito, são eles: Cláudio Márcio de Lima (PV) e Antonio Marcos Zanetti (PSDB) (a favor dos R$ 6 mil).Aprovado no dia 17 de dezembro de 2008, o projeto de lei 29, de autoria de Márcio Zanetti (PTB), revogou a Lei nº 3.036, de janeiro de 2008, pela qual o salário dos secretários poderia aumentar de R$ 3 mil para R$ 6 mil. No entanto, em janeiro deste ano, o prefeito João Luis Cunha decidiu vetá-lo encaminhando-o à Câmara juntamente com a conclusão de sua decisão: “... matéria contrária ao interesse público e que contraria a disposição da Lei Orgânica do Município...”.De acordo com as considerações que levaram os parlamentares a revogar a 3.036 está o efeito cascata que o aumento iria gerar ao estender o valor também aos ex-secretários do município, o que causaria mais gastos públicos. No entanto, mesmo com a preocupação de se economizar, nenhum dos vereadores ousou dizer na sessão do projeto de lei que elevou os seus salários, em 2008 para gestão 2009/2012, de R$ 2,2 mil para R$ 3,7 mil. A presença de dezenas de pessoas na Câmara, na maioria funcionário público municipal, soou como protesto a medida do atual prefeito de querer elevar o salário dos secretários em quase 100%, enquanto que eles receberam apenas R$ 72,37, valor bem inferior aos R$ 281 prometido em campanha eleitoral.De acordo com as justificativas do prefeito, ele não teria recursos disponíveis para conceder valor maior neste início de mandato. 

Bom dia prefeito está no ar

Estreou no dia 19 de janeiro na rádio Notícia FM o programa Bom Dia Prefeito, gravado aos sábados, ele vai ao ar toda segunda-feira, das 7h às 7h05. 
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de São José do Rio Pardo, o programa foi baseado no Café com o presidente, programa de rádio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva produzido pela Radiobrás. Ainda segundo a assessoria, o Bom dia Prefeito está sendo produzido na própria Notícia sem nenhum custo aos cofres públicos. Durante os cinco minutos, João Luís Cunha tem procurado prestar contas do que foi feito durante a semana que passou e o que está marcado para semana seguinte.

Banco do Povo: R$ 800 mil para empréstimos

A agência do Banco do Povo Paulista (BPP) de São José do Rio Pardo disponibilizará para este ano mais R$ 800 mil para pequenos e micro empreendedores. Em todo o ano de 2008 foram concedidos mais de R$ 558 mil, que beneficiaram 127 negócios. O Banco do Povo é executado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo em parceria com a Prefeitura de São José do Rio Pardo, sendo que 90% dos recursos utilizados são do Governo.

João Luís Cunha participa de Encontro em Brasília

O Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas de todo o Brasil terminou na quarta-feira, 11, superando com folga todas as expectativas dos organizadores. Mais de 4.500 prefeitos, das mais diversas regiões do País, atenderam ao pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e compareceram ao evento, dentre eles o de São José do Rio Pardo, João Luís Cunha. O público total chegou próximo de 15 mil participantes. A previsão inicial era de dez mil pessoas, entre prefeitos, prefeitas, primeiras damas e secretários municipais e assessores. 
A abertura do evento, na terça-feira, 10, contou com a presença do presidente Lula; da primeira-dama, Marisa Letícia da Silva; ministros; representantes das entidades municipalistas, presidentes dos bancos públicos, dos presidentes do Senado e Câmara, dentre outras autoridades. 
Além de visitar dos estandes dos ministérios, João Luís obteve para São José o Programa de Aquisição de Alimentos, pelo qual o governo federal compra diretamente do agricultor produtos que são destinados à merenda escolar e a entidades de utilidade pública que fornecem refeições, incluindo Santas Casas. 
A Prefeitura, através do secretário municipal de Agricultura, dará início imediatamente ao processo de formalização do programa, para que um projeto seja apresentado à empresa federal e iniciado o cadastramento dos agricultores interessados.
Pelo programa, o governo federal compra do produtor e paga diretamente para ele por produtos antecipadamente contratados. Técnicos da CONAB virão a São José para explicar detalhes do projeto aos agricultores. 
Recursos - Como resultado, ainda, da viagem, ele conseguiu mais recursos para o esporte: reforma e adaptação do Estádio Palmiro Petrocelli; construção de uma quadra de esportes; construção do Centro da Juventude através do deputado Carlos Sampaio (PSDB). E R$ 150 mil para infra-estrutura, do deputado William Woo, também do PSDB. Do deputado Guilherme Campos (DEM), R$ 300 mil, também para infra-estrutura.

