Aloísio Calsoni Bozzini
acbozzini@hotmail.com
Você já parou para pensar o quanto um carro é prejudicial ao meio ambiente? Não só pela emissão de poluentes atmosféricos, mas também por outras razões?
Assistindo o programa Invenção do Contemporâneo, na Cultura, na semana passada, passei a refletir um pouco mais sobre esta questão. Um carro é produzido para transportar cerca de 1.000 quilos, mas na maioria das vezes transporta uma pessoa que tem em média 70 quilos. Ou seja, utilizamos 20% de sua capacidade quando estamos sozinhos e os outros quatro lugares ficam vagos. Além disso, o carro fica a maior parte do tempo parado enquanto estamos trabalhando, o que se traduz num alto investimento energético (pois sua produção envolve retirada de recursos naturais que não podem ser repostos) e pouca eficiência. Por outro lado, se todos os riopardenses resolvessem sair de carro e transitar pelo centro da cidade ao mesmo tempo, estaríamos vivendo um verdadeiro caos.
Mas como resolver esse problema? Que medidas as cidades têm procurado para diminuir o uso e o fluxo de carros?
Em vários locais do mundo, as bicicletas têm sido uma das opções adotadas. Ela consegue fugir do trânsito estressante e dos preços do transporte público. Além de contribuir para o lazer e trazer benefícios imediatos à saúde. Estudo realizado na Dinamarca indicou que o hábito de andar de bicicleta pode reduzir o risco de mortalidade por doenças crônico-degenerativas, como diabetes e hipertensão.
São José do Rio Pardo apresenta um relevo acidentado, o que deixa a atividade mais dinâmica. É importante ressaltar que temos, além de morros, locais mais planos, inclusive vias que integram vários bairros da cidade.
Tenho notado como ciclista, que a população riopardense tem optado cada vez mais pelas bicicletas, embora falte muita estrutura e uma educação para os motoristas e ciclistas. Estacionamentos próprios, ciclovias, sinalização, campanhas educativas tanto para ciclistas como para motoristas; estímulos para os esportistas ciclistas riopardenses participarem de eventos são algumas das propostas que poderiam contribuir para o desenvolvimento do ciclismo em nossa cidade.
Uma política voltada para essa prática é necessária e viável. Poderíamos ser referência inclusive para outras cidades. Seria um marco para São José!
É importante destacar que os ciclistas têm sua disciplina regulamentada pelo Código Brasileiro de Trânsito e que é importante, antes de adotar esta prática, uma consulta a um médico e utilizar no mínimo os equipamentos de proteção (óculos de proteção; capacete; luvas; roupa adequada; tênis; garrafa de água; e ferramentas). Por uma cidade que respeite mais o meio ambiente e os seus habitantes, é a hora e a vez das bicicletas.
Ciclismo, meio ambiente e qualidade de vida
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