O passado e o presente de Cuba
Marcelo Augusto da Silva
marcelo3151@itelefonica.com.br
Depois de 49 anos no poder, Fidel Castro renunciou ao governo de Cuba no qual Raúl Castro, seu irmão, foi nomeado como presidente.
Alguns anos após a Revolução Cubana (1959) em que Fidel toma o poder e expulsa Fulgêncio Batista - ditador corrupto, aliado dos EUA -, é implantado pelo líder revolucionário o modelo econômico socialista no país, alinhado à extinta União Soviética, que no período era uma grande potência bélica e econômica.
A implantação do socialismo resultou numa paranóia nos países capitalistas americanos, e até de outros continentes, que viam em Cuba um modelo a ser seguido . Os EUA começaram a agir, manipulando meios de sufocar a Revolução Cubana, decretando um embargo econômico ao país, que dura até hoje, e iniciando o apoio a golpes militares em vários países da América do Sul, inclusive o Brasil.
Passados vários anos, o antagonismo e a rivalidade entre capitalismo e socialismo se findam com a queda do Muro de Berlim, e a posterior abertura econômica soviética juntamente com sua transição para o capitalismo. Mesmo diante desse quadro de insegurança e incerteza, Cuba continua adotando o socialismo e, que apesar das contradições e dos boicotes de seus opositores, mantém hoje o país com um extraordinário Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pois apresenta um dos menores níveis de analfabetismo, mortalidade infantil e maiores índices de expectativa de vida, provando que a ilha é um exemplo de autonomia e qualidade de vida frente à dominação capitalista, mostrando também que o socialismo é um sistema econômico que pode dar certo. Mesmo com uma política de embargo econômico e várias dificuldades enfrentadas pelo país, inclusive a forte oposição, Fidel continuou com a sua Revolução, apesar de adotar critérios não muito convencionais, justos e aceitáveis como censura, expurgos e execuções.
Se “toda revolução leva a uma ditadura”, Cuba representa uma expressão viva desse pensamento, que se justifica na necessidade de haver um rigor interno para que a mesma se mantenha, e nem que haja interferências externas e oposicionistas que venham a minar o seu ideal.
Agora como o afastamento de Fidel a situação continua imprevisível no país, a começar pela substituição definitiva do governo, e a difícil execução desse cargo, já que há dúvidas se Raúl Castro terá a mesma eficiência que Fidel tinha no comando e também se não é uma oportunidade de outros grupos ou mesmo de outros países interferirem no processo e acabar com um dos poucos paises que adotam o sistema socialista no mundo. Muitos viam na debilitação de Fidel um momento de vê-lo longe do governo; outros temiam por esse dia, pois pode ser o fim da Revolução. Até agora, pelo que se sabe tudo permanece incerto como sempre esteve. Somente o futuro é certo, ou seja, não se sabe o que ele reserva.
Marcelo Augusto da Silva
marcelo3151@itelefonica.com.br
Depois de 49 anos no poder, Fidel Castro renunciou ao governo de Cuba no qual Raúl Castro, seu irmão, foi nomeado como presidente.
Alguns anos após a Revolução Cubana (1959) em que Fidel toma o poder e expulsa Fulgêncio Batista - ditador corrupto, aliado dos EUA -, é implantado pelo líder revolucionário o modelo econômico socialista no país, alinhado à extinta União Soviética, que no período era uma grande potência bélica e econômica.
A implantação do socialismo resultou numa paranóia nos países capitalistas americanos, e até de outros continentes, que viam em Cuba um modelo a ser seguido . Os EUA começaram a agir, manipulando meios de sufocar a Revolução Cubana, decretando um embargo econômico ao país, que dura até hoje, e iniciando o apoio a golpes militares em vários países da América do Sul, inclusive o Brasil.
Passados vários anos, o antagonismo e a rivalidade entre capitalismo e socialismo se findam com a queda do Muro de Berlim, e a posterior abertura econômica soviética juntamente com sua transição para o capitalismo. Mesmo diante desse quadro de insegurança e incerteza, Cuba continua adotando o socialismo e, que apesar das contradições e dos boicotes de seus opositores, mantém hoje o país com um extraordinário Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pois apresenta um dos menores níveis de analfabetismo, mortalidade infantil e maiores índices de expectativa de vida, provando que a ilha é um exemplo de autonomia e qualidade de vida frente à dominação capitalista, mostrando também que o socialismo é um sistema econômico que pode dar certo. Mesmo com uma política de embargo econômico e várias dificuldades enfrentadas pelo país, inclusive a forte oposição, Fidel continuou com a sua Revolução, apesar de adotar critérios não muito convencionais, justos e aceitáveis como censura, expurgos e execuções.
Se “toda revolução leva a uma ditadura”, Cuba representa uma expressão viva desse pensamento, que se justifica na necessidade de haver um rigor interno para que a mesma se mantenha, e nem que haja interferências externas e oposicionistas que venham a minar o seu ideal.
Agora como o afastamento de Fidel a situação continua imprevisível no país, a começar pela substituição definitiva do governo, e a difícil execução desse cargo, já que há dúvidas se Raúl Castro terá a mesma eficiência que Fidel tinha no comando e também se não é uma oportunidade de outros grupos ou mesmo de outros países interferirem no processo e acabar com um dos poucos paises que adotam o sistema socialista no mundo. Muitos viam na debilitação de Fidel um momento de vê-lo longe do governo; outros temiam por esse dia, pois pode ser o fim da Revolução. Até agora, pelo que se sabe tudo permanece incerto como sempre esteve. Somente o futuro é certo, ou seja, não se sabe o que ele reserva.
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