Crepúsculo – bem interessante

Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com

Confessemos: a maioria de nós tem certo preconceito quando o assunto é fazer a leitura de um best- seller. Há já algum tempo, ouvi muito sobre esse livro e, logo depois veio o filme...e depois outro e outro, completando a saga vampiresca. No início, um certo receio (será mais um Paulo Coelho infanto-juvenil?), mas após muita insistência e indicações de amigos, não resisti e cai em tentação: resolvi me aventurar nas páginas dessa história e, surpreendentemente, gostei!
O livro Twilight, título original em inglês foi escrito pela autora Stephenie Meyer e foi publicado pela primeira vez em 2005. Aqui no Brasil ganhou o nome de Crepúsculo, e trata da história de Isabella, ou Bella Swan que muda para uma cidadezinha e coloca sua vida em risco ao se apaixonar por um jovem vampiro.
Num cenário sombrio, frio e chuvoso, o desenrolar dessa dolorosa e saborosa experiência amorosa (e qual experiência amorosa não é ao mesmo tempo saborosa e dolorosa?) acontece e, uma família de vampiros “vegetarianos”, uma espécie de jedis da escuridão, surpreendem o leitor com atitudes mais humanas que a dos próprios seres humanos.
O livro, cuja capa original é uma maçã que representa o fruto proibido do livro da Genesis e o amor impossível dos personagens, ganhou diversos prêmios, entrando na lista de Best seller do New York Times e foi aceita pela crítica de forma mista: alguns disseram que é uma obra excessivamente byroniana, outros a interpretaram como uma metáfora da adolescência, chegando a usar palavras como realista, sutil, fácil de entender, ao elogiar o escrito.
Em 2008 estreou nos cinemas norte-americanos a adaptação cinematográfica da obra, a qual não posso comentar aqui nessa coluna por ainda não ter assistido.
Mas, de modo geral, Crepúsculo merece a fama que está tendo principalmente por fazer com que nossos adolescentes e jovens mergulhem novamente no mundo dos livros (que, aliás, desde Harry Potter estava meio esquecido).