Ano VI - Edição 107 - São José do Rio Pardo - SP - 21 de fevereiro de 2009

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Enquete coloca em discussão o salário dos vereadores

O jornal da Silva, através do seu blog está realizando uma enquete com os internautas sobre o valor ideal, ou aproximado, do salário de um vereador em São José do Rio Pardo – hoje R$ 3,7 mil.
A intenção das perguntas, neste caso, não é de questionar a qualidade de trabalho ou a capacidade de legislar de cada um, mas sim de levantar a discussão do valor que hoje é pago a um parlamentar. Algo normal e democrático. 
Poderíamos também questionar as “ajudas” que os deputados e senadores recebem para manutenção de seus mandatos, mas o questionamento estaria fora do nosso raio de ação.
Na enquete, são feitas duas perguntas, a primeira: 
“Quanto um vereador deveria ganhar para exercer o cargo?” 
O internauta tem cinco alternativas:
- R$ 465 (um salário mínimo); 
- R$ 3.700 (salário atual deles); 
- R$ 0; 

- Um valor MAIOR do que o atual;

- Um valor MENOR do que o atual. 
A segunda pergunta o participante pode responder SIM ou NÃO à pergunta: “Algum vereador de São José consultou você para saber quanto eles deveriam ganhar de salário?”.
Para participar é só votar nas enquetes acima!


Polícia quer saber a origem das máquinas caça-níqueis


A Polícia Civil ainda não sabe quem foram os assassinos que executaram Francisco Capuano Alexandre, de 65 anos, o Chico Capuano, na noite de sábado, 14. O crime ocorreu na chácara que leva o nome da vítima, localizada próximo ao bairro Carlos Cassucci por volta das 23h. Além de Capuano, estavam no local outra seis pessoas, inclusive a esposa da vítima.
Segundo informações de uma das vítimas, não houve tempo de ninguém reagir. Os quatro bandidos encapuzados chegaram gritando inclusive atirando para intimidá-los. Pediram que todos deitassem com o rosto voltado para o chão. O único que ficou de pé foi Capuano que acabou sendo levado para fora do barracão onde estavam e, depois de ser amarrado com as mãos para trás, levou um tiro na nuca. Ainda segundo declarações do informante, Capuano pode ter reconhecido um dos bandidos e por isso foi morto. 
No entanto, a polícia não descarta outros motivos, já que no local foram encontradas 21 máquinas caça-níqueis.
Segundo o delegado Benedito Antônio Noronha Junior, a Polícia Civil não está descartando nenhuma linha de investigação, mas a princípio “o caso foi de furto seguido de morte”. Noronha, responsável pelas investigações do crime, contou que as vítimas disseram estar na chácara em uma reunião de amigos, comendo pizza quando foram surpreendidos. Com exceção da morte de Capuano, não houve nenhuma agressão física contra as demais vítimas.
Os bandidos levaram o dinheiro que estavam nas máquinas caça-níqueis e cerca de R$ 200 que estavam com as vítimas, inclusive bolsas, celulares. Mas, a quantia de dinheiro que estavam nas máquinas ainda não foi apurada. “Precisamos saber de quem são essas máquinas, quem se beneficiava delas e se as pessoas que estavam no local estavam jogando ou comendo pizza, como disseram”.

Buiú morre atropelado próximo ao posto W3

Mauro Sérgio da Silva, mais conhecido como Buiú, morreu na noite de sábado, 14, vítima de atropelamento na rodovia SP 350. Seu corpo foi encontrado no Km 261 + 800 metros da rodovia que liga São José do Rio Pardo a Itobi, próximo ao Auto Posto W3. Apesar da pequena estatura e de cara de adolescente, Buiú completaria no dia 8 de março 27 anos.
Quem atendeu a ocorrência foi a Polícia Rodoviária, que teria sido acionada por volta da zero hora e 30 minutos de domingo. No local havia pedaços de vidro e plásticos espalhados no chão. Seu corpo foi levado até o Pronto Socorro de São José por uma ambulância da Renovias já sem vida. 
Buiú foi uma das pessoas mais conhecidas de São José do Rio Pardo. Seu jeito risonho fez com que tomasse emprestado o nome de um personagem da Praça é Nossa (SBT) na primeira metade dos anos 90. Passou parte de sua vida nas ruas, mas tinha família – pai, mãe e irmãos – que residem no bairro Carlos Cassucci. 
Quando criança foi notícia de televisão e jornais num episódio no qual um empresário quis adotá-lo. Chegou a subir em palco junto com artistas e foi aclamado o futuro do Brasil. Mas, infelizmente a vida do menino, que na verdade já era homem, aos poucos foi tomando outro rumo, por falta de orientação, e de cuidados psicológicos e talvez até psiquiátrico, ele acabou passando parte de sua vida nas ruas. 
Nos últimos meses, era comum vê-lo embriagado cantando. Ele cresceu, mas a inocência, talvez por portar alguma necessidade especial, permaneceu. Pois era comum ouvir que alguém havia aprontado alguma com ele. Assim como vinha vivendo perambulando pelas noites da cidade, ele morreu em uma noite chuvosa, sozinho e sem testemunhas.

