Emílio Antônio Duva
A extinta TV TUPI Canal 4, da capital de São Paulo, nos anos 70, onde - os point’s daquela desvairada paulicéia era O Cá’doro, O Bar Bhrama, na Avenida São João, e as minissaias na Rua Augusta -, premiava os melhores atletas após as partidas de futebol. O premio era um rádio da marca MOTORÁDIO. Todos os jogadores almejavam, além de envergar a camisa amarelinha da Seleção, o prêmio. As entrevistas televisivas ou radiofônicas tinham um realce a mais com o premiado atleta. Sonhos multicores se mesclavam ao som do aparelho MOTORÁDIO.
Nosso craque rio-pardense CARMELITO, já envergava a camisa de um clube mineiro do interior (Uberaba E.C.). Este time enfrentou o bicho-papão Cruzeiro, dos selecionáveis Raul Plasmanm, Roberto Perfume, Wilson Piazza, Dirceu Lopes e outras estrelas. Carmelito arrebentou neste jogo. Seu time saiu vitorioso, e o nosso craque recebeu inúmeros prêmios - camisas de seda, perfumes italianos, relógios suíços, Raybans americanos, etc., etc., etc. E no momento de gloria a imprensa mineira premia-lhe com o famoso e esperado MOTORÁDIO. O repórter aproxima-se: - Estamos aqui, ao lado deste grande jogador, eleito o melhor desta memorável e dificílima partida. Receba aqui, Carmelito, o seu MOTORÁDIO. Que você faça o melhor proveito dele. E a sua palavra para o Brasil ouvir-te.
Então Carmelito capricha, pois caprichos eram com ele mesmo. No seu jeito de andar, jogar, falar e vestir.
- Muito obrigado a todos pelo reconhecimento de minha atuação. Agora o que vou fazer com este MOTORÁDIO? Bom, é o seguinte: vou ficar com a moto e o rádio, darei para minha mãe, de presente, ouvir os seus programas de estimação.
Eu e o Futebol: O prêmio
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