O ser humano esquece com facilidade os momentos felizes que vai experimentando no decorrer da vida. Isto se deve a uma falta de conseqüência consciente; a certa ausência mental e sensível frente a vida. A simples recordação dos momentos de grande alegria vividos poderia trazer de volta os instantes nos quais se experimentou uma verdadeira felicidade. E esta recordação poderia ser como um escudo protetor diante de momentos triste ou amargos que porventura se tenha de viver. Para que esta revivescência seja efetiva, é necessário criar um sentimento que anda ausente do coração humano: o sentimento de gratidão. “Para o bem recebido, provenha este de nossos semelhantes, de animais ou de coisas que rodearam ou rodeiam nossa existência, devemos guardar consciente gratidão”, ensina González Pecotche, o criador da Logosofia.
A gratidão consciente é uma vivência interior na qual, ao recordar quem nos fez um bem, rendemos-lhe uma homenagem silenciosa e experimentamos uma proximidade muito grande em relação ao nosso benfeitor, mesmo que ele não esteja mais vivendo entre nós. É um sentimento de imponderável valor, pois credencia o indivíduo para novas experiências felizes no futuro. Ao cultivá-lo, o ser humano sente surgir dento de si o impulso por transmitir o bem recebido a outras pessoas que mereçam esta ajuda. Desta forma, ao se colocar como um elo na corrente de bem que deve levar a felicidade e o conhecimento para os demais, o indivíduo cumpre com o mandato da Lei Universal da Caridade. “Ser bom, mas não ingênuo”, ensina a Logosofia. Mais do que ensinar a pescar, é necessário verificar se o aprendiz levará adiante o bem que recebeu, ao invés de fazer com que morra, egoisticamente, nos estreitos limites de sua vida pessoal.
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