Douglas Adams, é impossível não rir de seus livros


Carol Ortiz 
cacal.ortiz@hotmail.com

Esse é um ator que, apesar de já ter falecido, continua e continuará sempre atual. Para começar, ele escreveu O guia do mochileiro das Galáxias, que ficou famoso no mundo todo desde os anos 60/70 quando virou série de TV e filme. Essa história totalmente nonsense se transformou em uma “trilogia” de quatro livros, todos com o mesmo nível de humor inteligente, que fala sobre física, existência, situações absurdas, muitos alienígenas e muito mais.
Em todos seus livros o famoso atrapalhado terráqueo Arthur Dent e seu amigo extraterrestre completamente maluco e louco por cerveja, Ford Perfect, enfrentam situações bizarras por todos os cantos do universo após a destruição do planeta Terra por um tipo de Ets absurdamente burocráticos, os Vogons, para a construção de uma estrada interplanetária. 
Eis aí um ponto importante na literatura de Adams: debochar ao máximo da natureza humana, extraindo a essência de situações ridículas e nem sempre tão úteis como o excesso da burocracia para tudo.
O guia do mochileiro tem a continuação no livro “O restaurante no fim do Universo”, história em que nossos heróis sentem a primitiva sensação necessária para a sobrevivência, a fome, e param num restaurante no extremo do Universo em que é possível degustar os mais fantásticos pratos alienígenas assistindo ao processo contínuo da criação, isto é, o Big Bang.
Logo após essa obra, vem a história de A vida, o universo e tudo mais em que Arthur, após passar cinco anos abandonado na Terra Pré-Histórica, tem que salvar o Universo dos terríveis robôs xenófobos de Krikkit (uma verdadeira paródia sobre a atual sociedade e suas lutas raciais ).
Até mais e obrigado pelos peixes!, traz Arthur e Ford novamente no planeta Terra. Mas, ele não tinha sido destruído? Pois é, será que Einsten teria razão na possibilidade da viagem no tempo ou será que há um Criador que faz tudo possível? Quando chegam na Terra percebem que tudo está absolutamente normal, exceto o misterioso desaparecimento dos golfinhos (que, segundo os livros anteriores, é a forma de vida mais inteligente de nosso planeta). O título dessa obra é o grande enigma desse livro: o que será que os golfinhos queriam dizer quando deixaram essa mensagem para a humanidade?
Esse título também traz uma passagem engraçadíssima (que, talvez seja a mais absurda de todos os livros do autor). Nossos heróis vão buscar a mensagem do Criador do Universo para suas criaturas em um longínquo planeta do universo. Mas, quando chegam lá, dão de cara com um longo caminho de pedras e areia em que muitos camelôs intergalácticos vendem souvenires para os inúmeros “turistas” que visitam o local. É simplesmente hilário.
Depois de todos esses sucessos, Adams escreveu Praticamente Inofensiva, que, apesar de não ser uma seqüência propriamente dita da série, apresenta os mesmos personagens com a mesma temática: debochar de tudo. Leiam!

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