CAROL ORTIZ
cacal.ortiz@hotmail.com
Primeiro foi Fargo, depois foi O grande Lebowski, aí partiram para um estilo mais agressivo como O homem que não estava lá e o sucesso de Onde os fracos não têm vez. Agora, mais de dez anos após sua última grande comédia, os irmãos retornam com o hilário Queime depois de ler.
Imaginem a situação: um agente da CIA, Osbourne Cox (John Malkovich) tem sérios problemas com álcool e é demitido. Como vingança, ele decide escrever uma autobiografia detalhada e armazena tudo em um CD. Acontece que, ao freqüentar academia, acaba esquecendo seu manuscrito no vestiário que, mais tarde vai parar nas mãos de dois funcionários do local: uma determinada Frances McDormand (a policial grávida de Fargo, lembram?) e um completamente idiota Brad Pitt.
A partir daí, o impossível começa a acontecer. Os dois se achando espertos chantageiam Cox, que por sua vez, é casado com a neurótica Tilda Swinton, que por sua vez é amante do mulherengo e atrapalhado agente George Clooney, que por sua vez, acaba tendo um caso com a histérica Frances McDormand.
Pronto, o círculo da confusão está armado e muitas risadas e situações absurdas começam a ocorrer.
Queime depois de ler pode ser classificado tanto como uma comédia física, ou seja, passa perto de um pastelão, quanto um filme em que seus personagens são realmente tristes e solitários e que, conduzem esses sentimentos à situações engraçadas.
Bom, nem precisamos dizer que alguns terminam com um trágico final, enquanto outros conseguem seus objetivos (e para perceber isso basta observar Frances McDormand que, aliás, é uma das pessoas mais teimosas e determinadas na história do cinema mundial).
Enfim, é um ótimo passatempo com o gostinho amargo, bizarro e completamente imprevisível dos irmãos Ethan e Joel Coen. Risos garantido!
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