Ética na Política
Muito se fala da questão da ética na política, da classe política sem ética... muito bem, mas o que falar da ética do cidadão que pouco se importa em dar melhor formação para os seus?
Muito se cobra da classe política. Eu pergunto: onde está a ética do eleitor visto que em grande número ele corrompe, desvia a conduta do pretenso ou mesmo já candidato a cargo eletivo já na campanha? Essa conduta do eleitor nos leva a perguntar que moral tem esse cidadão para cobrar qualquer desvio dos eleitos?
Em contrapartida, temos outra constatação de fato: se temos tantos eleitores de tal “naipe”, é esse mesmo meio que saem nossos candidatos. Dizia Monteiro Lobato que “um país se faz com livros e homens de qualidade...”
Lembrando-se que a construção de uma longa estrada não se começa num dia e termina no outro, se homens com tais qualidades tivessem influenciado com ética, quem detinha o poder num passado longínquo, talvez os rumos de nossa época fossem outros.
Mas, se só “conhecimento e cultura” também fossem sinônimo de ética, o que dizer de países considerados avançados, mas que, como é de nosso conhecimento, apresenta fatos que demonstram justamente falta de ética? A ética exige mais do que simplesmente “refinamento” à guisa de educação e consumo cultural como cultura.
De Bertolt Brecht – “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Não imagina que sua omissão influi no custo de vida e todos os encargos pertinentes a que estamos expostos. Da sua ignorância política nasce a prostituição, o menor abandonado, e o abandono geral em que o cidadão se situa com a falta de educação, saúde, segurança, habitação, emprego, etc. E o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto, juntamente com o seu eleitor lacaio, exploradores do povo. Por essa omissão, os bastidores da política se tornam tão invisíveis que não servem de base para qualquer leigo oriundo da grande massa popular. E, como nos são tão inacessíveis as coisas da política, tornamo-nos reféns de alguns corruptos que falam e agem como querem os poucos que realmente sabem o que fazem, jogam o povo na ignorância e obscuridade para melhor tirarem proveito”.
Pelo exposto, a pergunta que precisa ser respondida por todos nós é a seguinte: a falta de ética, afinal, é do eleito ou de quem o elege?
Em tempo - Ética é aquilo que a gente faz quando ninguém está vendo, quando se está sozinho com consciência e os compromissos que assume consigo mesmo.
Zenero Viana - Membro do grupo Tradisamba
Muito se fala da questão da ética na política, da classe política sem ética... muito bem, mas o que falar da ética do cidadão que pouco se importa em dar melhor formação para os seus?
Muito se cobra da classe política. Eu pergunto: onde está a ética do eleitor visto que em grande número ele corrompe, desvia a conduta do pretenso ou mesmo já candidato a cargo eletivo já na campanha? Essa conduta do eleitor nos leva a perguntar que moral tem esse cidadão para cobrar qualquer desvio dos eleitos?
Em contrapartida, temos outra constatação de fato: se temos tantos eleitores de tal “naipe”, é esse mesmo meio que saem nossos candidatos. Dizia Monteiro Lobato que “um país se faz com livros e homens de qualidade...”
Lembrando-se que a construção de uma longa estrada não se começa num dia e termina no outro, se homens com tais qualidades tivessem influenciado com ética, quem detinha o poder num passado longínquo, talvez os rumos de nossa época fossem outros.
Mas, se só “conhecimento e cultura” também fossem sinônimo de ética, o que dizer de países considerados avançados, mas que, como é de nosso conhecimento, apresenta fatos que demonstram justamente falta de ética? A ética exige mais do que simplesmente “refinamento” à guisa de educação e consumo cultural como cultura.
De Bertolt Brecht – “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Não imagina que sua omissão influi no custo de vida e todos os encargos pertinentes a que estamos expostos. Da sua ignorância política nasce a prostituição, o menor abandonado, e o abandono geral em que o cidadão se situa com a falta de educação, saúde, segurança, habitação, emprego, etc. E o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto, juntamente com o seu eleitor lacaio, exploradores do povo. Por essa omissão, os bastidores da política se tornam tão invisíveis que não servem de base para qualquer leigo oriundo da grande massa popular. E, como nos são tão inacessíveis as coisas da política, tornamo-nos reféns de alguns corruptos que falam e agem como querem os poucos que realmente sabem o que fazem, jogam o povo na ignorância e obscuridade para melhor tirarem proveito”.
Pelo exposto, a pergunta que precisa ser respondida por todos nós é a seguinte: a falta de ética, afinal, é do eleito ou de quem o elege?
Em tempo - Ética é aquilo que a gente faz quando ninguém está vendo, quando se está sozinho com consciência e os compromissos que assume consigo mesmo.
Zenero Viana - Membro do grupo Tradisamba
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