Cinema: 1408...mais um de Stephen King


Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com


Novamente o cinema investe em mais uma obra de Stephen King, o intitulado “mestre do terror”. Vamos e convenhamos, King é um autor popular, que escreve pra vender. Só isso. Possui uma legião de fãs enorme e é conhecido no mundo todo (mas essa façanha Paulo Coelho também faz).
Talvez seja o escritor (e só não afirmo com convicção porque John Grishan também é muito citado nas telonas) que tenha mais filmes baseado em suas obras. Não quero desmerecê-lo, afinal foi o pai de grandes histórias como o angustiante Misery, o assustador Shinning, o criativo Pet Cemetery, o polêmico Dança da morte, o revolucionário para a indústria do terror Carrie, a estranha e mais algumas que me falham a memória.
Entretanto, após o ápice dessa produção, tornou-se repetitivo, comercial e sem o impacto criativo de antes. Prova disso está nesse suspense 1408, o qual trata de um escritor e investigador descrente sobre paranormalidade, que resolve averiguar fatos de uma suposta força que domina um quarto de hotel (1408). Daí pra frente a história se desenrola.
Quem conhece os livros de King, ou assistiu algumas de suas narrações no cinema, já, desde o início, percebe a aproximação com O Iluminado, principalmente na versão mais nova. Reparem na cena em que ele vê a luz na porta do banheiro e reencontra o pai falecido.
Sim, a produção desperta algum interesse, principalmente no que diz respeito ao seu visual surreal (aquela porta sozinha no meio do nada, ou o quadro de uma escuna que é quebrado e derruba o mar dentro da sala é muito interessante).
É um filme que passa longe das grandes produções, longe da criatividade de King e até John Cusack (um bom ator por sinal) está fraco no papel. Mas, mesmo assim, pra um programa de sábado ou domingo à tarde, vale a pena ser conferido, mas sem grandes expectativas.

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