Loki – filme sobre Arnaldo Baptista


Carol Ortiz
cacal.ortiz@hotmail.com

Em forma de documentário, o filme Loki – Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle, retrata toda a história do músico-líder dos Mutantes.
Gravado originalmente para programa de TV do Canal Brasil, o sucesso iminente o fez seguir rumo à telona, dando oportunidades a todos os antigos e atuais fãs de acompanhar essa interessante história.
Recheado de depoimentos de nomes como Tom Zé, Gilberto Gil, Liminha, Lobão, Sérgio Dias e muitos outros, a obra mostra toda a trajetória do músico, um dos grandes representantes da geração 60/ tropicalismo, não só em termos musicais, mas comportamentais também.
A história procura não deixar nenhum detalhe de fora, mostrando o sucesso de Mutantes, o casamento com Rita Lee, a difícil adaptação pós-divórcio, o uso abusivo de drogas, as diversas internações, a tentativa de suicídio (quando se jogou do quarto andar de um hospital psiquiátrico e sofreu traumatismo craniano), a difícil aceitação do fim do grupo, a depressão, medo, dor, angústia, paranóia e incertezas em que o gênio mergulhou, até sua árdua superação e renovação de atitudes (há quem diga que o que realmente aconteceu, foi seu encontro com a loucura psicótica total).
Mas, louco ou não, ele conseguiu se restabelecer e se acomodar numa vida pacata no interior de Minas, conforme narra o filme.
Para quem conhece e curte, não é novidade o que vou contar, mas o mérito de Arnaldo venha, talvez, da sua grande capacidade eclética para mesclar ritmos como glam rock, rock and roll, boogie-woogie e progressivo, adquirindo um estilo único e incomparável (como sugestão, procurem ouvir o disco Loki?, digno de gênio e primeiro trabalho solo do compositor).
O filme, que concorre na categoria Filme/Doc. Musical do Ano do VMB/09 da MTV, está disponível em salas de cinema e devemos encontrar na net para download.
Uma ótima dica para matar a saudade!

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