Miguel Paião
Em diversas cidades do mundo o Dia do Trabalho - 1º de maio - ainda é um marco de resistência e de reivindicação por melhores condições de vida, melhores salários e garantia de emprego. Para os movimentos sociais, principalmente os sindicatos e suas centrais, ou até mesmo a população descontente com a farsa neoliberal que desencadeou a atual crise, essa data serve para externar a vontade de se construir um mundo melhor.
No entanto, em São José do Rio Pardo, mesmo ouvindo diariamente, dia após dia, reclamações sobre os mais variados temas e problemas, não há essa vontade ou iniciativa. Acredito que o cerne de tudo isso possa estar na formação cultural da sociedade rio-pardense – fazendeiros, coronéis e até alguns intelectuais que por aqui passaram.
O visionário Toninho Farah resume bem nossa população com uma celebre frase: “São José do Rio Pardo é o berço da vaidade”.
Em razão da tal vaidade que Farah diz, as pessoas preferem mascar o freio das dificuldades a se expor em qualquer ato de reivindicação. Preocupadas com o outro, ela deixa de ir à luta e passa a resolver de forma individual, quase escondido, seus problemas. Frágil, pois está só, ela se torna alvo fácil do sistema, mas como ninguém ficará sabendo, não se importa com exploração, humilhação e, em alguns casos, opressão para amenizar o problema – que pode ser o mesmo de dezenas ou centenas de pessoas.
Ou seja, ao se colocar à mostra, em busca de um objetivo comum, uma cidade melhor, ela irá correr o risco de transparecer que as coisas para ela não estão bem como aparentam. Isso incomoda.
Enquanto o mundo encara sua realidade e vai às ruas pedir melhorias, em São José o 1º de maio se resume ao entretenimento do “Sacode a Praça”. Deve ser sinal de que as coisas por aqui estão más assim.
Giro pelo mundo
Turquia - representantes dos principais sindicatos foram à praça Taksim, no centro de Istambul, cercada por fortes medidas de segurança e em um ambiente tenso, apesar de mais calmo que em anos anteriores.
Rússia - Trabalhadores vão às ruas para protestar contra a crise financeira global.
França - milhares de pessoas pedem uma solução para o desemprego do país.
Espanha - trabalhadores carregam bandeiras em marcha tradicional de 1º de maio.
Alemanha - feriado é marcado por diversos protestos contra a falta de emprego.
Brasil - CUT realiza atividades descentralizadas com oito grandes celebrações em diferentes locais; seis em municípios do interior e da região metropolitana e os demais na capital. Além disso, as 17 subsedes da CUT estadual também organizam atos e mobilizações.
Em diversas cidades do mundo o Dia do Trabalho - 1º de maio - ainda é um marco de resistência e de reivindicação por melhores condições de vida, melhores salários e garantia de emprego. Para os movimentos sociais, principalmente os sindicatos e suas centrais, ou até mesmo a população descontente com a farsa neoliberal que desencadeou a atual crise, essa data serve para externar a vontade de se construir um mundo melhor.
No entanto, em São José do Rio Pardo, mesmo ouvindo diariamente, dia após dia, reclamações sobre os mais variados temas e problemas, não há essa vontade ou iniciativa. Acredito que o cerne de tudo isso possa estar na formação cultural da sociedade rio-pardense – fazendeiros, coronéis e até alguns intelectuais que por aqui passaram.
O visionário Toninho Farah resume bem nossa população com uma celebre frase: “São José do Rio Pardo é o berço da vaidade”.
Em razão da tal vaidade que Farah diz, as pessoas preferem mascar o freio das dificuldades a se expor em qualquer ato de reivindicação. Preocupadas com o outro, ela deixa de ir à luta e passa a resolver de forma individual, quase escondido, seus problemas. Frágil, pois está só, ela se torna alvo fácil do sistema, mas como ninguém ficará sabendo, não se importa com exploração, humilhação e, em alguns casos, opressão para amenizar o problema – que pode ser o mesmo de dezenas ou centenas de pessoas.
Ou seja, ao se colocar à mostra, em busca de um objetivo comum, uma cidade melhor, ela irá correr o risco de transparecer que as coisas para ela não estão bem como aparentam. Isso incomoda.
Enquanto o mundo encara sua realidade e vai às ruas pedir melhorias, em São José o 1º de maio se resume ao entretenimento do “Sacode a Praça”. Deve ser sinal de que as coisas por aqui estão más assim.
Giro pelo mundo
Turquia - representantes dos principais sindicatos foram à praça Taksim, no centro de Istambul, cercada por fortes medidas de segurança e em um ambiente tenso, apesar de mais calmo que em anos anteriores.
Rússia - Trabalhadores vão às ruas para protestar contra a crise financeira global.
França - milhares de pessoas pedem uma solução para o desemprego do país.
Espanha - trabalhadores carregam bandeiras em marcha tradicional de 1º de maio.
Alemanha - feriado é marcado por diversos protestos contra a falta de emprego.
Brasil - CUT realiza atividades descentralizadas com oito grandes celebrações em diferentes locais; seis em municípios do interior e da região metropolitana e os demais na capital. Além disso, as 17 subsedes da CUT estadual também organizam atos e mobilizações.
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