Grupo Espírita Hilário Silva
A palavra paz costuma estar nos discursos de todas as pessoas. Seja o político influente, o religioso, a mãe de família, o patrão ou o empregado, todos afirmam desejar a paz. Contudo, é comum a percepção de que a paz é algo que se produz no exterior e por obra de outros. Deseja-se a paz à custa de atos alheios. Se ela não se faz presente, entende-se que a culpa é de terceiros. Culpa-se o governo pelos estrépitos das ruas. Culpam-se os políticos pela cultura de desonestidade que prejudica a tranquilidade. Sempre são os outros os responsáveis.
Entretanto, toda realização legítima e duradoura começa no indivíduo. As ideias surgem nas mentes de alguns, alastram-se, convertem-se em atos e gradualmente tomam corpo no meio social. Toda conquista positiva perfaz esse caminho para se converter de ideia de poucos em realidade de muitos. Com a paz não pode ser diferente. Mas, em relação a ela, ainda há uma peculiaridade. A genuína pacificação se opera no íntimo do ser. O exterior tumultuado pode constituir um desafio à preservação da harmonia interior. Ocorre que o silêncio do mundo não induz à paz interna. Em geral, quem tem a consciência pesada busca se agitar bastante, a fim de não se deter na própria realidade. Como algo interno, a paz legítima é uma construção pessoal e intransferível. Ninguém se pacifica à custa do semelhante. Um ser iluminado pode dar exemplos, conselhos e lições.Contudo, pacificar-se é um processo de dignificação, que só o próprio interessado pode realizar. Ele pressupõe a compreensão de que atos indignos sempre têm tristes consequências. Ninguém adquire plenitude interior sem agir com dignidade e sem dominar seus pensamentos e sentimentos.
A entrega ao crepitar das paixões apenas complica a existência. Os gozos mundanos são momentâneos, ao passo que a lembrança do que se fez dura bastante. Não há como viver em paz e desfrutar de vantagens indevidas, prejudicar os semelhantes e fazer o que a consciência reprova. O requisito básico da paz é a tranquilidade de consciência. Para isso, é preciso tornar-se senhor da própria vontade. Hábitos de longa data não somem em um repente. Enquanto eles são dominados, a vontade precisa ser firme. Para não viver torturado por desejos ilícitos, também se impõe deter o olhar no que de belo há no mundo. Sem angústia, mas com a firme intenção de corrigir-se aos poucos, direcionar a própria atenção e o próprio querer para atividades dignas.
Devagar, surge o prazer de ser trabalhador, digno e bondoso. Como resultado, faz-se a paz no íntimo do ser.
A palavra paz costuma estar nos discursos de todas as pessoas. Seja o político influente, o religioso, a mãe de família, o patrão ou o empregado, todos afirmam desejar a paz. Contudo, é comum a percepção de que a paz é algo que se produz no exterior e por obra de outros. Deseja-se a paz à custa de atos alheios. Se ela não se faz presente, entende-se que a culpa é de terceiros. Culpa-se o governo pelos estrépitos das ruas. Culpam-se os políticos pela cultura de desonestidade que prejudica a tranquilidade. Sempre são os outros os responsáveis.
Entretanto, toda realização legítima e duradoura começa no indivíduo. As ideias surgem nas mentes de alguns, alastram-se, convertem-se em atos e gradualmente tomam corpo no meio social. Toda conquista positiva perfaz esse caminho para se converter de ideia de poucos em realidade de muitos. Com a paz não pode ser diferente. Mas, em relação a ela, ainda há uma peculiaridade. A genuína pacificação se opera no íntimo do ser. O exterior tumultuado pode constituir um desafio à preservação da harmonia interior. Ocorre que o silêncio do mundo não induz à paz interna. Em geral, quem tem a consciência pesada busca se agitar bastante, a fim de não se deter na própria realidade. Como algo interno, a paz legítima é uma construção pessoal e intransferível. Ninguém se pacifica à custa do semelhante. Um ser iluminado pode dar exemplos, conselhos e lições.Contudo, pacificar-se é um processo de dignificação, que só o próprio interessado pode realizar. Ele pressupõe a compreensão de que atos indignos sempre têm tristes consequências. Ninguém adquire plenitude interior sem agir com dignidade e sem dominar seus pensamentos e sentimentos.
A entrega ao crepitar das paixões apenas complica a existência. Os gozos mundanos são momentâneos, ao passo que a lembrança do que se fez dura bastante. Não há como viver em paz e desfrutar de vantagens indevidas, prejudicar os semelhantes e fazer o que a consciência reprova. O requisito básico da paz é a tranquilidade de consciência. Para isso, é preciso tornar-se senhor da própria vontade. Hábitos de longa data não somem em um repente. Enquanto eles são dominados, a vontade precisa ser firme. Para não viver torturado por desejos ilícitos, também se impõe deter o olhar no que de belo há no mundo. Sem angústia, mas com a firme intenção de corrigir-se aos poucos, direcionar a própria atenção e o próprio querer para atividades dignas.
Devagar, surge o prazer de ser trabalhador, digno e bondoso. Como resultado, faz-se a paz no íntimo do ser.
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