Atletas de Rio Pardo em Mogi Guaçu


Luiz Carlos de Oliveira, Alexandre Magno de Paula, Vanderlei Cordeiro de Lima, José Roberto Lopes e Ronaldo Bueno

No dia 10, a equipe de atletismo Loucos por Corrida esteve em Mogi Guaçu participando da 36ª Corrida Pedestre Cidade de Mogi Guaçu.
A competição de 8 km teve início às 20h com ponto de partida e chegada no Centro Esportivo Mogiano. Cerca de 200 competidores participaram da corrida.
A prova teve a presença e participação do Campeão Olímpico Vanderlei Cordeiro de Lima – o homem do aviãozinho da Olimpíada de Atenas (Grécia). A participação da equipe foi satisfatória, os quatro corredores Luiz Carlos de Oliveira, Alexandre Magno de Paula, José Roberto Lopes, Ronaldo Bueno – chegaram entre os cinqüenta primeiro colocados. A próxima competição será em Holambra – A Competição da Lama no dia 8 de março.



Simão volta a defender universidade na Região


Presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de São Paulo, o deputado estadual Simão Pedro subiu no último dia 4 de fevereiro na Tribuna da Assembléia para defender a proposta de implantação de uma universidade pública estadual na Mogiana. 
A região, que fica no interior de São Paulo, é a única em todo o Estado que ainda não conta com uma universidade pública. Todas as vagas de ensino superior disponíveis nas cidades da região são ligadas a instituições particulares. Só um curso universitário foi aberto agora pelo governo federal no Cefet de São João da Boa Vista.

Cineclube Paradiso apresenta “O Baile

Comemorando três anos de criação, amanhã, às 16h, o Cineclube Paradiso, apresenta o filme, O Baile. A obra tem a direção do italiano Ettore Scola, o consagrado diretor de “Splendor”, “Nós Que Nos Amávamos Tanto”, “Um Dia Muito Especial”,Casanova e a Revolução”, “A Viagem do Capitão Tornado” e tantos outros. O filme é de 1983 e recebeu, entre outros prêmios, o David de Donatello e o César.
Num grande salão de baile, construído nos anos 30, as mulheres são as primeiras a chegar, uma após a outra: uma quarentona clássica, uma loira que faz como se tivesse vinte anos...
Em seguida, entram os homens, que se dirigem ao bar. Entre eles, encontram-se um indivíduo cheio de tiques e que não para de chupar bombons, um outro de idade madura, mas sempre bem disposto, um homem tímido com ar amedrontado.
Enquanto dançam ao longo do salão, homens e mulheres se recordam do passado, com os bailarinos mudando de personagem à medida que o filme viaja no tempo, repassando a história da França dos anos 30 aos anos 80.
Assim, em 36 surge a Frente Popular dando força à classe trabalhadora; em seguida, é retratado o período de ocupação nazista: em 44, quando Paris é libertada pelas forças aliadas, um oficial alemão e um colaborador são repelidos, enquanto um membro da Resistência é recebido como herói, ao mesmo tempo em que explode a música norte-americana; em 46, soldados ianques trazem meias de seda e o jazz; em 56 chega o “rock’n’roll”; em 68, estudantes radicais tomam conta do abandonado salão de baile; em 83, é a vez da música “discô”.
O BAILE trata-se de um filme envolvente, cuja principal característica é a de não ter diálogos. Assim, ao longo de quase duas horas, o espectador se delicia com um grupo de atores e atrizes interpretando diferentes papéis em função da época retratada, o que é feito através de mímica, dança e música.
Não percam este ótimo filme de Ettore Scola. A entrada é franqueada ao público.

