Município apresenta projeto para restaurar ponte Euclides da Cunha


O prefeito João Luís Cunha apresentou à imprensa na segunda-feira, 12, o projeto de restauração da Ponte Euclides da Cunha, realizado pela empresa OPH Engenharia. Estiveram presentes para esclarecimentos aos jornalistas o Secretário de Planejamento, Obras e Serviços, Marco Aurélio Feltran, o engenheiro Jairo Abib Aiub, da OPH, e o coordenador de Orçamentos e Finanças da Prefeitura, Samuel Nahime.
Para a restauração foi realizado um projeto detalhado, resultante de levantamento de dados e laudo técnico feito pela empresa contratada. A OPH constatou um grau elevado de comprometimento por corrosão das peças metálicas da ponte. “É importante reforçar que, agora, a ponte passará por uma verdadeira obra de restauração, e não apenas uma pintura geral”, disse o secretário Marco Aurélio: “todo o projeto foi baseado nas Normas Técnicas Brasileiras e Internacionais atualizadas”,
A Ponte Euclides da Cunha tem 102 metros e foi construída em 1901 pelo engenheiro e escritor que lhe dá o nome. E sua última reforma foi realizada em 1985. Segundo Marco Aurélio, “o projeto de restauração não é somente uma pintura externa porque a ponte necessita de uma reforma estrutural”.
Segundo o secretário, “o projeto da ponte foi protocolado no CONDEPHAAT, já que ela é tombada pelo Patrimônio Histórico, devendo retornar esta semana com a respectiva aprovação. Estamos também desenvolvendo um projeto de iluminação específico para a ponte com uma renomada empresa de São Paulo”.
“O projeto completo será encaminhado para o Ministério da Cultura, para aprovação de seu em enquadramento na Lei de Incentivo Cultural (Lei Rouanet), para facilitar a busca de verbas para execução da obra como um todo.”
O engenheiro Jairo Aiub, da OPH, informou ter sido feito o levantamento físico da ponte, “peça por peça, porque não havia um cálculo e nem a certeza de carga máxima”. “A ponte não tem parafuso e nem solda; as emendas são rebitadas. O cálculo estrutural é de que ela resiste a até nove toneladas (uma F-1000 carregada), sem o tráfego de caminhões e veículos maiores”, disse ele.
Marco Aurélio completou: “Não será liberado o tráfego na ponte para qualquer tipo de caminhão, pois não é viável que a deixemos trabalhar no seu limite, isto diminuiria a vida útil da estrutura”.
A ponte passará por um hidrojateamento completo para que se removam toda pintura existente e também pontos de corrosão. Em alguns pontos haverá necessidade de remoção mecânica da pintura, para viabilização desse hidrojateamento. “A ponte será literalmente ‘envelopada’ para que não caia nenhum resíduo no Rio Pardo. O piso será todo removido e refeito, pois sua estrutura está totalmente comprometida; os roletes do apoio móvel também passarão pelo mesmo processo, com posterior lubrificação especial. Feito isso, se iniciará a verificação de algum reforço necessário e a pintura geral, que será feita por etapas, conforme especificação do projeto”, concluiu ó secretário de Obras.

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