Logosofia: Tempo não é dinheiro

Nagib Anderáos Neto

A falta de tempo é um drama dos tempos modernos porque as pessoas vão deixando de pertencer a si mesmas transformando-se em escravas de compromissos diversos.
A velha máxima americana diz que “Tempo é dinheiro” transformou-se num preconceito que dificulta a solução do problema de falta de tempo que aflige tantos seres humanos.
Na verdade, a realização do sonho de liberdade individual do ser humano deveria, hoje, começar por aí: liberar-se da escravidão imposta por compromissos e pela má administração da vida.
Há muitos fatores que levam à perda de tempo; um, no entanto, é o principal: perde-se tempo quando não se pensa, quando se age mecânica e rotineiramente seguindo os pensamentos e idéias pensadas por outras pessoas.
Esta função, a de pensar, entorpecida que tem sido por preconceitos, crenças e idéias retrógadas, deve ser ativada em função de um grande objetivo que norteie a vida do ser humano nesta breve passagem pela Terra: evoluir e colaborar com os outros seres humanos neste sentido.
O tempo é a essência da vida: compreendê-lo e administrá-lo inteligentemente, livrando-se da tirania dos ponteiros do relógio, é uma tarefa cujos resultados são infinitamente superiores ao esforço empreendido.
Dizer que tempo é dinheiro é tão absurdo como imaginar que Deus seja um banqueiro.

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