Crise, demissões, desemprego


MARCELO AUGUSTO DA SILVA  


A crise econômica que se iniciou nos EUA no ano passado a cada dia vai mostrando os seus efeitos cruéis como as demissões, falências, queda nas vendas, etc.. Em momentos de recessão como esse é inevitável a queda no consumo de determinados artigos, uma vez que a população ameaçada e sem alternativas, vai deixando de adquirir produtos não tão necessários ao seu dia-a-dia, dando assim prioridade àquilo que lhe é indispensável.
Como a atual economia capitalista global funciona de forma integrada, as consequencias de determinadas “falhas”, a exemplo da crise, vão se desdobrando e atingindo a todos, numa espécie de reação em cadeia, ou seja, se uma empresa começa a sentir os efeitos de uma irregularidade econômica, como a diminuição de vendas, para não agravar ainda mais sua situação a solução encontrada pelos seus responsáveis é a demissão, não importando no que isso implica ao empregado. Esse trabalhador agora desempregado vai ter que forçosamente diminuir seus gastos reduzindo suas compras, o que fará que o comércio sinta esse reflexo também, impulsionando dessa forma, outros setores e pessoas a também entrarem na tal crise.
Os dados divulgados das demissões nos últimos tempos tem sido assustadores, principalmente nos EUA, aonde o número de desempregados chega a 11 milhões de pessoas no início desse ano.
Apesar de ser muito mais do que preocupante, as demissões não são novidades no sistema capitalista; seu próprio mecanismo de funcionamento provoca o desemprego. A primeira Revolução Industrial no século XVIII, que a grosso modo pode ser entendida como o processo que determinou o trabalho assalariado e também o nascimento das relações trabalhistas atuais – antagônicas entre burguesia e proletariado – provocou o início do desemprego, que mais tarde tornava-se algo constante, já que a utilização de máquinas na produção reduzia cada vez a utilização de mão-de-obra. O enorme de contingente de desempregos nada mais é do que uma conseqüência desse sistema, podendo afirmar ser ele ainda necessário para o seu funcionamento e para a garantia de lucro das classes dominantes, uma vez que um número elevado de trabalhadores ociosos significa menores salários a serem pagos e assim maior lucratividade aos patrões.
Com as sequentes revoluções industriais que ocorreram, esse tipo de sistema foi se fechando e se perpetuando; os equipamento e máquinas cada vez mais foram tirando os empregos dos trabalhadores, onde a mecanização alcançou até o campo, substituindo quase que por completo o trabalho humano e acabando de vez com a agricultura familiar, condenando uma massa de camponeses a migrarem para as cidades, inchando as periferias e aumentando o número de desempregados.
Sendo um problema mundial, agravado por uma crise também mundial, mas não tendo suas causas atribuídas somente a ela, pouco ou quase nada se vê a ser feito para que o desemprego diminua. Há fóruns e debates econômicos entre países a todo o momento, mas nenhum trata desse problema, somente se discute como as empresas e os países vão continuar mantendo seus lucros. É claro que as elites se não importam com a vida da classe proletária, mas no fundo sabem que é da exploração do seu esforço, das más condições de trabalho e do salário injusto pago aos empregados que advêm seus ganhos exorbitantes. Fatalmente enquanto esse sistema opressivo continuar existindo sempre haverá desemprego, alguns momentos mais, alguns momentos menos.

Servidor público rio-pardense mostra sua força política


ALOÍSIO CALSONI BOZZINIProfessor Bibo


Os servidores públicos municipais, além de mostrarem suas habilidades nos serviços prestados à população, mostraram nesta última terça feira, 10 de fevereiro na Câmara Municipal, que têm força política.
O assunto em pauta era se haveria ou não aumento dos salários dos secretários municipais, que passaria de 3 mil reais (aproximadamente) para 6 mil.
Sabendo dos efeitos deste aumento na folha de pagamento; dos comprometimentos futuros nos possíveis ajustes em seus salários; e acima de tudo preocupados com o município; os servidores públicos agiram com legitimidade no exercício de sua cidadania. Participaram ativamente da discussão, criticaram, falaram de suas remunerações e da diferença salarial entre os funcionários. Acompanharam a decisão final e conseguiram, assim, dar um destino mais justo e seguro para o futuro de nosso município, pensando mais na coletividade do que em seus problemas particulares.
A presença e os argumentos dos funcionários motivaram os vereadores a votarem contra o aumento dos secretários, embora alguns tenham votado favoravelmente. Esta foi sem dúvida uma vitória da democracia. Uma vitória da comunidade, que participou diretamente da gestão dos assuntos públicos.
O exercício da cidadania não pode ficar apenas nas obrigações, como votar ou pagar impostos. Nosso exercício de cidadania está no gerenciamento de um governo (seja ele municipal, estadual ou federal).
Conhecer o funcionamento dos órgãos públicos, cobrar promessas de campanha, acompanhar os gastos públicos, participar das sessões da câmara entre outros é exercitar com plenitude a cidadania.
Assim como os servidores, acredito que outros segmentos de nossa sociedade deveriam estar atentos e procurar através do conhecimento, do diálogo e da participação direta interferir positivamente no desenvolvimento de nosso município, afinal de contas, todos nós desejamos o desenvolvimento de nosso município e uma qualidade de vida cada vez melhor.
Parabéns aos servidores, esperamos encontrá-los mais vezes participando das decisões.

