CULTURA

Cineclube comemora dois anos com exibição de “Tapete Vermelho”


O Cineclube Paradiso apresenta neste domingo, dia 17, às 16h, em comemoração aos seus dois anos de funcionamento, um filme especial: “Tapete Vermelho”, lançado em 2006.
É a estória de Quinzinho (Matheus Nachtergaele), que tem uma promessa a cumprir: levar seu filho de dez anos, Neco, (Vinicius Miranda) à cidade para assistir a um filme do Mazzaropi.
Eles moram num pequeno sítio no interior de São Paulo. Nessa verdadeira odisséia por cidades do interior paulista, também leva sua esposa Zulmira (Gorete Milagres), que parte a contragosto, e o burro Policarpo.
Na jornada, encontram peculiaridades regionais e passam por situações mágicas, relacionadas à crendice popular.
O filme tem a direção de Luiz Alberto Pereira, o mesmo que fez “Hans Staden”,
há participações de Rosi Campos, Jackson Antunes, Paulo Betti, Débora Duboc, Paulo Goulart, Cássia Kiss e Cacá Rosset.

Algumas curiosidades:
- O menino Neco foi escolhido após uma longa pesquisa, que envolveu mais de duzentas crianças.
- As filmagens foram realizadas em seis semanas – entre setembro e outubro de 2004 e tiveram as seguintes as locações: Santo Antonio do Pinhal, Caçapava, Taubaté, Aparecida, Lagoinha, Roseira e São Paulo.
- O filme tem toques de crítica social, a produção alerta não somente em relação ao resgate dos filmes de Mazzaropi, mas também ao cinema de modo geral. Apresenta uma crítica ao mercado de exibição cinematográfica, na qual a maioria dos cinemas – especialmente em cidades pequenas, que não têm espaço para cineclubes e mostras, como nas capitais – que exibem somente filmes norte-americanos, gerenciados por pessoas que mal sabem quem foi Amácio Mazzaropi.
Resgata também a cultura popular brasileira, valorizando tanto o cinema do caipira quanto a música sertaneja e o folclore.
- Matheus Nachtergaele está hilário quando precisa ser e comovente quando é necessário. Encarna com perfeição um morador do interior do Brasil, independente do Estado. Conta ele: “Tomei uma overdose de Mazzaropi, o assisti durante uns quinze dias compulsivamente”. Isso tudo para “incorporar” o jeito de falar e o ritmo do famoso ator dos anos 50.
De uma forma despretensiosa, “Tapete Vermelho” é capaz de divertir e comover na medida certa, tornando-se uma simpática homenagem ao cinema de Mazzaropi, que já foi chamado de O Rei o Cinema Nacional.
Não Percam! O Cineclube Paradiso funciona no Museu Rio-Pardense e a entrada é franca. Na ocasião, será decidida a data da próxima apresentação mensal, que será em março. Os frequentadores irão votar para escolher entre dois filmes.

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