Nagib Anderáos Neto
Há pessoas que têm grande dificuldade em expor o pensamento. Outras, falam demais. Não falar é tão prejudicial como falar demais.
Para a Logosofia, “quem pensa bem se esforça por falar melhor.” E falar melhor não é falar demais, senão ser preciso, conciso e claro. Há uma correspondência direta entre o funcionamento harmônico da inteligência e a capacidade de transmitir com clareza e simplicidade o pensamento através da palavra. Quando se fala demais, extasiando-se com o sonido das próprias palavras, admirando os volteios da imaginação insuflada pelo enganoso sopro da vaidade pessoal, acaba-se por falar coisas sem sentido que em nada contribuem para os pacientes e sofridos ouvidos dos que se vêem na contingência de suportar o falastrão.
González Pecotche explica em seu livro Deficiências e Propensões do Ser Humano que muitas pessoas têm esta falha psicológica, a verborragia.
E aconselha, para quem padece deste mal, que se procure “falar menos e pensar mais, recordando que o excesso de palavras soa oco e que ninguém leva a sério a quem fala muito; se alguma vez diz algo importante, corre o risco de passar inadvertido. As palavras não devem ser desperdiçadas porque poderiam faltar quando se necessitasse que seu peso influísse em alguma circunstância decisiva da vida.”
Por outro lado, o mutismo é tão prejudicial quanto a verborragia; e por detrás dele pode estar um outro pensamento - deficiência tão prejudicial como aquele já mencionado: a inibição ou curteza mental que leva à subestimação de si mesmo, ao temor de expressar o que se pensa e o que se sente. Diz González Pecotche na obra mencionada que “a inibição é má companhia, e quanto antes possa livrar-se dela, mais comodamente colocar-se-á entre os semelhantes e mais vantagens obter-se-á com esta nova forma de ser”. “Aquele que em verdade queira escapar de seu domínio fará da resolução o seu forte, e, tantas vezes quantas sejam necessárias, repetirá mentalmente que deve ser valente, que nada deve temer, procurando, desde logo, estar a tom com o que pensa.”
O importante é procurar combater as tendências negativas mencionadas em nós mesmos ao invés de estar a apontar, cruelmente, os defeitos nos demais, sem nos dar conta de que o feio que vejamos em nosso semelhante deva ser para nós uma lição, pois certamente deveremos ter os mesmos defeitos, as mesmas dificuldades.
Esta nova ética poderia contribuir para uma convivência mais harmônica entre os seres humanos.
Há pessoas que têm grande dificuldade em expor o pensamento. Outras, falam demais. Não falar é tão prejudicial como falar demais.
Para a Logosofia, “quem pensa bem se esforça por falar melhor.” E falar melhor não é falar demais, senão ser preciso, conciso e claro. Há uma correspondência direta entre o funcionamento harmônico da inteligência e a capacidade de transmitir com clareza e simplicidade o pensamento através da palavra. Quando se fala demais, extasiando-se com o sonido das próprias palavras, admirando os volteios da imaginação insuflada pelo enganoso sopro da vaidade pessoal, acaba-se por falar coisas sem sentido que em nada contribuem para os pacientes e sofridos ouvidos dos que se vêem na contingência de suportar o falastrão.
González Pecotche explica em seu livro Deficiências e Propensões do Ser Humano que muitas pessoas têm esta falha psicológica, a verborragia.
E aconselha, para quem padece deste mal, que se procure “falar menos e pensar mais, recordando que o excesso de palavras soa oco e que ninguém leva a sério a quem fala muito; se alguma vez diz algo importante, corre o risco de passar inadvertido. As palavras não devem ser desperdiçadas porque poderiam faltar quando se necessitasse que seu peso influísse em alguma circunstância decisiva da vida.”
Por outro lado, o mutismo é tão prejudicial quanto a verborragia; e por detrás dele pode estar um outro pensamento - deficiência tão prejudicial como aquele já mencionado: a inibição ou curteza mental que leva à subestimação de si mesmo, ao temor de expressar o que se pensa e o que se sente. Diz González Pecotche na obra mencionada que “a inibição é má companhia, e quanto antes possa livrar-se dela, mais comodamente colocar-se-á entre os semelhantes e mais vantagens obter-se-á com esta nova forma de ser”. “Aquele que em verdade queira escapar de seu domínio fará da resolução o seu forte, e, tantas vezes quantas sejam necessárias, repetirá mentalmente que deve ser valente, que nada deve temer, procurando, desde logo, estar a tom com o que pensa.”
O importante é procurar combater as tendências negativas mencionadas em nós mesmos ao invés de estar a apontar, cruelmente, os defeitos nos demais, sem nos dar conta de que o feio que vejamos em nosso semelhante deva ser para nós uma lição, pois certamente deveremos ter os mesmos defeitos, as mesmas dificuldades.
Esta nova ética poderia contribuir para uma convivência mais harmônica entre os seres humanos.
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