O furacão da Copa de 70


EMÍLIO ANTÔNIO DUVA 


Nosso saudoso Nilton do Prado (Nirtão) atendendo um pedido de um amigo levou ao Rio de Janeiro, para um apê em Botafogo, alguns eletrodomésticos - TV, geladeira, fogão, etc., em uma portentosa perua Veraneio azul pastel. Mas de lataria precária. A viagem de São José à capital fluminense foi de poucas novidades, mas enfrentou um calor de suar de bica. Feito a entrega, impecável, nosso camarada não pensou duas vezes: “vou me refrescar tomando uma carroça de chopp’s em alguma lanchonete maravilhosa desta cidade idem”. Tocou para Ipanema, e quando passou em frente ao Barril 1800, deslumbrou-se com uma pá de gringos e gringas, loiríssimas de olhos azuis da cor do mar, em frente à estupenda chopperia. Estaciou a surrada-valente, azulzinha, já rumando o local desejado e pensando em se mostrar às branconas. Foi quando viu sair de um Miura conversível um outro cidadão de ascendência afro. Nada mais, nada menos era Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, com seu cabelo black power , tamanco e roupas exóticas.
Nirtão estufou o peito, caprichou na ginga e foi se aproximando do famoso camisa 7, o maior baladeiro do Rio na época de Hendrix.
Pensou com ele: ah... agora é que eu e o Jair vamos arrasar e faturar... beleza pura...”.
Jairzinho, com toda a moral, chega perto do nosso ilustre rio-pardense, manja a perua estacionada, saca a pintura, e tasca essa:
Maisssssssxxxxxxxxx que merrrrrrrrrda, hein crioulo?

Próxima edição: Salvo pelo Deus da Raça 

Turismo Esportivo


RAFAEL CASTRO KOCIAN
rafaelcocian@gmail.com


Confirmada a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, por mais absurdo que seja devido aos gastos e investimentos que privilegiarão uma pequena elite, uma vez que o preço médio dos ingressos na Alemanha 2006 foi de U$170,00 e para a África do Sul em 2010 será de U$190,00. Com o câmbio atual teremos um valor de aproximadamente R$427,50, um preço nada acessível a realidade brasileira.
Mas como a Copa se tornou inevitável, nos resta fiscalizar tudo o que acontece nos preparativos e quem sabe aproveitar esse momento para acabar captando recursos para o nosso país.
É sabido que um grande número de turistas vêm para um evento como esse, a Alemanha recebeu cerca de 925 mil turistas novos, fora os que vêm depois de ver como o país é na televisão, afinal cerca de 28 bilhões de pessoas no total, sendo 1,1 bilhão de pessoas na final em 217 países. Enfim, sabemos que a Copa move muita gente, e muito vêm ao Brasil, por que não aproveitarmos isso. Agora falo de nossa cidade, da nossa realidade. A CBF chegou a um consenso, ainda não divulgado oficialmente, de que São Paulo receberá a partida de abertura e o Rio de Janeiro o encerramento. Estamos próximos a São Paulo e por que não recebermos uma seleção na pré-temporada?
Basta ter um bom campo e um bom alojamento para os atletas, afinal todas as seleções participantes treinam aproximadamente um mês antes do evento em alguma cidade. Quando a Copa é na Europa nem todas seleções ficam no país sede, devido a proximidade entre os países, mas considerando o Brasil um país de dimensões continentais de clima bem diferente dos participantes europeus e asiáticos, sem dúvida praticamente todas seleções treinaram aqui.
Aí serão 32 cidades candidatas a receber as seleções, que provavelmente vão querer fugir das capitais badaladas e tumultuadas. Imagine quanto de lucro não traz uma seleção italiana, espanhola, alemã e até a americana em uma pré-temporada. Além dos turistas (estrangeiros e nacionais) que virão assistir os treinos, há toda a imprensa, a segurança da delegação, a comissão técnica, enfim, dá pra aproveitar e divulgar nossa cidade para o mundo todo.
Em 2006 Weggis na Suíça, ficou famosa ao receber a seleção brasileira. Cerca de 800 jornalistas de 50 países do mundo ficaram com as belezas de uma cidade de 3886 habitantes. Creio que somos maiores em tamanho e infra-estrutura. Estima-se que Weggis lucrou de 30 a 50 milhões de francos suíços, o que equivale a cerca 58 milhões ou 96 milhões de reais. Lembre-se estou falando de uma cidade.
Agora, será que estamos preparados ou sequer sabemos disso? Será que nossos governantes sabem disso? Já fizeram contatos com o comitê organizador? Ou isso será deixado para as vésperas da Copa? Aí a bola já passou e é gol do adversário, pra não dizer gol contra.

