Prefeito de Alterosa (MG) dá aula de gestão pública


O prefeito de Alterosa (MG), Dimas Ribeiro, é o segundo melhor prefeito de Minas e o 8° do Brasil

Pra tudo tem jeito”. Essa foi uma das frases que pode resumir a palestra do prefeito de Alterosa, Dimas Ribeiro (PT), na Câmara Municipal de São José do Rio Pardo. Alterosa, cidade de aproximadamente 13.500 habitantes, está localizada no Sul de Minas as margens do Lago de Furnas. Ele é professor universitário de história e está em seu segundo mandato.
O evento promovido pela direção do PT local, aconteceu na manhã de sábado, 10. Cerca de 40 pessoas estiveram presentes para ver e ouvir as realizações do 2° melhor prefeito de Minas Gerais e o 8º do Brasil - segundo a avaliação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Professor Dimas, como é conhecido.
Estiveram presentes, dirigentes partidários das cidades de Mococa, Santa Cruz das Palmeiras, Divinolândia, além de alguns vereadores e petistas rio-pardenses.
Dimas começou falando de sua origem, no Distrito de Cavacos, e da promessa que fez a um amigo, quando estudava em São Paulo de voltar ao município para fazer uma “revolução”.
Logo que chegou a Alterosa elege-se vereador e depois prefeito e hoje, com alto índice de aprovação, vem cumprindo a promessa de transformar a cidade que foi vítima dos usos e abusos de duas famílias por mais de 60 anos.
A explanação do prefeito mineiro deixou claro que uma boa administração se faz com vontade e com comprometimento. Disse que com o orçamento do município na época em que assumiu não dava para fazer nada. Por isso decidiu buscar nos governos estadual e federal recursos para implementar o seu projeto.
Explicou que as verbas hoje não dependem mais de indicação de deputado, elas saem dos ministérios através de projetos. “Se o projeto seguir os critérios estabelecidos à cidade com certeza será contemplada”.
Possui uma equipe competente que cuida da elaboração dos projetos. “Participamos de quase todos os editais que estão ao nosso alcance. Só não temos mais recursos para o município porque não damos conta de elaborar todos os projetos”.
Explicou que a vantagem dos editais é que não há mais distinção de partidos para liberalização de recursos, como havia antes do governo Lula, hoje todos têm chances.

Projetos - Através de muito trabalho, o município conseguiu uma Escola Agrotécnica e uma Escola Federal Semi-presencial. Criou o programa Cidade Digital - abriu o sistema de internet de graça para toda a cidade. O sinal chega a Universidade e depois é redistribuído para a população. “A única exigência é estar em dia com o município”.

Fundão Agrícola - Para contribuir com os pequenos agricultores, firmou convênio com a Emater-MG e paga três técnicos que elaboram projetos para captação de recursos. Ele também investe em cursos no campo. “Os produtores visitam produções bem sucedidas e trocam idéias, além disso, temos máquinas que dão toda a assistência ao pequeno produtor”.

Agrovida - A prefeitura arrenda as terras paradas de uma fazenda para os agricultores plantarem. Ele subsidia a produção, inclusive o maquinário. Depois, na colheita, 45% da produção fica com a família, 40% vai para um fundo criado pelo executivo para financiar outras famílias e 15% fica para o dono das terras. “Compramos as sementes, os defensivos e preparamos a terra. A primeira verba, que veio para darmos início ao projeto, veio a Fundo Perdido, agora ele já é alto sustentável”.

Pronaf - Através dos projetos do Agrovida, 453 famílias foram contempladas e cerca de R$ 2,2 milhões de dinheiro foram liberados - isso só em 2007. Os grandes produtores, que são poucos no município, também foram contemplados pelo governo federal através do Agrovida e receberam cerca de R$ 1 milhão para investimentos.

Outros - Alterosa tem 100% da população atendida pelo Programa Saúde da Família, 100% do lixo é reciclado e 100% do tratamento de esgoto. Recebe cerca de R$ 22 mil de ICMS Ecológico, que é um prêmio para o município que cuida do meio ambiente. “Isso sem falar do lixo que é vendido, que se transforma em dinheiro, e do adubo que é produzido que vão para as hortas comunitárias”.



Djalma Galeazzo, Hugo, Aloísio Bozzini (Bibo), Benedito Euzébio e Luiz Paulo após a palestra de Dimas Ribeiro

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