Hugo Chávez não errou
Marcelo Augusto da Silva
Marcelo3151@bol.com.br
No mês de outubro venceu o contrato de concessão de transmissão da Rede Globo, que de modo escuso, foi concedido em 1965, não por coincidência no início da ditadura militar. Sendo concessão a emissora não tem o direito de usar uma freqüência à revelia, tampouco transmitir o que bem entende, ficando o Estado brasileiro, que deveria ser soberano, o responsável por tal licença e porque não pela fiscalização de seu conteúdo. Atualmente a televisão é um meio de comunicação que está presente em quase a totalidade dos lares brasileiros, e a maioria deles está sintonizado no monopólio da família Marinho. O que impressiona é que a emissora, de uma forma sutil e hipócrita, consegue controlar o comportamento das pessoas, ditar modas, e inclusive manipular o eleitorado e a política brasileira, como fez tantas vezes em que assumiu posições mais extremistas possíveis em defesa de interesses próprios e de uma elite minoritária e dominante, como foi o caso da eleição de Collor, seu impeachment, o apoio a FHC, entre outros. Como acontece no Brasil acontece também em outros países, como é o caso da vizinha Venezuela, em que uma emissora dos mesmos moldes da Globo, a RCTV, mantinha um mesmo estilo da brasileira, com uma grade de programação que veiculava produções estrangeiras na sua maioria, programas recheados de vulgaridades e baixarias, atores sem o menor talento que se transformavam em multimilionários do dia para a noite e que serviam de modelo de vida para a camada pobre, a qual vivia sonhando em um dia atingir tal nível. Enfim um canal idêntico ao brasileiro que só desinformava e alienava. O mais grave na Venezuela é que a RCTV, apoiada pela direita do país, e pensando em manter privilégios e o seu império televisivo, tentou articular um golpe para cassar o mandato de Hugo Chávez, que de acordo com um plebiscito, foi escolhido como presidente. Assim como um presidente é soberano e uma emissora tem apenas uma concessão, e não um direito de transmissão, o venezuelano não renovou o contrato da RCTV, uma vez que, como foi escancaradamente, mas não foi notado, uma emissora de televisão tem por finalidade entreter e informar, não controlar a política de um país, se colocando acima do Estado e querendo escolher ao seu interesse quem deva administrá-lo. Com todos os seu poderes concedidos pelo povo e dentro da Constituição de seu país, Chávez nada mais fez do que sua função que no caso poderia ou não renovar o contrato. Decidiu pela segunda opção, não permitindo assim que uma emissora controle o país, o que o fez a ser tachado de ditador. Seria então arbitrariedade um chefe de Estado manter sua nação soberana e não submissa a uma empresa.
Marcelo Augusto da Silva
Marcelo3151@bol.com.br
No mês de outubro venceu o contrato de concessão de transmissão da Rede Globo, que de modo escuso, foi concedido em 1965, não por coincidência no início da ditadura militar. Sendo concessão a emissora não tem o direito de usar uma freqüência à revelia, tampouco transmitir o que bem entende, ficando o Estado brasileiro, que deveria ser soberano, o responsável por tal licença e porque não pela fiscalização de seu conteúdo. Atualmente a televisão é um meio de comunicação que está presente em quase a totalidade dos lares brasileiros, e a maioria deles está sintonizado no monopólio da família Marinho. O que impressiona é que a emissora, de uma forma sutil e hipócrita, consegue controlar o comportamento das pessoas, ditar modas, e inclusive manipular o eleitorado e a política brasileira, como fez tantas vezes em que assumiu posições mais extremistas possíveis em defesa de interesses próprios e de uma elite minoritária e dominante, como foi o caso da eleição de Collor, seu impeachment, o apoio a FHC, entre outros. Como acontece no Brasil acontece também em outros países, como é o caso da vizinha Venezuela, em que uma emissora dos mesmos moldes da Globo, a RCTV, mantinha um mesmo estilo da brasileira, com uma grade de programação que veiculava produções estrangeiras na sua maioria, programas recheados de vulgaridades e baixarias, atores sem o menor talento que se transformavam em multimilionários do dia para a noite e que serviam de modelo de vida para a camada pobre, a qual vivia sonhando em um dia atingir tal nível. Enfim um canal idêntico ao brasileiro que só desinformava e alienava. O mais grave na Venezuela é que a RCTV, apoiada pela direita do país, e pensando em manter privilégios e o seu império televisivo, tentou articular um golpe para cassar o mandato de Hugo Chávez, que de acordo com um plebiscito, foi escolhido como presidente. Assim como um presidente é soberano e uma emissora tem apenas uma concessão, e não um direito de transmissão, o venezuelano não renovou o contrato da RCTV, uma vez que, como foi escancaradamente, mas não foi notado, uma emissora de televisão tem por finalidade entreter e informar, não controlar a política de um país, se colocando acima do Estado e querendo escolher ao seu interesse quem deva administrá-lo. Com todos os seu poderes concedidos pelo povo e dentro da Constituição de seu país, Chávez nada mais fez do que sua função que no caso poderia ou não renovar o contrato. Decidiu pela segunda opção, não permitindo assim que uma emissora controle o país, o que o fez a ser tachado de ditador. Seria então arbitrariedade um chefe de Estado manter sua nação soberana e não submissa a uma empresa.
Um comentário:
Chávez é atacado o tempo todo pelas forças reacionárias, sobretudo dos EUA que compram boa parte do combustível negro que tanto precisam. Eles não querem uma pessoa que questione a hegemonia ianque. Quanto ao canal fechado por Chávez, trata-se de uma emissora golpista e entreguista, como a nossa mídia, conivente com os desmandos do governo e alienando o povo com programas idiotas, de fofocas, ou novelinhas onde todos são glamurosos e sem problemas existenciais.
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