Irmãos Coen provocam risos novamente


CAROL ORTIZ 
cacal.ortiz@hotmail.com


Primeiro foi Fargo, depois foi O grande Lebowski, aí partiram para um estilo mais agressivo como O homem que não estava lá e o sucesso de Onde os fracos não têm vez. Agora, mais de dez anos após sua última grande comédia, os irmãos retornam com o hilário Queime depois de ler.
Imaginem a situação: um agente da CIA, Osbourne Cox (John Malkovich) tem sérios problemas com álcool e é demitido. Como vingança, ele decide escrever uma autobiografia detalhada e armazena tudo em um CD. Acontece que, ao freqüentar academia, acaba esquecendo seu manuscrito no vestiário que, mais tarde vai parar nas mãos de dois funcionários do local: uma determinada Frances McDormand (a policial grávida de Fargo, lembram?) e um completamente idiota Brad Pitt.
A partir daí, o impossível começa a acontecer. Os dois se achando espertos chantageiam Cox, que por sua vez, é casado com a neurótica Tilda Swinton, que por sua vez é amante do mulherengo e atrapalhado agente George Clooney, que por sua vez, acaba tendo um caso com a histérica Frances McDormand.
Pronto, o círculo da confusão está armado e muitas risadas e situações absurdas começam a ocorrer.
Queime depois de ler pode ser classificado tanto como uma comédia física, ou seja, passa perto de um pastelão, quanto um filme em que seus personagens são realmente tristes e solitários e que, conduzem esses sentimentos à situações engraçadas.
Bom, nem precisamos dizer que alguns terminam com um trágico final, enquanto outros conseguem seus objetivos (e para perceber isso basta observar Frances McDormand que, aliás, é uma das pessoas mais teimosas e determinadas na história do cinema mundial).
Enfim, é um ótimo passatempo com o gostinho amargo, bizarro e completamente imprevisível dos irmãos Ethan e Joel Coen. Risos garantido!

Emoção domina razão?


CARLOS EUGÊNIO ALVES – psicólogo e filósofo

Acreditando ter controle sobre tudo, do ponto de vista racional, o Homem experimenta o gosto da maçã, numa tentativa de encontrar o paraíso nesta terra. Até encontra, mas é breve, dura pouco e quem ofereceu-lhe mel passa a destilar o fel. A razão já não domina a emoção, o que era para ser encontro passa a ser desencontro. O Homem é atingido, sem piedade, em sua fragilidade. A sede de afeto o faz procurar de forma desvairada por quem lhe ofereceu a maçã e neste momento começa a ter evidências de que o amor gratuito pode estar em apenas alguns casos especiais.O jogo da sedução fez o seu papel, mas o preço da ilusão faz-nos refletir sobre o domínio de uma pessoa sobre a outra. O que era para ser nobre traz consigo exigências e cobranças.O outro lado da moeda surge...
E neste momento já não sem ter tanta certeza do que foi oferecido. A maçã mordida faz sangrar um coração. Seria a sorte ou a morte? Quem ofereceu tem a resposta. E o Homem busca compreender onde foi a invasão.Por que tanta mudança num ser tão especial? A negação gera a dúvida.Quem nunca arriscou nunca amou, apenas coexistiu?
Freud traça uma trajetória, buscando interpretar o inconsciente humano, o sentido da alma.
Às vezes é mais complicado compreender algumas pessoas, quando muito se acredita que o coração destas pulsava,sentia amava e não apenas batia...

