VAMOS PRESERVAR

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Desprezo pelo patrimônio histórico de São José Rio Pardo



Fábio Missura
fabiomissura@hotmail.com




Foi pelas páginas do da Silva que li uma notícia que me deixou perplexo e indignado. A notícia fazia referência a um projeto de lei do vereador José Roque Rueda que foi aprovado pelo seu novo partido, o PV. O projeto 4/2007 autoriza a destruição das fitas utilizadas nas gravações das sessões da Câmara. Diante de tal absurdo e preocupado com a preservação da história rio-pardense fui à busca de maiores informações sobre essa verdadeira demonstração de desprezo pelo patrimônio histórico rio-pardense. Entrei em contato com o autor da proposta e perguntei a ele o motivo de tal projeto. Segundo ele, a gravação das sessões foi determinada um tempo atrás para que a ata fosse feita com fidelidade, pois vereadores reclamavam que o conteúdo da ata, muitas vezes, não representava o que tinham dito na seção. Ainda segundo Rueda, por informações de “funcionários antigos da Câmara” “aquilo (as fitas) não servia pra nada”. Diante dessa percepção de funcionários de que as fitas não tinham nenhuma utilidade ele resolveu fazer o projeto. Mas disse ainda que a Câmara pretende estudar uma maneira para gravar em vídeo as sessões. O fato curioso é que primeiro se legisla a favor da destruição das fitas, e só depois vai-se estudar outro mecanismo... Não seria mais fácil criar esse outro mecanismo primeiro? Mesmo porque, para alguns, pode não parecer, mas a preservação da História é relevante, sim!! Esse episódio me fez lembrar (guardando as devidas proporções) da destruição, no início da República, dos arquivos brasileiros referentes à escravidão, com o objetivo de apagar as vergonhas do passado! Será que aqui em São José os nobres vereadores temem a História?

A Infra-estrutura dos postos bancários e lotéricas
Recentemente os bancos brasileiros têm descentralizados alguns de seus serviços. Surgiu, assim, nas cidades os postos bancários que passam a receber contas, boletos, entre outros produtos. Na verdade, é uma forma de desafogar as agências. Mesmo porque em São José existe uma lei municipal que determina o tempo de espera nas filas bancárias. A pergunta que fica é a seguinte: Será que estes postos bancários tem infra-estrutura decente para atender aos cidadãos? Muitos destes postos são verdadeiros cubículos em que mal cabem os funcionários. É só dar uma volta pela cidade e perceber as grandes filas que se formam em frente a esses postos bancários e lotéricas. À primeira vista, um dos poucos lugares que funcionam como postos bancários e têm um mínimo de conforto para os clientes é a Agência dos Correios. Será que os direitos constitucionais desses cidadãos estão sendo respeitados? Nesses estabelecimentos há locais adequados para atender idosos e gestantes? A quem cabe a fiscalização? O grande mal deste país é que os cidadãos não buscam fazer valer seus direitos!

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