ECONOMIA

Brasil é credor externo pela primeira vez na história

O Brasil passou a ser credor externo, fato inédito na história do país, informou na quinta-feira, dia 21, o Banco Central. A autoridade monetária explicou que isso só foi possível com a redução da dívida externa total líquida, quando se deduzem da dívida externa bruta os ativos do país no exterior, constituídos fundamentalmente pelas reservas internacionais. Ou seja, as reservas internacionais e outros ativos são maiores do que a dívida externa.
De acordo com o Banco Central, a estimativa para o fechamento de janeiro de 2008 (que deve ser divulgado na próxima semana), é de que o montante da dívida líquida se tornará negativo em mais de US$ 4 bilhões, uma vez que o dinheiro aplicado no exterior supera o valor da dívida externa.
“Significando que, em termos líquidos, o país passou a credor externo, fato inédito em nossa história econômica”, diz o relatório Indicadores de Sustentabilidade Externa do Brasil, divulgado pelo Banco Central. Segundo o BC, o total da dívida líquida passou de US$ 165,2 bilhões, no final de 2003, para US$ 4,3 bilhões, estimativa para o fechamento de 2007.
Para o Banco Central, os resultados no setor externo da economia brasileira nos últimos anos mostram “inquestionável fortalecimento da posição externa do país”, devido aos números da balança comercial (exportações menos importações), das transações correntes ( engloba a balança comercial, serviços e rendas e transferências unilaterais) e do ingresso recorde de divisas no país.
“Em resumo, diante de um cenário internacional caracterizado por aumento considerável na incerteza, pela volatilidade dos mercados financeiros e desaceleração da atividade econômica, a melhoria desses indicadores tende a mitigar, embora sem anular por completo, o impacto de eventos externos adversos”.


DÍVIDA EXTERNA: LULA X FHC

Paulo Henrique Amorim

Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista.

Quando FHC deixou o Governo, em dezembro de 2002, o Brasil tinha uma dívida externa de US$ 165 bilhões.
Hoje, a dívida externa do Brasil, segundo o Banco Central, é de MENOS US$ 4 bilhões.
Quando FHC deixou o Governo, em dezembro de 2002, as reservas do Brasil eram de US$ 38 bilhões.
Hoje, segundo o Banco Central, as reservas são de US$ 180 bilhões. Ou seja, hoje o Brasil tem quase cinco vezes mais reservas do que tinha no Governo FHC.
O que é uma maneira de dizer que o Brasil hoje está cinco vezes melhor.
O Brasil independente nasceu em 1822, com a obrigação de pagar as dívidas de Portugal com os bancos ingleses.
De lá pra cá, até hoje, o Brasil foi um país endividado.
A chamada "crise da dívida" explodiu em 1982, quando Delfim Netto, Ernani Galveas e Carlos Geraldo Langoni tiveram que administrar os efeitos da desastrada falência do México.
Hoje, o Brasil, se quiser, entra para o Clube dos Credores, o Clube de Paris.
Assim como, se quiser, pode entrar para a Opep. O PIG creditará tudo isso às luzes que emanavam do Farol de Alexandria (FHC) e aos "bons ventos" da economia internacional.
Como se o Presidente Lula, Henrique Meirelles, Guido Mantega e os brasileiros não tucanos, de uma maneira geral, formassem um conjunto de néscios.
A notícia de hoje – o Brasil passa a ser credor – merece que o Presidente Lula diga: "nunca na História desse país". Eu, no lugar dele, diria como o Ibrahim: "sorry, periferia".

(Extraído do site Conversa Afiada)

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