Dec abre carnaval 2009 com Swing Minas

Tradisamba sairá no domingo e na terça, às 20h30, da Praça Barão do Rio Branco pela Francisquinho Dias até a Praça XV de Novembro

Começou na sexta-feira, 20, no Pátio do Ginásio de Esportes do Tartarugão, o Carnaval do Dec. Serão 5 noites. A abertura foi com a banda Swing Mina. Hoje quem sobe ao palco é banda Nossa Geração. No domingo, 22, o axé universitário da Zumbaia animará os foliões. Na segunda-feira, 23, a animação ficará por conta de Fernanda Rocha e terça-feira, última noite da festa de Momo, a Banda Guetto fará o encerramento do carnaval 2009.
A direção do Dec informou que toda noite, a partir das 21h, haverá um Dj preparando o clima da festa que começa oficialmente a partir das 23h.
Esse ano, o Dec inovou e terá outras atrações. Para quem gosta das marchinhas, poderá brincar ao som da Banda Anos Dourados, com o Carnaval Nostálgico no Coreto da Praça da XV. Ela se apresentará de 21 a 24 das 17h às 21h.

Tradisamba
Uma das grandes atrações este ano será o Tradisamba, comandado pelo Mestre José Antônio Tobias. A Escola se apresenta no domingo e na terça-feira a partir das 20h30. De acordo com a organização, eles saíram da Praça Barão do Rio Branco (Praça do Mercado) e descerão a rua Francisquinho Dias até a Praça XV de Novembro. E não pára por aí. Na segunda-feira, 23, os 150 integrantes estarão se apresentando junto com a Bandauê no ginásio poliesportivo da Associação Atlética Riopardense. Todos os eventos do Dec serão gratuitos.

Associação Atlética
Garantindo a animação do tradicional carnaval de salão da cidade, talvez o mais animado da região, a Associação Atlética Riopardense (AAR) trás pelo terceiro ano consecutivo a Bandauê. Ela estará se apresentando nas quatro noites, em alguma delas acompanhada de outras atrações. Na segunda, por exemplo, terá o reforço das baterias do Tradisamba. No domingo, o clube tenta inovar trazendo a dupla André e Murilo e na terça, a festa começa mais cedo, às 19h, com a presença de Dj’s e premiação de blocos. Os bailes serão todos realizados no poliesportivo, com matinês no domingo e na terça sempre a partir das 14h.

Rio Pardo e Banda do Grelo
Já o Rio Pardo Futebol Clube, assim como em 2008, será realizo de quatro tardes de atividades em suas piscinas (21 a 24,). Haverá muita brincadeira e músicas carnavalescas.
A imprevisível mais aguardada Banda do Grelo também garantiu presença no carnaval 2009 com as tradicionais incursões pelo centro da cidade na tarde de domingo e terça-feira, com saída quase britânica, às 17h, do Campo do Vasco.

Banco do Povo tem R$ 800 mil para empréstimos

A agência do Banco do Povo de São José do Rio Pardo disponibiliza para este ano mais R$ 800 mil para pequenos e micro empreendedores. Em todo o ano de 2008 foram concedidos mais de R$ 558 mil, que beneficiaram 127 negócios.
O Banco do Povo é executado pela Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo em parceria com a Prefeitura Municipal de São José do Rio Pardo, sendo que 90% dos recursos utilizados são do Governo do Estado e 10% da prefeitura, tendo como agente financeiro o Banco Nossa Caixa.
De acordo com Pedro Baizi, responsável pelo funcionamento do BBP na cidade, o dinheiro disponível para empréstimos este ano poderá aumentar, dependendo da necessidade dos mpreendedores locais. Para obter empréstimos, o interessado deve se dirigir à rua Benjamin Constant, Nº 570, Centro, ou obter mais informações pelo telefone: (19) 3681-3333.

