Obesidade: mitos e realidade
Thereza Giorgi
tc.giorgi@uol.com.br
Há algumas semanas temos tratado do tema da obesidade. Todos nós sabemos que a obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura em tal nível que compromete a saúde. O que poucos sabem é que ela é considerada uma doença crônica; sim - obesidade é uma doença e deve ser tratada como tal. Sua origem é multifatorial, ou seja, não existe uma única causa, e sim vários fatores (ambientais, culturais, genéticos, psicológicos) que agem conjuntamente para determinar seu aparecimento.
Acredito que todos nós já escutamos alguém (senão nós mesmos) dizendo que está acima do peso porque seus pais são obesos. Como se a responsabilidade do próprio sujeito fosse menor que a dos “culpados” pais. O que talvez essa pessoa não saiba é que a genética tem uma influência de menor do que 5% na obesidade! A obesidade e os transtornos alimentares, de forma geral, estão deixando de ser tratados como questões individuais, sendo cada vez mais considerados um problema de saúde pública. Todas as projeções a médio e longo prazo são preocupantes. Estima-se que em 2025 que toda população da América Latina esteja com no mínimo sobrepeso.
Atualmente, 50% da população norte americana está acima do peso considerado saudável e no Brasil 1/3 da população. Pesquisas científicas apontam que, em nosso país, mais de 50% da população já tentou perder peso e 15% dos adolescentes estão com sobrepeso. A obesidade, em última análise, representa fator de risco maior, seja risco para aparecimento de outras doenças, seja risco de morte propriamente dita. Estudos demonstram que, proporcionalmente ao aumento do peso, também ocorre aumento dos níveis de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), de glicemia (diabete) e elevação da pressão sangüínea.
Existem diversas doenças que têm freqüência muito aumentada nos obesos. Estas doenças (comorbidades) são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade, da diminuição da expectativa e da qualidade de vida e são o motivo principal da necessidade do controle do peso. Doenças como diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidemia, coronariopatias como angina e infarto, doenças articulares, apnéia do sono, insuficiência respiratória e cardíaca, além de diversas formas de câncer que têm elevada prevalência entre os obesos. O controle dessas doenças necessariamente envolve a perda do excesso de peso.
A obesidade não é uma doença estética, tão pouco um problema moral, nem mental ou de falta de força de vontade, como por desinformação era tratada até bem pouco tempo. Além das complicações físicas apontadas acima, o obesidade pode desencadear graves problemas emocionais: depressão, isolamento, neuroses, sentimento de culpa e de incapacidade e até mesmo suicídio. Cuide-se!
Thereza Giorgi
tc.giorgi@uol.com.br
Há algumas semanas temos tratado do tema da obesidade. Todos nós sabemos que a obesidade se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura em tal nível que compromete a saúde. O que poucos sabem é que ela é considerada uma doença crônica; sim - obesidade é uma doença e deve ser tratada como tal. Sua origem é multifatorial, ou seja, não existe uma única causa, e sim vários fatores (ambientais, culturais, genéticos, psicológicos) que agem conjuntamente para determinar seu aparecimento.
Acredito que todos nós já escutamos alguém (senão nós mesmos) dizendo que está acima do peso porque seus pais são obesos. Como se a responsabilidade do próprio sujeito fosse menor que a dos “culpados” pais. O que talvez essa pessoa não saiba é que a genética tem uma influência de menor do que 5% na obesidade! A obesidade e os transtornos alimentares, de forma geral, estão deixando de ser tratados como questões individuais, sendo cada vez mais considerados um problema de saúde pública. Todas as projeções a médio e longo prazo são preocupantes. Estima-se que em 2025 que toda população da América Latina esteja com no mínimo sobrepeso.
Atualmente, 50% da população norte americana está acima do peso considerado saudável e no Brasil 1/3 da população. Pesquisas científicas apontam que, em nosso país, mais de 50% da população já tentou perder peso e 15% dos adolescentes estão com sobrepeso. A obesidade, em última análise, representa fator de risco maior, seja risco para aparecimento de outras doenças, seja risco de morte propriamente dita. Estudos demonstram que, proporcionalmente ao aumento do peso, também ocorre aumento dos níveis de gordura no sangue (colesterol e triglicérides), de glicemia (diabete) e elevação da pressão sangüínea.
Existem diversas doenças que têm freqüência muito aumentada nos obesos. Estas doenças (comorbidades) são as principais responsáveis pelo aumento das taxas de mortalidade, da diminuição da expectativa e da qualidade de vida e são o motivo principal da necessidade do controle do peso. Doenças como diabetes, hipertensão arterial, hiperlipidemia, coronariopatias como angina e infarto, doenças articulares, apnéia do sono, insuficiência respiratória e cardíaca, além de diversas formas de câncer que têm elevada prevalência entre os obesos. O controle dessas doenças necessariamente envolve a perda do excesso de peso.
A obesidade não é uma doença estética, tão pouco um problema moral, nem mental ou de falta de força de vontade, como por desinformação era tratada até bem pouco tempo. Além das complicações físicas apontadas acima, o obesidade pode desencadear graves problemas emocionais: depressão, isolamento, neuroses, sentimento de culpa e de incapacidade e até mesmo suicídio. Cuide-se!
Nenhum comentário:
Postar um comentário