A formação do município de São José do Rio Pardo começa do século XIX e está intimamente ligada a produção de café, cuja fertilidade do solo atraiu muitos produtores para região.
A atividade cafeeira originou uma categoria de agricultores muito ricos - a aristocracia rural - que exercia grande influência no país. Conhecidos como os barões do café, formavam uma espécie de poder local e comandavam a vida política, social e econômica. Nesse período, o Brasil ainda vivia como colônia de Portugal e a mão-de-obra ainda era escrava. São José do Rio Pardo surge, então, em meio a essa organização composta por grandes fazendas de café, coronéis e escravos.
No dia 4 de abril de 1865 um grupo liderado por Antonio Marçal Nogueira de Barros decidiu construir uma capela e estabelecer sua própria Paróquia e Câmara Municipal. Nessa época, o Brasil já era independente, mas vivia o regime monárquico e a Igreja Católica estava intimamente ligada ao Estado. A construção de uma capela no bairro do Rio Pardo representaria a autonomia política à Vila de Caconde. A criação de um município de acordo com a legislação da época se dava em quatro estágios: Capela com Patrimônio, Capela Curada de São José, Freguesia e por fim Vila (município).
Para a construção da capela era necessário um patrimônio doado por vários fazendeiros. Então, no dia 30 de outubro de 1875 a Capela foi elevada à Capela Curada, desligando-se da Matriz do Espírito Santo do Rio Verde do Peixe.
Em 14 de abril de 1880 a Capela Curada de São José do Rio Pardo foi elevada á categoria de Freguesia, desligando-se da Vila de Caconde, passando à de Casa Branca.
A Freguesia foi elevada à categoria de Vila através da Lei 49 de 20 de março de 1885, mas uma outra lei obrigava a existência de um prédio da Câmara e Cadeia para a sua instalação. Para poder realizar a construção houve uma mobilização, na qual os rio-pardenses levantaram a quantia necessária para erguer o prédio, onde se encontra hoje o Museu Rio-Pardense Arsênio Frigo, atrás da Igreja Matriz. Com a obra terminada a Vila foi instalada no dia 8 de maio de 1886. No dia 8 de dezembro de 1892 foi instalada a Comarca Rio-Pardense, separando-se de Casa Branca e passando a ter vida jurídica autônoma. No Livro de Atas das Reuniões dos Fundadores 1865 / 1874, registra-se 4 de abril de 1865 como dia oficial de fundação de São José do Rio Pardo, mas seu aniversário é comemorado no dia 19 de março, dia de São José, seu padroeiro, e da celebração da primeira missa na Capela de São José do Rio Pardo, filial da Matriz do Espírito Santo do Rio do Peixe. Depois de muito debate sobre a comemoração do aniversário de Rio Pardo, o vereador Márcio José Lauria, com base no Livro de Atas e documentos eclesiásticos, elaborou e apresentou no dia 19 de março de 1982 à Câmara Municipal projeto de lei estabelecendo as efemérides municipais. O projeto foi aprovado na Câmara e promulgado pelo então prefeito Richard Celso Amato. Dessa maneira resolveu-se a questão das datas, pois a lei conciliava a data histórica de 4 de abri de 1865, constante no Livro de Atas, com a tradição e devoção do dia 19 de março.
As fotos e os textos deste especial são de autoria de Marcelo Augusto da Silva
http://marceloaugustodasilva.blogspot.com/
A atividade cafeeira originou uma categoria de agricultores muito ricos - a aristocracia rural - que exercia grande influência no país. Conhecidos como os barões do café, formavam uma espécie de poder local e comandavam a vida política, social e econômica. Nesse período, o Brasil ainda vivia como colônia de Portugal e a mão-de-obra ainda era escrava. São José do Rio Pardo surge, então, em meio a essa organização composta por grandes fazendas de café, coronéis e escravos.
No dia 4 de abril de 1865 um grupo liderado por Antonio Marçal Nogueira de Barros decidiu construir uma capela e estabelecer sua própria Paróquia e Câmara Municipal. Nessa época, o Brasil já era independente, mas vivia o regime monárquico e a Igreja Católica estava intimamente ligada ao Estado. A construção de uma capela no bairro do Rio Pardo representaria a autonomia política à Vila de Caconde. A criação de um município de acordo com a legislação da época se dava em quatro estágios: Capela com Patrimônio, Capela Curada de São José, Freguesia e por fim Vila (município).
Para a construção da capela era necessário um patrimônio doado por vários fazendeiros. Então, no dia 30 de outubro de 1875 a Capela foi elevada à Capela Curada, desligando-se da Matriz do Espírito Santo do Rio Verde do Peixe.
Em 14 de abril de 1880 a Capela Curada de São José do Rio Pardo foi elevada á categoria de Freguesia, desligando-se da Vila de Caconde, passando à de Casa Branca.
A Freguesia foi elevada à categoria de Vila através da Lei 49 de 20 de março de 1885, mas uma outra lei obrigava a existência de um prédio da Câmara e Cadeia para a sua instalação. Para poder realizar a construção houve uma mobilização, na qual os rio-pardenses levantaram a quantia necessária para erguer o prédio, onde se encontra hoje o Museu Rio-Pardense Arsênio Frigo, atrás da Igreja Matriz. Com a obra terminada a Vila foi instalada no dia 8 de maio de 1886. No dia 8 de dezembro de 1892 foi instalada a Comarca Rio-Pardense, separando-se de Casa Branca e passando a ter vida jurídica autônoma. No Livro de Atas das Reuniões dos Fundadores 1865 / 1874, registra-se 4 de abril de 1865 como dia oficial de fundação de São José do Rio Pardo, mas seu aniversário é comemorado no dia 19 de março, dia de São José, seu padroeiro, e da celebração da primeira missa na Capela de São José do Rio Pardo, filial da Matriz do Espírito Santo do Rio do Peixe. Depois de muito debate sobre a comemoração do aniversário de Rio Pardo, o vereador Márcio José Lauria, com base no Livro de Atas e documentos eclesiásticos, elaborou e apresentou no dia 19 de março de 1982 à Câmara Municipal projeto de lei estabelecendo as efemérides municipais. O projeto foi aprovado na Câmara e promulgado pelo então prefeito Richard Celso Amato. Dessa maneira resolveu-se a questão das datas, pois a lei conciliava a data histórica de 4 de abri de 1865, constante no Livro de Atas, com a tradição e devoção do dia 19 de março.
As fotos e os textos deste especial são de autoria de Marcelo Augusto da Silva
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