Alessandra Possebon – jornalista
Em meio a um cenário aparentemente apático, em que as discussões sobre comunicação se limitam na maioria das vezes ao que a grande mídia coloca, nascem debates de visibilidade nacional sobre qual é o verdadeiro retrato dos meios de comunicação no Brasil.
O debate não é recente, vem ganhando força no decorrer dos anos com a união de pessoas de diversas correntes ideológicas, mas que tem em comum o desejo de ter voz em um país em que poucos falam e muitos só escutam.
Talvez a semente para a ampliação do debate sobre o tema no país seja o Fórum Social Mundial, iniciativa que acaba de completar 10 anos e que nasceu em uma época de grande fortalecimento das políticas neoliberais na América Latina. Movimentos sociais, ONGS, redes, organizações civis e membros da sociedade preocupados com os rumos da política nacional se uniram para buscar e realizar mudanças.
A Comunicação é uma das pautas principais do Fórum, afinal, qual o papel da mídia na construção deste outro mundo possível?
A palavra de ordem é a democratização e o que parecia aos olhos de muitos algo tão utópico e distante de ser realizado, começa a tomar forma quando as discussões passam da esfera do não governamental para uma esfera que reúna governo e sociedade. Existem sim inúmeras dificuldades para se alcançar mudanças quando interesses de partidos são mais importantes que as questões a serem resolvidas, porém, estamos em uma sociedade que depende dos poderes instituídos e já que as grandes revoluções políticas não acontecem é a união entre todas as forças que pode fazer a diferença.
A I Conferência de Comunicação que aconteceu em dezembro de 2009 marca o início de um diálogo efetivo sobre a democratização da Comunicação no Brasil. Além do encontro nacional foram mais de 60 conferências municipais, intermunicipais e livres que debateram três eixos principais: produção de conteúdo, meios de distribuição e direitos e deveres na Comunicação.
Como construir espaços democráticos não é tarefa fácil, inúmeras dificuldades foram encontradas pelos organizadores, que não conseguiram convencer o setor empresarial a participar do debate, seis das oito entidades empresariais deixaram a comissão organizadora na fase de preparação da Conferência.
Mesmo com as dificuldades em se construir esse diálogo que parece impossível diante dos interesses pessoais, encaminhamentos importantes foram aprovados na Conferência como a criação do Conselho Nacional de Comunicação, imposição de limites à concentração de concessões de meios de comunicação, limites ao oligopólio da distribuição de mídia impressa, reformulação da estrutura interna do ministério das Comunicações e realização de Conferências nacionais a cada dois anos.
Claro que a aprovação na Conferência não significa que tudo será praticado, no entanto, as mudanças só são possíveis quando partem de diálogos abrangentes e ganham força nas mãos das pessoas.
A visível inércia da grande imprensa que praticamente não esteve presente na Conferência e que coloca o combate ao monopólio das Comunicações como uma maneira de restrição a tal liberdade de imprensa é a prova real que temos um grande problema na Comunicação deste país, que somente pode ser superado quando cada membro da sociedade perceber que liberdade de expressão não existe efetivamente em um país condizente com a ilegalidade nas concessões de rádio e televisão e a concentração no controle de diversos meios de comunicação por grandes grupos empresaria.
Em meio a um cenário aparentemente apático, em que as discussões sobre comunicação se limitam na maioria das vezes ao que a grande mídia coloca, nascem debates de visibilidade nacional sobre qual é o verdadeiro retrato dos meios de comunicação no Brasil.
O debate não é recente, vem ganhando força no decorrer dos anos com a união de pessoas de diversas correntes ideológicas, mas que tem em comum o desejo de ter voz em um país em que poucos falam e muitos só escutam.
Talvez a semente para a ampliação do debate sobre o tema no país seja o Fórum Social Mundial, iniciativa que acaba de completar 10 anos e que nasceu em uma época de grande fortalecimento das políticas neoliberais na América Latina. Movimentos sociais, ONGS, redes, organizações civis e membros da sociedade preocupados com os rumos da política nacional se uniram para buscar e realizar mudanças.
A Comunicação é uma das pautas principais do Fórum, afinal, qual o papel da mídia na construção deste outro mundo possível?
A palavra de ordem é a democratização e o que parecia aos olhos de muitos algo tão utópico e distante de ser realizado, começa a tomar forma quando as discussões passam da esfera do não governamental para uma esfera que reúna governo e sociedade. Existem sim inúmeras dificuldades para se alcançar mudanças quando interesses de partidos são mais importantes que as questões a serem resolvidas, porém, estamos em uma sociedade que depende dos poderes instituídos e já que as grandes revoluções políticas não acontecem é a união entre todas as forças que pode fazer a diferença.
A I Conferência de Comunicação que aconteceu em dezembro de 2009 marca o início de um diálogo efetivo sobre a democratização da Comunicação no Brasil. Além do encontro nacional foram mais de 60 conferências municipais, intermunicipais e livres que debateram três eixos principais: produção de conteúdo, meios de distribuição e direitos e deveres na Comunicação.
Como construir espaços democráticos não é tarefa fácil, inúmeras dificuldades foram encontradas pelos organizadores, que não conseguiram convencer o setor empresarial a participar do debate, seis das oito entidades empresariais deixaram a comissão organizadora na fase de preparação da Conferência.
Mesmo com as dificuldades em se construir esse diálogo que parece impossível diante dos interesses pessoais, encaminhamentos importantes foram aprovados na Conferência como a criação do Conselho Nacional de Comunicação, imposição de limites à concentração de concessões de meios de comunicação, limites ao oligopólio da distribuição de mídia impressa, reformulação da estrutura interna do ministério das Comunicações e realização de Conferências nacionais a cada dois anos.
Claro que a aprovação na Conferência não significa que tudo será praticado, no entanto, as mudanças só são possíveis quando partem de diálogos abrangentes e ganham força nas mãos das pessoas.
A visível inércia da grande imprensa que praticamente não esteve presente na Conferência e que coloca o combate ao monopólio das Comunicações como uma maneira de restrição a tal liberdade de imprensa é a prova real que temos um grande problema na Comunicação deste país, que somente pode ser superado quando cada membro da sociedade perceber que liberdade de expressão não existe efetivamente em um país condizente com a ilegalidade nas concessões de rádio e televisão e a concentração no controle de diversos meios de comunicação por grandes grupos empresaria.
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