Momento Espírita: A respeito dos amigos

Grupo Espírita Hilário Silva

É fácil iniciar novas amizades. Basta um pouco de gentileza e um sorriso, um aperto de mão, a quebra do gelo. Todavia, manter as amizades é um grande desafio. À medida que passamos a nos conhecer melhor uns aos outros, começamos a perceber defeitos, fragilidades de comportamento. Horas a mais ao lado e descobrimos que o outro não é exatamente aquilo que dele pensamos no primeiro momento, nos primeiros contatos. E, no entanto, os amigos são jóias delicadas. Quanto mais velhos, mais preciosos. Por vezes, substituímos os velhos por novos amigos. No trato com os amigos, importante que não cedamos à tentação de retalhar a vida alheia com o punhal da crítica contínua e da ironia, porque eles pensarão que fazemos o mesmo em relação a eles, quando não estamos juntos. E não deixam de ter razão. Não sejamos pessimistas, semeando desesperança e aumentando ainda mais a dureza da vida dos nossos amigos. Se for preciso falar a respeito do mal, não nos tornemos maus nos comentários. Tornemos-nos um porto onde a alegria distribua consolação. Valorizemos o sorriso sem nos tornarmos artificiais. Sejamos um campo onde as flores da esperança estejam presentes para espantar o desânimo e o desencanto dos nossos amigos. Ninguém vive sem amigos. Eles são como anjos nos caminhos dos homens. Mesmo Jesus, o Mestre Divino, não deixou de ter amigos. Para o Seu ministério destacou doze companheiros e lhes ensinou as lições mais profundas do que Ele sabia e vinha de Deus. Abandonado à hora do martírio por eles, não deixou de aceitar o auxílio de um Cireneu, que se fez amigo naquela hora, ajudando-O a carregar o peso da cruz. À hora dos sofrimentos mais intensos, aceitou o ladrão que Lhe pediu auxílio, como amigo retardatário que se candidatava, ali mesmo, a marchar com Ele, em busca do Reino de Deus. Os amigos são abençoados flores da fraternidade. Alguns são discretos e exala seu perfume nas horas caladas das noites sofridas. Outros, mais extrovertidos, deixam escapar o perfume das suas presenças nas horas das alegrias e da descontração, nas tardes cheias de sol. Uns nos estendem as mãos e nos enxugam as lágrimas. Outros nos ofertam os ombros fortes para que nos apoiemos, a fim de não sucumbir na caminhada. Amigos. Presença de Deus materializada na Terra, bálsamo de paz que nos alivia as feridas abertas dos sentimentos dilacerados pelas dificuldades.

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