Se aprovado, mínimo estadual será de R$ 505
O governador José Serra (PSDB) propôs ontem elevação de 12,22% no salário mínimo estadual. O projeto foi encaminhado à Assembléia Legislativa e, caso seja aprovado, o mínimo no Estado de São Paulo passa de R$ 450,00 para R$ 505. O aumento é ligeiramente superior à elevação concedida pelo governo federal ao piso nacional. Com aumento de 12,05% desde fevereiro, o mínimo federal atual é de R$ 465. A idéia é que o novo valor estadual entre em vigor em 2 de abril. A medida precisa passar pela Assembléia. 
O governo estima que os reajustes beneficiem cerca de 1 milhão de trabalhadores do setor privado. Os pisos são aplicados aos trabalhadores da iniciativa privada que não possuem piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho. 
Foi proposto reajuste para três faixas salariais. Além do piso de R$ 450 que deve passar a R$ 505, também haverá elevação em outras duas faixas de piso, mas com nível de reajuste menor. Pela proposta, também terão aumento as faixas com pisos atuais de R$ 475 e R$ 505. O projeto eleva os valores para R$ 530 e R$ 545, com reajustes de 11,58% e 7,92%, respectivamente. Os novos valores foram propostos com base na lei que permite o salário mínimo regional.

Enfim a resposta dos vereadores


Fábio Missura
fabiomissura@hotmail.com ou www.fabiomissura.blogspot.com


Nesta semana chegou às minhas mãos a resposta às indagações e às críticas feitas no espaço em que escrevo no jornal da Silva. Antes de comentar a resposta gostaria de deixar claro alguns pontos que acho importante:
1 – Continuo achando injusto e abusivo o aumento dos salários dos vereadores.
2 – Gostaria que os vereadores não tomassem essa contenda como algo pessoal, pois não tenho nada contra os atuais edis, apenas diferenças ideológicas. 
3 – Reconheço que a função do vereador perpassa as sessões semanais da Câmara.
4 – Não sou uma opinião isolada. Grande parte da população, nesta questão, pensa como eu, “caríssimos” vereadores.
O ofício que recebi começa levantando a questão legal do aumento do “subsídio”, mas em nenhum momento questionei a sua legalidade. O que foi questionado foi o seu EXAGERO. Mesmo porque desconheço qualquer categoria assalariada ou subsidiada que tenha tido um aumento superior à inflação dos últimos 8 anos. Por isso estou questionando, não à questão legal, mas sim a questão ética do ato. Vou ser mais didático para que os nobres vereadores entendam. Os vereadores de São João da Boa Vista reajustaram seus vencimentos em 2008 levando em consideração a inflação do período dos últimos quatro anos. O salário que era de 2.250,00 foi elevado para 2.950,00. Entenderam? Não abusaram da lei.
Outro item do oficio diz o seguinte: “que por ocasião da votação do processo, cinco dos atuais vereadores não estavam presentes na sessão (grifo nosso), pois se elegeram posteriormente, e dos que se reelegeram, apenas um votou a favor”.
Ah! Agora eu entendi. Então quer dizer que porque ainda não estavam eleitos os cinco não podem fazer nada, pois não participaram da sessão (grifo meu). Os outros quatro vereadores votaram contra, então estão com a consciência tranqüila. Conclui-se, portanto, que só um tem responsabilidade pelo ato. É isso? Sendo assim faço outros questionamentos:
1 – Os vereadores que foram contra o aumento vão devolver a diferença aos cofres públicos? 
2 – Os outros cinco que não estavam presentes na sessão então poderiam, ou ao menos algum deles, colocar um projeto reduzindo o “subsídio”? E concordam com um aumento muito acima da inflação?
O item 2 do ofício diz que não tive “bom senso” e que meus comentários não são verdadeiros e foram distorcidos. Quais? O que diz que os vereadores aumentaram de forma EXAGERADA os seus salários ou o que diz que esse aumento vergonhoso é falta de respeito com o dinheiro público?
Reconheço, como escrevi acima, que a função de vereador não se resume às sessões semanais e que uma de suas funções – a meu ver a principal – é zelar pelo dinheiro do Município, como foi feito na sessão em que não permitiram o aumento dos salários dos secretários municipais. O que soa incoerente é que ao mesmo tempo se calaram diante do aumento dos próprios vencimentos. É como diz aquele ditado popular: “ na prática a teoria é outra!

