Artigo: Avatar


Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com

Demorou mas está aí! O filme já foi visto por todos os mortais, mas, por força do destino, só agora consegui prestigiar essa nova história de James Cameron.
Ouvindo os inúmeros elogios e as escassas “intrigas da oposição”, pude observar uma coisa séria sobre essa obra: é algo sensível que me fez nadar em minhas próprias lágrimas! A maior reação que tive foi: chorar, chorar e chorar. Por quê?
Ora, porque além dos inúmeros e incríveis efeitos especiais, além dos rostinhos bonitinhos que aparecem na tela, Avatar é muito mais do que um filme guiado por a mais nova tecnologia para criar arte ou por atuações e coreografias que impressionam.
A história é muito mais profunda. É mística e nos ensina muito sobre todas as criaturas do universo. Além do bem e do mal, de seres humanos e extraterrestres (aliás, nesse filme nós somos os ETs) há uma ligação, uma inter relação entre tudo e todos, uma harmonia cósmica que equilibra a vida, e é essa fonte da criação que devemos respeitar.
Para quem não sabe, Avatar é uma entidade hinduísta, cujo significado é “descida”. Em outras palavras, é Vishu reencarnando no corpo humano. É aquele que descende diretamente do divino. Um avatar é uma forma encarnada de um Ser Supremo que reside no plano espiritual. Ironicamente, a raça humana cria o avatar que é resgatado por um povo “selvagem”. É a clássica história do feitiço que virou contra o feiticeiro, e é aí que reside a maravilha e o encanto da trama: tudo é muito simples e só precisamos dessa simplicidade para viver em paz. Precisamos respeitar todos os lugares e seres, porque em cada pedaço desse todo há traços da divindade. Tudo é divino! As pessoas que simplesmente se encantam com os efeitos não têm menos razão, pois cada criatura, cada parte da floresta, cada cor alucinógena foi fruto de anos de trabalho e dedicação de uma equipe extremamente profissional e o resultado foi fascinante.
Enfim, Avatar é uma obra fantástica em todo o seu conjunto. O que supera muito as mega produções é que além de um trabalho técnico impecável, há um enredo profundo e místico, que realmente toca o cinéfilo.
Assistam (embora acredite que todos já assistiram)!

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