Rio-pardenses estréiam musical caipira no Sesc Avenida Paulista


Sapecado: o musical promete agradar crianças, marmanjos e avós. Ele fica em cartaz de 5 a 27 de abril no Sesc

Após o grande sucesso de Felizardo - vencedor dos Prêmios APCA e Coca-Cola Femsa em 2005 – e O Menino Teresa, que recebeu o Prêmio APCA de Cenário e iluminação em 2007, a Banda Mirim traz aos palcos do Sesc Avenida Paulista, em São Paulo, seu mais recente trabalho, Sapecado, um musical caipira que promete agradar crianças, marmanjos e avós. De 5 a 27 de abril, o público pode conferir a divertida viagem da roceira Assunta, do cachorro Rex e do carteiro Adauto pela Estrada de Bromongó, rumo ao baile na Vila do Sapecado. As apresentações acontecem aos sábados em dois horários, às 16h e 18h, e aos domingos às 16h. Excepcionalmente no dia da estréia, 5 de abril, não haverá a segunda sessão.
Assunta Felizarda de Jesus (atriz rio-pardense Cláudia Missura) é uma mulher brejeira, que vive sozinha numa roça com seu cachorro Rex. Um dia, ela recebe um convite, trazido pelo carteiro Adauto, um convite para ser madrinha do casamento da comadre Dete Mandioca. Junto com o carteiro e o seu cachorro, Dona Assunta cruza a Estrada do Bromongó até a Vila do Sapecado para participar do baile. Texto e direção do rio-pardense Marcelo Romagnoli, a viagem desses três personagens pela estrada é o fio narrativo deste musical infantil. O espetáculo conta também com outro ator rio-pardense, Alexandre Faria.

Universo caipira
Por meio de elementos da cultura popular, como as danças, as festas e as lendas do sertão, o texto permite o contato e a descoberta entre as crianças e o mundo caipira. “Sapecado foi inspirado nas memórias de uma infância no “mar interior”. Lá a música rodeava tudo. Era dupla que cantava, era baile na igreja, sanfoneiro pelo caminho, era rádio AM. Lá tinha história de mata cerrada. Tinha rio, bicho e noite escura. Tinha estrada de terra, que nem a estrada do Bromongó, onde a alma é grande e a gente é pouca”, explica Romagnoli.
No Espaço Décimo Primeiro Andar, o palco é a própria estrada da história onde se dá uma estação musical. Ora são as vacas e os sapos num namoro com fox-trote no brejo, ora, é o desafio e o repente entre a Benzedeira e o Coisa Ruim no mato fechado. Enquanto isso o público acompanha de perto, formando um imenso corredor. No cenário, elementos como a palha e o pano de chita dão o tom caipira da história.

O musical
Desde a sua criação, em 2004, a Banda Mirim pesquisa uma linguagem de integração entre o teatro e a música. As músicas compostas por Tata Fernandes e Kléber Albuquerque possuem referências ao estilo caipira de clássicos de viola e às manifestações regionais, como a catira ou o reisado. Assim, dão a proposta de recriar o espírito sertanejo presente na poesia, no humor, nas danças e nos ritmos do Brasil. “As músicas foram compostas a partir de uma primeira versão do texto do Romagnoli em apenas dez dias”, conta Kléber Albuquerque
Todos os personagens desempenham algum papel musical com variados instrumentos, como percussão, sopros, sanfona, viola, baixo, trombone e violão, que entram em cena para compor a trilha sonora até a Vila do Sapecado. Quem não sabe tocar na narrativa, expressa-se pelo corpo. Como é o caso do cachorro Rex, que canta e faz acrobacias.

Roteiro:
Sapecado – De 5 a 27 de abril, sábado às 16 e 18 horas, domingo às 16 horas, no Espaço Décimo Primeiro Andar da Unidade Provisória Sesc Avenida Paulista.. Texto e Direção: Marcelo Romagnoli. Músicas: Kleber Albuquerque e Tata Fernandes. Luz e cenário: Marisa Bentivegna. Figurinos: Verônica Julian. Assistente de figurino: Maria Cristina Marcondes. Fotos: Edu Marin Kessedjian. Programação Visual: João Batista Correa. Danças Brasileiras: Silvia Lopes. Consciência Corporal: Gisele Calazans. Direção de Movimento: Cláudia Missura. Direção Musical: Kléber Albuquerque e Tata Fernandes. Produção: Dora Leão / PLATÔproduções. Ingressos – R$ 12,00 (inteira). Recomendado para crianças a partir de 6 anos.

Personagens: Cláudia Missura - Dona Assunta. Edu Mantovani - Rex. Rubi - carteiro Adauto. Foquinha - Vaca e o Padre Fon-fon. Nina Blauth - Sapo e o Diabo. Nô Stopa - Moça do Cafezal, o Mosquito e a Dete Mandioca. Tata Fernandes - Mulher do Cafezal, o Pernilongo e a Cantora do Rádio. Simone Julian – Dona Nica do Cafezal, a Iara, a Muriçoca e a Cantora do Rádio. Alexandre Faria - Barqueiro, o Odilon Fernandes e o Puxador da Quadrilha. Lelena Anhaia - Benzedeira e o Pinguço. Olívio Filho – Cego.

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