Cadê, cadê o samba desta folia?


Prezados leitores e foliões, os meus milhões de desculpas pelo que este artigo infelizmente não cita: os nomes dos excelentes carnavalescos de outrora, de nossa amada cidadezinha. Oportunamente, outras edições a farão. E vida, e folia, que segue retrato o Sr. Martinho José Ferreira, mas conhecido como Martinho da Vila. Da Vila Isabel, de Noel. De Noel Rosa. Da rosa associada ao verde; do verde abençoado pelo azul; do azul e branco, das cores da escola de samba de mestre Martinho da Vila. 
“Sambar na Avenida de azul e branco é o nosso papel, mostrando para o povo que o berço do samba é em Vila Isabel”, cantou ele uma vez em mais um formidável desfile de sua escola.
E vejo, e sinto, e não ouço o samba por estas bandas nestes dias, exceto oTradisamba, do Mestre Tobias, que corresponde ao melhor do carnaval. Fora os esforços físicos e mentais dos dirigentes culturais do município para a realização de mais uma folia momesca, parece-me que o samba está em desuso. As outras misturinhas musicalizadas tomam conta de salões, e tome uma cacetada destas nas cabecinhas de alguns desavisados dançarinos. Mas, estamos falando um pouquinho, do muito que merece este Martinho do Samba da Vila, porque “o samba é o tesouro maior/Que se tem nesta vida/O samba é a liberdade/Sem sangue, sem guerra/Quem samba é de boa vontade/E tem paz nesta terra” (Candeia, um de seus parceiros). E mais: “Só não vive pior/Quem não vai sambar na avenida...”. Certa vez, em outra composição musical, cita o poema que os batutas de São José, isso é, parece que tem feitiço. Batutas tem atração que ninguém pode resistir. E esperamos que o feitiço de nossas mulatas, morenas, loirinhas e negras sejam um eterno feitiço de magia e samba no pé. Nada de estranho na mão. Que a maioria musical seja o samba, e jamais um menor insignificante. Gregos e troianos, unam-se. Iranianos e Iraquianos também. Que tal fazermos uma guerra de samba e amor neste carnaval?
Que o som dos surdos, reco-recos, agogôs, pandeiros e tamborins sejam os baluartes. Feliz carnaval a todos. 

Emilio Duva - é rio-pardense e um eterno folião 

São José é invadido por carecas!


Aloísio Calsoni Bozzini – Professor Bibo

Você já percebeu quantos jovens carecas estão andando pela nossa cidade no início de cada ano? 
Longe de qualquer epidemia de piolho; longe dos estilos de vida e cortes de cabelos arrojados; esses jovens estão assim para “mostrar” para a sociedade que entraram na faculdade. Mostram, em outras palavras, que estão em uma nova fase de suas vidas.
Devemos valorizar este momento, acreditando que dentro das instituições de ensino superior esses jovens irão estudar e retribuir à sociedade seus conhecimentos. Com um diploma, além de ter uma maior chance de trabalho, ele vai participar de uma elite privilegiada de intelectuais, que poderá impulsionar o desenvolvimento social da região em que se instalar depois de formado.
Ao longo de minha experiência profissional como professor, percebo que os nossos jovens rio-pardenses estão buscando novos horizontes. Estão prestando os vestibulares e ficando carecas.
Embora a nossa cidade ofereça ensino de excelência, como é o caso da FEUC – Faculdade Euclides da Cunha, que completa 45 anos de existência neste ano, muitos vão estudar fora. Na maioria das vezes, buscam as faculdades públicas (USP – Universidade de São Paulo, UNESP – Universidade Estadual Paulista, UNICAMP – Universidade de Campinas, UFSCAR – Universidade Federal de São Carlos entre outras).
No geral elas são instituições de difícil acesso, porque além de serem gratuitas, também oferecem moradia estudantil gratuita e refeições com preço bem acessível. O aluno tem ainda a oportunidade de ganhar bolsas de estudo que são “salários” mensais por estar desenvolvendo alguma pesquisa ou prestando serviços à instituição. Muitos e muitas rio-pardenses saem todo ano de nossa cidade. Temos jovens valiosos, diamantes que foram lapidados pela família, que vão para toda parte do Brasil atrás de seus estudos e de sua felicidade. Somos uma cidade que exporta carecas.
Esses mesmos carecas que estão por aí, estarão formados daqui alguns anos e ocupando seu espaço no mercado de trabalho. No entanto, é triste notar que muitos que vão, não voltam por não terem oportunidade de emprego em São José. Embora o município apresente uma boa qualidade de vida, em razão da disponibilidade de água, temperatura agradável, paisagem e cultura, é ainda muito pobre em matéria de oportunidade de emprego.
O desenvolvimento lento e a falta de uma política voltada para geração de empregos deixam centenas de famílias órfãs de seus filhos já formados. Assim, num fenômeno inverso, são as famílias que perdem os cabelos por ficarem distantes de seus filhos. Ruim para a família, pior para a cidade, que perde um rio-pardense especializado e qualificado.

