RAFAEL KOCIAL
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Depois de muito tempo o Brasil voltou a ter uma referência forte e com possibilidades de título na Fórmula-1. Nada contra os pilotos que passaram em branco na era pós Senna, mas dessa vez foi diferente.
Tão diferente que a decisão este ano foi tomada apenas na última volta, especificamente na última curva do campeonato, quando Lewis Hamilton ultrapassou Timo Glock, sem carro e sem pneus para chuva.
Felipe Massa cruzou a linha de chegada campeão, mas o título ficou com Lewis Hamilton. Em termos de moralidade, merecimento e brilho, Felipe Massa continuou campeão, mesmo sem a taça na mão. Honrou o país e teve orgulho do que fez, foi ovacionado pela torcida, que hoje o vê como um herói, um herói de verdade.
Não alguém para substituir Senna, nem melhor nem pior, apenas diferente. Por outro lado, tivemos uma brincadeira ao mesmo tempo séria do torcedor. Cartazes e gritos enalteciam uma campanha “Bate nele Rubinho! E nós te perdoamos!”, priorizando uma prática anti-desportiva e imoral. Rubinho não deve nada ao Brasil, é o maior piloto da Fórmula-1 em números de provas disputadas e duas vezes vice-campeão do mundo.
Se isso ocorresse com certeza o título do brasileiro assim como sua reputação ficariam manchados. Felipe Massa se transformaria num campeão apenas num papel, num herói de papel.
Ainda bem que Rubens não tomou tal atitude, seria o mesmo que pedir para alguém trapacear ou roubar para cobrir uma conta do mês, seria tirar vantagem ilegal sobre um competidor. Parece que falta muito ao torcedor brasileiro, que ainda insiste em reclamar dos políticos corruptos, mas toma a mesma atitude.
Esportes: Heróis de Verdade e Heróis de Papel
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