Cem dias, esse é o tempo necessário para se avaliar com clareza os rumos da nova administração do município. Neste momento é prudente não tecer comentários sobre pessoas não por medo, apoio, ou qualquer tipo de simpatia, mas sim de conceder uma pequena linha de crédito para um grupo recém empossado e com pouca, ou quase nenhuma, experiência de administração pública.
O que pode ser bom, pois não estão contaminados com a política da atrofia – pelo menos é o que todos esperam.
Por hora, o que se tem ouvido são reclamações – tanto da oposição quanto do próprio grupo que concedeu apoio ao atual prefeito. Na Câmara, onde teoricamente o chefe do executivo teria apoio da maioria, na prática, tudo indica que não será bem assim. Tudo isso, somado à derrota do PSDB nas urnas nas eleições municipais de 2008 e as promessas de campanha do atual prefeito fez com que se criasse um aparente clima de instabilidade nos primeiros 30 dias de administração. Vale lembrar que o rompimento de oito anos de hegemonia tucana em São José foi algo significativo e criou-se um cenário onde o político eleito resolveria todos os problemas da cidade.
O rascunho disso tudo é que o atual grupo não tem tido a mesma habilidade para lidar com as intempéries administrativas, como teve durante o período eleitoral quando conseguiu diversos apoios.
Para se criar um clima estável, nos próximos trinta dias, a atual administração terá que remover algumas pedras pelo caminho. A primeira delas é dar solução à aplicabilidade; a segunda, assumir que neste momento, por cautela, ou não, os R$ 281 de aumento proposto em 2008 não serão possíveis de serem pagos aos servidores; o terceiro, rever alguns cargos de confiança e algumas nomeações; e o quarto, tirar o guarda municipal na porta da ante-sala do gabinete do prefeito, pois está ridículo.
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