Prato do Dia: Vatapá


ODAIR CORSINI 
odaircorsini@ig.com.br






Ingredientes
200 g amendoim torrado e moído
100 g castanha de caju moída
500 g camarão fresco
01 kg peixe fresco em cubos
05 pãezinhos amanhecidos
02 cebolas picadas
05 dentes de alho picado
0,500 ml de leite de coco
03 colheres (sopa) azeite de dendê
02 colheres (sopa) azeite
Sal, pimenta branca, gengibre ralado, água, suco de limão e cheiro verde a
gosto

Modo de preparar
Molhe o pão na água e esprema para retirar a água, passe na peneira e
misture o leite de coco.
Tempere o peixe e o camarão com sal pimenta e limão.
Puxe com óleo de dendê e azeite a cebola e o alho até murchar
Coloque o pão umedecido com leite de coco, amendoim, castanha, gengibre, sal
e pimenta e um pouco de água. Depois mexa bem.
Junte o camarão e o peixe, tampe a panela e deixe cozinhar atá que o peixe
esteja macio.
Adicione o cheiro verde e sirva acompanhado de uma pimenta forte.

Momento Espírita: Doação de Órgãos

Grupo Espírita Hilário Silva 

Esta é uma carta de um desconhecido sobre a ocorrência de sua morte:
Um dia chegará em que, num determinado momento, um médico comprovará que meu cérebro deixou de funcionar e que, definitivamente, minha vida neste mundo chegou ao seu fim. Quando tal coisa acontecer, não digas que me encontro em meu leito de morte. Estarei em meu leito de vida e cuida para que esse corpo seja doado para contribuir de forma que outros seres humanos tenham uma vida melhor.
Dá meus olhos ao desgraçado que jamais tenha contemplado o amanhecer, que não tenha visto o rosto de uma criança ou, nos olhos de uma mulher, a luz do amor.Dá meu coração a alguma pessoa cujo coração só lhe tenha valido intermináveis dias de sofrimento. Meu sangue, dá-o ao adolescente resgatado de seu automóvel em ruínas, a fim de que possa viver até poder ver seus netos brincando ao seu lado. Dá meus rins ao enfermo, que deve recorrer a uma máquina para viver de uma semana à outra. Para que um garoto paralítico possa andar, toma toda a totalidade de meus ossos, todos os meus músculos, as fibras e os nervos todos de meu corpo.
Mexe em todos os recantos de meu cérebro. Se for necessário, toma minhas células e faze com que se desenvolvam, de modo que, algum dia, um garoto sem fala consiga gritar com entusiasmo ao assistir a um gol, e uma garotinha surda possa ouvir o repicar da chuva contra o vidro da janela.
O que sobrar do meu corpo, entrega-o ao fogo e lança as cinzas, ao vento, para contribuir com o crescimento das flores.
Se algo tiveres que enterrar, que sejam os meus erros, minhas fraquezas e todas as minhas agressões contra o meu próximo.
Se acaso quiseres recordar-me, faze-o com uma boa obra e dizendo alguma palavra bondosa ao que tenha necessidade de ti.
As palavras de advertência desse anônimo nos convidam a meditar no tesouro que possuímos, que é nosso corpo físico.
Esquecemos de render graças a Deus por essa máquina maravilhosa, tanto quanto nos olvidamos de lhe providenciar, após a morte física, o devido destino.
Tantas são as campanhas em prol da doação de córneas, de rins e vamos protelando sempre para mais tarde a decisão de prescrever nossa doação.
Sem nos esquecermos de que, enquanto ainda dispondo do corpo de carne, podemos nos tornar regulares doadores do valioso líquido, que representa a vida e se chama sangue.
Meditemos se não estamos sendo demasiado egoístas em não disponibilizar esse tesouro para que outros vivam e vivam de forma abundante.
Para o Espírito do doador não ocorre mutilação, ao contrário, tais atitudes revelam desprendimento e grandeza d’alma. Ele permanecerá feliz no outro lado da vida, feliz porque o instrumento físico, cujo destino seria a putrefação, continua permitindo que alguém viva com mais conforto a sua experiência na Terra.