O homem com sede de liberdade


Carlos Eugênio Alvespsicólogo e filósofo

O problema fundamental do homem do século XXI é o “vazio”. Buscando ser feliz corre atrás do dinheiro. Pode até ficar rico, mesmo desrespeitando outras pessoas, sem nenhum sentimento de estar explorando, porém, após ter conseguido sucesso financeiro, já não pode usufruir sua posição, enfarta, se torna prisioneiro de seu próprio sonho, sonho de subir na torre de Babel.
Quando está quase no topo, escorrega... cai no vazio... morre.
Segundo T.S. Eliot: 
“Somos homens vazios 
Somos homens empalhados/Uns nos outros apoiados/Cabeça cheia de palha, ai!/Forma sem feito, sombra sem cor, paralisada força, gesto sem ação...”
A filosofia é “perigosa”, porém questionar é preciso, pois, através da reflexão a verdade pode aparecer, portanto, é preciso ter coragem para mudar conceitos, alterar juízos e ser autêntico. Ter sede de liberdade é saudável, mas, é perigoso buscar essa fonte que mata essa sede.

Eu e o Futebol: Salvo pelo Deus da Raça


Emílio Antônio Duva

Meu contabilista João Missura, depois que seu filho foi aprovado nos exames escolares cumpriu o que havia prometido ao garoto levando-o a passeio ao Rio de Janeiro. O menino dedicado nos estudos e nos afazeres do trabalho têm à sonhada recompensa.
Pão de Açúcar, Cristo Redentor, Lagoa Rodrigo de Freitas, Maracanã e praias... muitas praias. 
No último dia do passeio, nosso bom papai aproveitando que o garoto iria acordar um pouco mais tarde, resolveu sai para dar umas voltinhas ali por perto de onde estavam hospedados. Ele caminhou por aquelas pitorescas ruas e calçadas, e, como nenhum paulista é de ferro, decidiu encostar-se em um simpático barzinho à beira-mar. Parece que está um pouco longe do hotel, mas tudo bem, bem dito seja o inventor da cerveja. 
Empolgado, pede uma, duas, três, e mais umazinha, um petisquinho ali, outro bolinho de bacalhau à suprema aqui, um quebra gelo porreta, e... vamos que vamos... Na parede daquele santo lugar um pôster C.R. Flamengo, tricampeão carioca com Zico, Adílio, Tita... e Rondinelli. Quanta satisfação, quanta honra de seu estimado conterrâneo. 
Mas, enquanto cultuava o ósseo, os ponteiros do seu relógio movimentaram-se e hora de liquidar a humilde... continha chegou. Enfia a mão no bolso direito, nada, no esquerdo menos ainda. Foi quando se deu conta que havia esquecido a carteira com os documentos e o dinheiro no hotel, longe de onde estava. 
- E agora? Pensava ele enquanto tremia e suava frio.
Sem alternativa, cria coragem e dirigi-se ao dono do estabelecimento:
- Meu senhor, milhões de desculpas, não sou vigarista, sou contabilista, um descuidado turista que se esqueceu de trazer o dinheiro para pagar o que saboreei no seu local de trabalho. O meu dinheiro está longe. Você acredita e confia em mim para que eu possa buscar a grana e acertar o que devo? Pelo amor de Deus... O dono do bar, um tremendo mulatão, fecha a cara e fica pensativo. Neste momento João lembra-se do pôster na parede e sem saber o que fazer diz ao credor que o camisa 3 do Flamengo é de sua cidadezinha, no interiro de São Paulo. 
- Nos conhecemos desde garotinhos... pôxa seu pudesse falar com ele agora, me tiraria dessa situação desagradável.
- Se é chapa do meu ídolo, então é amigo da casa. Pode pedir o que quiser. Marco pra ti no caderninho, depois tu paga. Sou o maior fã do Rondi. Ele está sempre aqui com a rapaziada do meu Mengão...

