Cadê, cadê o samba desta folia?


Prezados leitores e foliões, os meus milhões de desculpas pelo que este artigo infelizmente não cita: os nomes dos excelentes carnavalescos de outrora, de nossa amada cidadezinha. Oportunamente, outras edições a farão. E vida, e folia, que segue retrato o Sr. Martinho José Ferreira, mas conhecido como Martinho da Vila. Da Vila Isabel, de Noel. De Noel Rosa. Da rosa associada ao verde; do verde abençoado pelo azul; do azul e branco, das cores da escola de samba de mestre Martinho da Vila. 
“Sambar na Avenida de azul e branco é o nosso papel, mostrando para o povo que o berço do samba é em Vila Isabel”, cantou ele uma vez em mais um formidável desfile de sua escola.
E vejo, e sinto, e não ouço o samba por estas bandas nestes dias, exceto oTradisamba, do Mestre Tobias, que corresponde ao melhor do carnaval. Fora os esforços físicos e mentais dos dirigentes culturais do município para a realização de mais uma folia momesca, parece-me que o samba está em desuso. As outras misturinhas musicalizadas tomam conta de salões, e tome uma cacetada destas nas cabecinhas de alguns desavisados dançarinos. Mas, estamos falando um pouquinho, do muito que merece este Martinho do Samba da Vila, porque “o samba é o tesouro maior/Que se tem nesta vida/O samba é a liberdade/Sem sangue, sem guerra/Quem samba é de boa vontade/E tem paz nesta terra” (Candeia, um de seus parceiros). E mais: “Só não vive pior/Quem não vai sambar na avenida...”. Certa vez, em outra composição musical, cita o poema que os batutas de São José, isso é, parece que tem feitiço. Batutas tem atração que ninguém pode resistir. E esperamos que o feitiço de nossas mulatas, morenas, loirinhas e negras sejam um eterno feitiço de magia e samba no pé. Nada de estranho na mão. Que a maioria musical seja o samba, e jamais um menor insignificante. Gregos e troianos, unam-se. Iranianos e Iraquianos também. Que tal fazermos uma guerra de samba e amor neste carnaval?
Que o som dos surdos, reco-recos, agogôs, pandeiros e tamborins sejam os baluartes. Feliz carnaval a todos. 

Emilio Duva - é rio-pardense e um eterno folião 

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