Movimentos sociais marcham pela paz na 9ª edição do FSM


Com o tema Um Outro Mundo é Possível, a 9ª edição do Fórum Social Mundial (FSM), este ano realizado em Belém (PA), teve início na terça-feira, 27, com a marcha pela paz. A caminhada pelas ruas do centro da capital paraense reuniu representantes de povos e raças.
Durante os seis dias de sua realização, estão programadas plenárias, conferências, palestras, oficinas, eventos esportivos e culturais que vão abordar questões como Mudanças Climáticas, Soberania Popular e Integração Regional, Modelos Energéticos entre outros. Segundo a coordenação do evento, 150 mil pessoas devem participar das 2.400 atividades previstas. O Fórum já aconteceu em várias cidades do mundo, no Brasil as três primeiras versões foi em Porto Alegre (RS) e, pela primeira vez, ele está sendo na Amazônia.
 
De acordo com Aldalice Otterloo, da coordenação do Fórum, a intenção é que ele possa refletir em mudanças. “A idéia é construir processos interessantes e promissores que podem frutificar para além do FSM com os países intercambiando idéias que nos unificam e convergem para contribuir para o enfrentamento a esse modelo de desenvolvimento predador e violador dos direitos dos povos tradicionais”, afirmou Aldalice.
Sonia Cristina de Lima Ferreira, com 20 anos de movimento social e em seu terceiro Fórum, encampa a bandeira do movimento negro. “Só se discute política para os negros no centro-sul do Brasil. Na Amazônia nós somos vistos como os índios, mas queremos também políticas públicas para nós, para os negros da Amazônia”, cobra. 
A militante vê no FSM uma evolução dos movimentos sociais. “A gente não bate mais lata na rua, discutimos idéias. Agora nós sentamos, discutimos e negociamos.”

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