Skinheads: os herdeiros do ódio


Marcelo Augusto da Silva 

Não foi fato isolado ou um caso raro - independentemente de haver a possibilidade de ser uma farsa - a agressão da brasileira Paula Oliveira na Suíça por três skinheads. Na verdade há a todo o momento pessoas em diversas partes do mundo sendo vítimas desse grupo que, como mostrou a História e a evolução do comportamento humano, deveria ter sido extinto logo após o seu surgimento.
Inspirados na ideologia nazista criada e difundida por Adolf Hitler a partir da década de 1930 na Alemanha, os skinheads, conhecidos também como neonazistas, ou seja, os novos nazistas, colocam em prática o nacionalismo exacerbado, a doutrina da superioridade da raça branca, a xenofobia, o racismo e preconceito contra negros, homossexuais e estrangeiros, onde os acusam como responsáveis por problemas econômicos e sociais em seus países. Para eles a violência e o extermínio é a forma legítima de aplicarem sua ideologia.
Impulsionados por essa lógica racista, o grupo promove ataques a pessoas as quais sentem desprezo com os mais altos requintes de brutalidade, onde geralmente um indivíduo é vítima de vários skinheads sendo agredido com socos, pontapés, soco-inglês, golpes de facas e canivetes. Em diversas vezes muitas vítimas não resistem e acabam por falecer.
O Brasil não é uma exceção nesse quadro, pois há várias células de grupos de skinheads que “atuam” pelo país. O mais notório deles são os Carecas do ABC, que saem na noite das cidades da grande São Paulo e da capital paulista em bandos, com a cabeça raspada, vestindo camisetas pretas, calças camufladas e calçando pesados coturnos, promovendo a barbárie contra roqueiros cabeludos, estrangeiros e homossexuais. Um caso desses ataques ganhou destaque no noticiário no ano de 2000, pois um jovem foi espancado e morto por cerca de trinta carecas, incluindo rapazes e moças, na Praça da República em São Paulo, pelo fato de estar de mãos dadas com seu companheiro no momento em que cruzaram a praça, chamando a atenção dos skinheads que transitavam pelo local. De tão truculento que foi o ataque, o pai da vítima pode ouvir e o barulho dos ossos quebrados do corpo do rapaz no momento em que o vestia para o sepultamento.
Se a brasileira foi vítima ou não desses ataques, é uma questão a ser bem avaliada antes de ser julgada, pois há a possibilidade da Suíça querer eximir-se de culpa armando uma trama para que o caso soe como fraude, pois não é interessante para um país ter a imagem de intolerância contra os estrangeiros que nele residem. Mesmo se for constatada a suposta mentira, esse acontecimento não deve ser esquecido ou ignorado, ele deve servir de início de uma discussão para que haja um combate efetivo e punições severas àqueles que seguem e colocam em prática essa doutrina. Se as minorias foram e ainda são vítimas do preconceito por parte daqueles que se julgam superiores por conta de questões irrelevantes, já é tempo de haver soluções que acabem de vez com essas atitudes.
Para aqueles que rejeitam qualquer ato racista e que querem conhecer um pouco mais sobre os neonazistas há excelentes filmes que mostram o pensamento e a conduta desse grupo. Segue a dica a quem se interessar: This is England (2006, Inglaterra. Direção: Shane Meadows), Skinhead - A Força Branca (1992, Austrália. Direção: Geoffrey Wright) e Um Skinhead no Divã (1993,Suécia. Direção:Suzanne Osten).

