Sindicato teve reunião com prefeito


Roberto Taujanskas Bittencourt, Betão, na sede do Sindicato na manhã de sexta-feira, 23

A direção do Sindicato dos Servidores Públicos de São José do Rio Pardo se reuniu na tarde desta sexta-feira, 23, com o prefeito João Luís Cunha. Na pauta temas polêmicos como o pagamento da aplicabilidade aos 819 servidores, o tíquete dos aposentados e o tão esperado aumento salarial.
Na manhã de sexta, logo após ser comunicado da reunião, o presidente Roberto Taujanskas Bittencourt, Betão, disse na sede do Sindicato que esse encontro é importantíssimo para a categoria. “Vamos até a prefeitura para ouvir João Luís Cunha, suas propostas, e também reivindicar o que nos é de direito. Pedimos a reunião com urgência logo após sua posse. Sabemos da dificuldade que muitos servidores estão vivendo e precisam de uma solução”.
Sobre a aplicabilidade, Betão disse que o Sindicato já tem um parecer do CEPAM - que será entregue a Cunha - favorável ao pagamento das dívidas da prefeitura com os servidores. “No ano passado, ficou constatado pela empresa contratada pelo ex-prefeito (João Santurbano) de que os servidores tinham direito de receber a aplicabilidade. Mas, depois de criar expectativa, ele simplesmente decidiu não pagar”.
Disse que espera encontrar um prefeito mais humano e comprometido com o funcionalismo do que o seu antecessor. “Espero que ele tenha bom-senso e reconheça a dívida com o funcionalismo que vêm sofrendo a cada ano perdas em seus salários”.
Outro ponto nevrálgico que deve tomar conta das discussões será o aumento de salário que, de acordo com sua promessa de campanha de Cunha, seria elevado de R$ 415 para R$ 696. 
Para ele o início da conversa sobre o reajuste agora, em janeiro, irá evitar que as discussões se arrastem até junho ou julho, como vinha ocorrendo. “Nossa data base é o 1° de maio, mas nada impede que ele dê antes o reajuste”.
Betão disse que também está preocupado com a notificação do Tribunal de Contas do Estado pedindo a suspensão do tíquete para os aposentados e pensionistas. “Um aposentado que recebe R$ 415, sem o tíquete não conseguirá viver, pois parte do dinheiro eles utilizam com remédios e despesas, e o tíquete eles adquirem sua alimentação”.

O veto
O presidente do Sindicato disse não ser contra o veto do prefeito ao projeto de lei da Câmara que altera de R$ 6 mil para R$ 3 mil o salário do secretário. “Sou contra o funcionário de nível I e II receber, R$ 415, de um chefe de divisão, por exemplo, receber R$ 859,93, é muito pouco pela responsabilidade que cada servidor tem, independente da área. 
Temos que levar em conta também a atitude dos vereadoores de aprovar e depois desaprovar, pelo que consta de forma irregular, uma lei. Esses mesmos veadores recebem hoje R$ 3.7 mil, enquanto que o secretário cerca de R$ 3 mil. “São impasses e posicionamentos que deverão ser resolvidos pelos dois poderes - Executivo e Legislativo. Para o Sindicato, o ideal seria que a prefeitura recuperasse as perdas dos últimos anos e depois acompanhasse a porcentagem de aumento do salário mínimo, este ano previsto em R$ 464,72.
“Só para se ter uma noção das perdas, se fosse mantida a reforma administrativa de 2003, hoje o menor salário da prefeitura seria de aproximadamente R$ 560.”
Como esta página foi concluída antes do término da reunião as informações sobre o resultado da conversa deverão ser veiculadas na próxima edição.

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