A origem do conflito entre Israel e Palestina (Parte II)


MARCELO AUGUSTO DA SILVA 

A partir do momento em que os árabes muçulmanos não aceitaram a divisão de seus territórios, o recém criado Estado Israel, invade as áreas palestinas num conflito que ele sai vencedor. Após o conflito houve outras três guerras, todas com desfecho favorável a Israel, militarmente mais forte e que conta com o apoio de países também militarmente fortes, como os EUA, seu fiel parceiro.
Além de ser belicamente superior, Israel possui uma característica expansionista e racista, principalmente no que diz respeito à religiosidade, embora os árabes também defendam arduamente seus dogmas. Com as quatro guerras entre Israel e Palestina o resultado foi um expressivo aumento de território judeu, todos decorrentes de invasões a áreas ocupadas pelos muçulmanos, e mesmo com a determinação da ONU de devolução dessas terras, o país recusou-se a atender.
Diante de tantos conflitos e atrocidades praticados entre os dois povos, várias tentativas de acordos de paz foram feitos a partir do final da década de 1970, boa parte deles com a intermediação de outros países. Denominam-se tentativas de paz porque nunca foram efetivamente consolidadas, algumas por parte da própria população que não as aceitavam por serem negociações feitas somente entre seus líderes e não sob consulta das respectivas nações; outras por conta de radicais e extremistas, cada qual defendendo seu lado, onde israelenses afirmam que não se negocia com árabes, pois são todos terroristas, e os árabes que justificam suas posições dizendo que Israel não deveria ser reconhecido como estado e sim combatido até a sua derrota final. 
Em meio à confusão generalizada no Oriente Médio, ao analisar de forma imparcial, pode-se chegar ao consenso de que a Palestina pertence aos dois povos, portanto, não é de exclusividade dos judeus, o que torna a sua ação autoritária, truculenta e xenófoba num dos maiores crimes da atualidade.
Se eles foram expulsos e massacrados durante séculos, os árabes não têm nada com isso, e sendo assim não tira o direito deles exigirem seus territórios de volta na forma de um estado independente. Além do mais, se o ocidente tem um peso na consciência em relação ao que foi feito aos judeus, os palestinos não podem ser responsabilizados.
Tudo isso poderia ser resolvido se fosse criado um estado israelense e um palestino, independentes e reconhecidos internacionalmente, que garantisse principalmente aos árabes as suas terras, e colocasse Jerusalém como uma área internacional. A História provou que a cidade não pode ser de exclusividade daqueles que a tem como sagrada. É lógico que na prática não é tão simples assim, mas, o que impede sua efetivação são as intransigências e o despotismos israelense, reforçado pelo apoio irrestrito de vários líderes, além do controle que eles exercem sobre boa parte da mídia, a qual não divulga a barbárie praticada contra os árabes, interferindo assim na opinião popular.
É mais um caso de posse de propriedade e de exercício de poder que infelizmente inocentes pagam por isso com suas vidas.

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