25 hits para matar a saudade do balanço gostoso de Simply Red


Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com

A voz deliciosa de Mike Hucknall canta os hits da banda inglesa Simply Red no álbum duplo Simply Red 25 – the greatest hits.
Sucessos como If you don’t know me by now, Stars, A new flame, Holding back the years e muitos outros, estão reunidos nesse trabalho que comemora os 25 anos de estrada dos músicos.
O primeiro disco (do bom e velho vinil) foi Picture Book de 1985. Canções como Holding back the years (que alcançou o topo da Billboard), Money’s too tight to mention (essa, inclusive, foi o grande sucesso da época, ficando em 13º lugar das paradas do Reino Unido), Jericho e outras, estavam sendo apresentadas ao mundo. 
Numa época em que a New Wave dominava o cenário, o Simply Red, apesar de razoável influência da década de 80 nesse álbum, já mostrava seu balanço e seu encanto meio jazz, meio rhythm and blues, meio místico, enfim, cheio de personalidade própria.
Em 1987 chegou ao público Men and Women que, cá entre nós, não repetiu a mesma fórmula do sucesso anterior, dando início a uma conturbada fase de mudanças entre seus integrantes. Neste, sucessos como Ev’ry time we say goodbye, Infidelity, The right thing podem ser apreciados.
Ainda nos anos 80, mais precisamente em 1988, em uma das edições do Hollywood Rock, a banda se apresenta a um público brasileiro e com um dos seus músicos aqui do nosso país: Heitor T.P. era o mais novo guitarrista do grupo.
Com essa formação, lançaram A new flame, em 1989, álbum de enorme destaque na trajetória da banda, já que If you don’t know me by now alcançou o primeiro lugar nos EUA, virou tema de novela aqui no Brasil e conquistou um prêmio Grammy de melhor Rhythm and Blues em 1990.
Daí em diante o sucesso foi em frente. O maravilhoso LP/CD Stars saiu em 1991 e vendeu nove milhões de cópias (sei que deveria ser imparcial, mas esse trabalho foi simplesmente o melhor). 
Depois vieram Life, Blue e Love and the Russian Winter (esse album já perde um pouco do seu swing e mostra um som mais eletrônico). 
Novamente com Home, o grupo volta às suas raízes. Com Simplified o Simply Red mostra toda uma influência da música cubana.
Em 2007, Mick Hucknall anunciou que o trabalho mais novo da época, Stay, era o último inédito do grupo, que se aposentaria agora em 2009.
Se isso é verdade ou não, nós fãs ainda não temos certeza. Mas, enquanto isso, só nos resta aproveitar essa nova coletânea (que, diga-se de passagem, está encantadora) e esperar, porque mês que vem, Março, tem show em SP e RJ.

Poesia: Foi o Amor

Saudades eu tenho e muita, do tempo que já passou, quando só um olhar bastava, para incendiar o estopim daquele grande amor que o vento soprou e não apagou.
Saudades de todos momentos que senti grande emoção,
onde meu coração batia querendo o seu coração.
Oh! Sol... seu calor ardente iluminava a sombra fria
que até hoje agasalha as minhas vivas recordações.
Vivo o presente, mas não me afasto do passado, pois
a minha história começou a se descortinar, quando um dia ao som musical de uma orquestra, tomei-te em meus braços e dançamos a noite toda embriagados de paixão.
E foi esta volúpia em não te perder, que me estratificou,
depositando pouco a pouco, dentro do meu coração as
camadas de alegrias sedimentando nossa união.
Só o tempo pode dizer o que é verdade ou não.
Os dias..., meses,... e anos vão se passando, e o nosso
sentimento, nossa ternura, e o nosso amor, vivificando.

Roberto Simões 

Prato do Dia: Falso Canelone


Odair Corsini 
odaircorsini@ig.com.br







Ingredientes
06 fatias de presunto magro
06 fatias de mussarela
01 peito de frango 
01 cebola picada
04 dentes de alho amassados
01 tomate sem pele e semente picado
½ maço de cheiro-verde picado
Sal, pimenta branca e azeite a gosto
01 sache de molho de tomate pronto

Molho branco
01 colher de manteiga
01 colher farinha de trigo
03 copos de leite gelados
01 caixinha de creme de leite
Sal, pimenta branca e noz moscada a gosto
100 g queijo parmesão ralado.

Modo de preparar
Cozinhe em água e sal o filé de frango bem macio. Desfiar.
Puxe no azeite a cebola e o alho até ficar dourada.
Junte o tomate, o frango desfiado e mexa bem. Coloque um pouco de água do cozimento.
Refogue até secar a água; sem seguida, adicione o cheiro-verde e deixe esfriar. 
Molho branco - Coloque a manteiga e a farinha na panela mexendo bem. Deixe cozinhar a farinha.
Adicione o leite e mexa rapidamente para não encaroçar.
Junte o creme de leite, sal, pimenta e a noz moscada. Cozinhe por três minutos.

Montagem
Divida o refogado de frango em 6 poções.
Uma fatia de presunto e uma de mussarela juntas, coloque uma porção do refogado.
Após essa montagem em uma forma refrataria, coloque no fundo molho de tomate, em cima coloque os canelones e cubra com o molho branco e o queijo parmesão.
Coloque em forno pré-aquecido para gratinar.

