Logosofia: A Esfinge do Destino

Nagib Anderáos Neto

A esfinge, monstro fabuloso que matava os viajantes que não decifravam o enigma que lhes propunha, tem nos dias atuais sua representação no Destino, gigante enigmático que devora todos os que não conseguem decifrá-lo.
Qual o mistério que envolve o Destino? Existiria a predestinação? Estaria o futuro escrito num grande livro? A prematura morte em um acidente ou por uma doença inesperada poderia ter sido evitada? A guerra e as misérias poderiam ter sido evitadas? E os sofrimentos promovidos pelos desentendimentos? É possível modificar o próprio destino?
Sim, é possível modificar o destino. O ser humano é livre para transformar sua vida, a sua maneira de ser e construir um destino melhor.
Um momento de desatenção pode ocasionar um acidente no trânsito; um pedestre ou motorista distraído, ali terminar os seus dias. O anterior cultivo da atenção poderia ter evitado esta morte e muitas outras. Dizer que tudo está escrito e que a hora daquela pessoa chegara é negar o livre-arbítrio e a possibilidade da evolução.
Podemos dizer que existe um destino comum e intranscendente para todos os que vegetam na vida sem nenhuma outra preocupação que aquela derivada de suas necessidades físicas.
No entanto, todo ser humano pode mudar a orientação de sua vida; deixar de preocupar-se apenas com as necessidades materiais; lembrar que é também um ser psicológico e espiritual e que estas naturezas precisam ser atendidas com o único alimento que as satisfaz: o conhecimento do qual a evolução provém.
Assim, o destino poderá deixar de ser a força cega e fatalista para transformar-se na obra pessoal que todo ser humano pode esculpir.

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