Com apoio de governistas, veto do prefeito é derrubado

CÂMARA - Mesmo contra a vontade da maioria do público, Antonio Marcos Zanetti (PSDB), manteve sua posição e votou a favor da manutenção dos R$ 6 mil

Enquanto o prefeito João Luís Cunha viajava à Brasília para participar do Encontro de Prefeitos promovido pelo governo federal, em Rio Pardo os vereadores derrubavam na noite de terça-feira, 10, o veto do executivo ao projeto de Lei de n° 29. Foram seis votos contrários e apenas três favoráveis ao veto. Com a decisão da Câmara e após a promulgação da lei pela presidente do legislativo municipal Lúcia Helena Libânio da Cruz, os salários dos secretários municipais ficarão em cerca de R$ 3 mil.otaram contra: Daniel Martins de Moraes (PSC), Marco Antonio Gumieri Valério (PSDB), Rosangela Cristina Snidarcis Berti (PMDB), Márcio Callegari Zanetti (PTB), José Antonio Tobias (PSB) e Amilton Pizzoli (PV). Foram a favor: Vicente Rodrigues (PMDB), Cláudio Márcio de Lima (PV) e Antonio Marcos Zanetti (PSDB), que em pronunciamento justificou seu voto alegando coerência em seu posicionamento, mas acabou sendo vaiado. Por ser presidente da Câmara, Lúcia Libânio não votou. Dos seis votos contrários ao veto (contra os R$ 6 mil), quatro foram de vereadores que pertencem (ou pertenciam) a base de apoio ao prefeito e dois da chamada oposição - Antonio Gumieri Valério (PSDB) e Amilton Pizzoli (PV). Do outro lado, dos quatro vereadores de oposição, dois votaram a favor do prefeito, são eles: Cláudio Márcio de Lima (PV) e Antonio Marcos Zanetti (PSDB) (a favor dos R$ 6 mil).Aprovado no dia 17 de dezembro de 2008, o projeto de lei 29, de autoria de Márcio Zanetti (PTB), revogou a Lei nº 3.036, de janeiro de 2008, pela qual o salário dos secretários poderia aumentar de R$ 3 mil para R$ 6 mil. No entanto, em janeiro deste ano, o prefeito João Luis Cunha decidiu vetá-lo encaminhando-o à Câmara juntamente com a conclusão de sua decisão: “... matéria contrária ao interesse público e que contraria a disposição da Lei Orgânica do Município...”.De acordo com as considerações que levaram os parlamentares a revogar a 3.036 está o efeito cascata que o aumento iria gerar ao estender o valor também aos ex-secretários do município, o que causaria mais gastos públicos. No entanto, mesmo com a preocupação de se economizar, nenhum dos vereadores ousou dizer na sessão do projeto de lei que elevou os seus salários, em 2008 para gestão 2009/2012, de R$ 2,2 mil para R$ 3,7 mil. A presença de dezenas de pessoas na Câmara, na maioria funcionário público municipal, soou como protesto a medida do atual prefeito de querer elevar o salário dos secretários em quase 100%, enquanto que eles receberam apenas R$ 72,37, valor bem inferior aos R$ 281 prometido em campanha eleitoral.De acordo com as justificativas do prefeito, ele não teria recursos disponíveis para conceder valor maior neste início de mandato. 

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