Momento Espírita: Valores e moedas

Grupo Espírita Hilário Silva

O dinheiro está na pauta diária dos homens. No mundo, tudo gira em torno dele. Os pais necessitam dos recursos amoedados para suprir a mesa com a alimentação rica e sadia, para matricular e manter seus filhos na escola de melhor nível, para garantir a roupa adequada aos pequenos. As crianças o requisitam para comprar guloseimas, sorvetes e as mil quinquilharias que povoam de sonhos e fantasias a sua infância. Os adultos dele precisam para realizar as viagens que acrescentam cultura, enquanto concedem prazer, tanto quanto para se especializar em suas áreas de ação, em cursos de extensão universitária, mestrado, doutorado.Cursos que lhes garantam melhor qualificação profissional. 
É o dinheiro que movimenta as pesquisas científicas que, em síntese, objetivam a melhoria de vida para o próprio homem. 
O mesmo dinheiro que propicia bênçãos em mãos generosas como as de Alfred Nobel, industrial e químico sueco que instituiu o Prêmio Nobel para incentivar as obras literárias, científicas e filantrópicas do mundo todo, por vezes, é causador de muitos transtornos. Quantas famílias se digladiam em nome do dinheiro. Irmãos agredindo irmãos pela posse de bens transitórios. Inventários que rolam anos pelos tribunais humanos, porque os herdeiros não desejam renunciar à mínima parcela do que afirmam lhes pertencer por direito. 
Uniões se desfazem porque o dinheiro não é suficiente para satisfazer os desejos do casal, ou de um deles apenas. 
Filhos que agridem pais porque esses não lhes podem satisfazer todas as vaidades e todos os caprichos, porque o dinheiro que ganham, com o trabalho honrado de cada dia, não é suficiente. 
Lares que se destroçam ante os desastres econômicos, que muita vez têm por motivo exatamente o desperdício, os exageros e a satisfação de ilusões fantasiosas. 
Dinheiro que produz bênçãos e alegrias! Dinheiro que é motivador de desamor, guerras e ruína. 
Há os que o utilizam para o auxílio aos necessitados de toda ordem. Os que utilizam suas riquezas em fontes abençoadas de empregos que geram salários e sustentam famílias.
Há os que, com ele, alimentam os vícios de toda espécie, fomentam as guerras, financiam armas, destroem e destroem­-se nos caminhos das drogas. O mal não está, assim, na posse dos bens materiais mas na forma que são adquiridos e na sua utilização. Os bens materiais são dádivas de Deus e objetivam o progresso e o bem-estar do homem e da sociedade, sobretudo, a sua evolução. Sem dinheiro não existem empregos, pesquisas, progresso na tecnologia, nas ciências e nas artes. 
Devemos aprender a bem utilizar o que nos chega, não nos esquecendo de que no concerto da Criação, somos apenas os usufrutuários das dádivas concedidas por Deus e que, um dia, deveremos prestar contas do seu emprego, perante as Leis Divinas. 
Para progredir o homem necessita da sabedoria e da moral. Exatamente como as aves, que para alçarem os vôos extraordinários pelo firmamento, necessitam ter ambas as asas bem equilibradas. Sempre, antes cresce o homem na intelectualidade, isto é, no saber, para depois crescer na moral. Isto porque para abraçar a moral, ele necessita entender, compreender, raciocinar a respeito das leis, conhecê-las para as colocar em prática.

Concursos: DNIT abre inscrições para 200 vagas temporárias

O Departamento de Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) abriu inscrições nesta segunda-feira, 16, de concurso público para 200 vagas temporárias. 
Todas as vagas são para nível superior. Os cargos são em Atividade Técnica de Suporte (Nível III), com salário de R$ 3.800,00; Atividade Técnica de Complexidade Intelectual (Nível IV), com salário de R$ 6.130,00; e Atividade Técnica de Complexidade Gerencial (Nível V), com salário de R$ 8.300,00. 
As taxas de inscrição são R$ 71,00 para Nível III; R$ 76,00, para Nível IV; e R$ 86,00, para Nível V. As inscrições podem ser feitas no site da organizadora, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB), até o dia 8 de março. Exclusivamente para os cargos de Nível V é exigência experiência profissional mínima de três anos. O processo seletivo será composto por prova objetiva, com data prevista para 29 de março, e avaliação de títulos e experiência profissional.