Esta semana, a Faculdade Euclides da Cunha (FEUC) promoveu a primeira FEUC Africana, um evento cultural criado pelos alunos do 4º semestre do Curso de História com a proposta de resgatar a origem e a identidade negra no Brasil. As atividades ocorreram de 7 a 9, segunda a quarta-feira, no Salão da entidade, sob coordenação da professora Kátia Vasconcelos Mathias.
Na segunda-feira, 7, os alunos proferiram palestras e apresentaram uma peça de teatro. O grupo de dança Pérola Negra também esteve presente ao evento. No final houve a participação do grupo Tradisamba, que contagiou alunos e professores com seus instrumentos de percussão.
Na noite do dia 8, no mesmo espaço, houve outra encenação teatral, com a participação da coordenadora do projeto. Os alunos também falaram, neste dia, sobre a religião oriunda do povo africano, o processo de miscigenação e as práticas do candomblé e da umbanda no Brasil. No final foi realizada uma roda de capoeira coordenada pelo Mestre Gentil, que contou um pouco sobre seu trabalho de inclusão social de crianças e jovens no município e, ainda, a origem da capoeira.
O último dia do evento realizado na quarta-feira, 9, contou com a presença do Juiz de Direito da 2ª Vara da Comarca de São José do Rio Pardo, André Antônio da Silveira Alcântara, que tratou sobre o tema “Racismo”.
Segundo o diretor, Marco De Martini, a FEUC Africana fez parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, que é lembrado no dia 20 de novembro. Esta data referência à luta dos escravos do Quilombo de Palmares, em 1695. “O 20 de novembro foi a derradeira batalha das tropas lideradas por Zumbi contra o bandeirante Domingos Jorge Velho. A morte do líder quilombola reverteu uma situação comum nas fazendas do nordeste açucareiro do Brasil, em que muitos escravos fugiam em busca de um lugar para viver, bem longe da escravidão”.
De Martini salientou que em São José, o 20 de novembro não é feriado municipal, mas sempre acontecem atividades envolvendo escolas e grupos de cultura negra. “Recentemente, durante o 3º Fórum Social da Mogiana a questão da discriminação também foi tema de uma mesa de debates. Ela ocorreu na manhã do dia 29 de outubro com a presença do psicólogo Carlos Eugênio Alves, da Assistente Social e Promotora Legal, Rosa Miranda, e do presidente da Integração Protea, Marcos Paulo Pereira. O tema debatido foi a ‘Subjetividade - Bullyng, homofobia e a questão racial’”.
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