De Martini foi o orador do Episódio Republicano


O coordenador do Departamento de História da FEUC, professor Marcos De Martini durante seu discurso na janela do Hotel Brasil


Como acontece há 50 anos, o Episódio Republicano foi realizado na noite da última terça-feira, dia 11, na janela histórica do Hotel Brasil. “Esta janela é uma prova de resistência, de idéias e de valores. O episódio Republicano é a oficialização do euclidianismo”, destacou o professor Marcos De Martini, orador oficial da cerimônia. De Martini é o coordenador do Departamento de História da Faculdade Euclides da Cunha (FEUC).
A diretora do Departamento de Cultura Lúcia Vitto, abriu a solenidade destacando a importância do episódio para o município. Em seguida, o professor Márcio Lauria falou ao público das personalidades euclidianas que foram “donos” da janela ao longo dos anos, entre eles, o professor que dedicou parte de sua vida aos estudos euclidianos. Ele foi coordenador e colaborador da Enciclopédia de Estudos Euclidianos e autor de 9 livros inéditos entre eles “Euclides da Cunha - Clássico das Américas”. Por vários anos foi o orador oficial do Episódio Republicano. Adelino Brandão faleceu repentinamente no dia 21 de novembro de 2004. O vice-prefeito também fez uso da palavra, ele aproveitou para enaltecer o trabalho que o DEC vem realizando no município. Em seguida, cedeu espaço a De Martini que aproveitou o momento para traçar um paralelo histórico entre a Proclamação da República no final do século 19 e a atual crise institucional do Congresso Brasileiro. Lembrou dos republicanos que se decepcionaram por perceber que o fim da monarquia pouco significou em termos práticos para as mudanças do país.
Além das autoridades presentes, participaram do evento a Corporação Musical Rio-pardense “Euclides da Cunha” e os atiradores do TG 02/038.

O Episódio Republicano
Em 11 de agosto de 1889, o entusiasta republicano Ananias Barbosa, então proprietário do hotel, recebeu Francisco Glicério com um grupo republicano paulista. A reunião foi permeada por ecos da “Marselhesa”; o grupo saiu em comitiva até o prédio da câmara e da cadeia, hoje “Museu Rio-pardense Arsênio Frigo”, ali hasteando a bandeira republicana. Dia seguinte, tropas monarquistas reprimiram os revoltosos que, três meses e três dias depois viam a implantação federal da República no Brasil. O “Episódio Republicano” é rememorado todos os anos na noite de 11 de agosto em frente à janela histórica do Hotel Brasil.

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